Viva para a perfeição
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Sede perfeitos como vosso Pai que está nos Céus. — Jesus (Mateus, 5:48.)
O ser humano, neste tempo materialista,
queda-se perplexo com as notícias do rádio, da televisão, da Internet, do Instagram, do WhatsApp...
e, pasme, leitor amigo, até do jornal e da revista, assustado com o vazio
deixado por uma alma que se perde. Neste mundo de sete bilhões de hóspedes temporários, questiona-se sobre
a finalidade da vida, e muitos concluem que não vale a pena viver.
É o que os meios de comunicação
supracitados trazem à tona. Ainda ontem, um militar acusado de praticar crimes
de guerra, ao ouvir a sentença do juiz, condenando-o à morte, abriu pequeno
frasco com veneno e sorveu-o todo. Paradoxalmente, fez isso sob os protestos do
magistrado. Morreu no hospital, sob os cuidados da justiça...
Viver sem ter companhia parece ser
insuportável... No entanto, várias criaturas vivem solitárias, cercadas de
outras solidões, todas com seus celulares ligados a notícias instantâneas de
tudo que acontece no mundo.
Atualmente, nas relações amorosas, sem
mais mesuras, sem mais afagos de mãos, já se parte para “os finalmentes”, sucedidos do vazio no peito e na alma. O apelo ao
erotismo está por toda parte, sem poupar os próprios infantes. Até o desespero
invadir os corações sensíveis e o vazio da alma sugerir-lhes pôr fim ao corpo
físico, por efeito das doenças materiais ou espirituais.
Durante nossa última pós-graduação na
UnB, soubemos de casos de colegas que optaram pelo suicídio, ante o desafio
psicológico de realizarem diversos estudos, pesquisas e participações em
congressos, assoberbados por outros problemas, como doenças.
Também muitas pessoas matam-se, aos
poucos, consumindo drogas e exaurindo-se em paixões animalizadas.
Quando se tenta esclarecê-las sobre as
consequências de seus atos, após esta vida efêmera, negam-se a acreditar na
existência post mortem.
Inúmeras criaturas exaurem-se nos
vícios e paixões doentias. Até que, enfastiadas de tudo, resolvam também
matar-se, vítimas de si mesmas, depois de terem feito outras vítimas.
Pura ilusão, pois o fim é apenas do
corpo físico. Infelizmente, talvez, cerca de noventa por cento da humanidade
ignore a existência do corpo espiritual, que Kardec denomina perispírito. E o
que fazemos do nosso organismo físico afeta nosso órgão espiritual
inevitavelmente.
Não é Deus, porém, que nos
castiga. Deus é Amor. Por amor e para o
amor fomos criados. Somos nós próprios que, pelo mau uso do livre-arbítrio,
sofremos as consequências físicas ou morais de nossos atos.
Nesta semana, fomos informados sobre o
suicídio de duas jovens estudantes de medicina, com intervalo de poucos dias
entre uma e outra morte. Imaginemos que ambas tenham optado por atirar-se de
local alto contra o asfalto. Dependendo de como cada uma cair, seu perispírito
sofrerá as consequências da lesão ao corpo físico. E o desespero do revel à Lei
da Vida, ao se perceber vivo, mutilado e sofrido, é narrado de forma dramática
pelos espíritos em várias obras mediúnicas.
A misericórdia de Deus está sempre
pronta a socorrer cada um de nós, segundo as circunstâncias atenuantes e
agravantes de nossos atos. Mas, consoante relatos dos diversos espíritos
suicidas, nada se compara aos seus horrores e desesperos, por pior que tenha
sido sua vida antes do supremo ato de rebeldia e falta de fé na Providência
Divina.
A médium Yvonne Pereira psicografou a
narração do espírito Camilo Castelo Branco, grande romancista português, sobre
os horrores sofridos por ele após seu suicídio.
Muitos outros relatos existem em
diversas obras espíritas, mas sugiro ao leitor interessado no assunto a leitura
da extraordinária obra psicografada por Yvonne, cujo título é Memórias de um Suicida, publicada pela
Federação Espírita Brasileira.
Esta é a grande missão do Espiritismo:
comprovar-nos, pelo relato dos chamados mortos, que a morte é pura mudança de
estado vibratório do espírito. E Jesus já nos alertava sobre a excelência do
amor como antídoto de todo o mal; mas amor derivado das atitudes morais
elevadas.
Caso alguém não acredite na
sobrevivência da alma após a morte e imagine que a morte do corpo implica o
mergulho no nada, como encontrar forças para superar os apelos materialistas?
Como encontrar um sentido para a vida?
Estudando o Espiritismo e praticando os
ensinos morais dos espíritos elevados, que relembram as palavras de Jesus
Cristo, substituída a letra que mata pelo
espírito que vivifica, acharemos o propósito maior de nossas vidas: amar e
servir, pois amando e servindo estaremos realizando a finalidade de nosso
eterno existir: a perfeição espiritual.
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