Uma visita ao Porto de Galinhas
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Estivemos cinco dias em Porto de
Galinhas, cidade de Pernambuco que já se chamou Porto Rico, quando se dedicava
à extração e exportação de Pau-Brasil. A partir de 1850, começaram, ali, os
contrabandos de escravos, vindos da África, escondidos embaixo de engradados de
galinhas d’angola. Tanto estas quanto aqueles eram muito apreciados pelos
senhores de engenho, que comiam as galinhas e usavam os escravos para trabalhos
duros em suas fazendas. Surgiu daí o novo nome da cidade...
A senha combinada com os senhores, para
que estes soubessem que novos escravos estavam chegando, era a seguinte: “Tem
galinha nova no Porto”. A palavra “nova” da frase indicava a presença de
escravos junto com as galinhas.
É um lugar muito bonito. A praia de
Porto de Galinhas possui água clara, sem ondas e com longo trecho raso, que
permite grande quantidade de pessoas caminhar, sem perigo, mar adentro.
Hospedamo-nos no Porto de Galinhas Praia Hotel, que dista cerca de 7 km da citada
praia. Outra praia, nos fundos do hotel, possui ondas altas, mas é possível
caminhar, em sua orla, e mesmo adentrar, até quatro metros na água, aqueles
que, como eu, não sabem nadar.
O quarto desse hotel é bastante
espaçoso; possui varanda, banheiro também grande e acolhedor. Sua pia é larga e
comprida, com espaço embaixo, para dependurarem-se as toalhas.
Também não falta
frigobar com bebidas, chocolate etc.
Do lado de fora, há parquinho, piscinas para crianças e para adultos. Há também
restaurante e lanchonete que nos servem grande variedade de alimentos; alguns
de tradição nordestina, como a macaxeira
e a carne de sol.
Em nossa companhia, no quarto abaixo,
estavam a filha do meio, seu marido e filho de quase três anos, além de outro
neto nosso de quatro anos, caçula de nossa filha primogênita. As crianças
divertiram-se muito na piscina reservada a elas, assim como nós, na que nos
coube...
Também achamos lindo um casal de
idosos, que víamos diariamente, ele e ela indo de um lado para outro, ambos
usando chapéu de palha. Muito elegantes, passeavam de mãos dadas e, para nós,
simbolizavam o amor verdadeiro, que dobra os anos e vai além desta vida.
Enfim, o hotel é bastante ventilado,
amplo e horizontal. Ali, há diversas árvores frutíferas, em especial coqueiros.
Um sagui, por vezes, dependura-se numa dessas árvores, e as pessoas dão-lhe
banana para comer, sob os olhares curiosos dos que param para vê-lo. Há também
algumas piscinas laterais, com pequenos peixes coloridos, como atração aos
hóspedes do resort.
Após este comercial, espero retornar ao
mesmo hotel, no próximo ano, com isenção total de pagamento de outros cinco
dias hospedado com toda a minha família: duas filhas, dois genros, três netos,
um filho e nora recém-casados. Senti falta de mesas de bilhar, mas...
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