quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Iniciação ao estudo da doutrina espírita





Evolução espiritual

Este é o módulo 63 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Em que situação e momento poderão os Espíritos desfrutar a verdadeira felicidade?
2. De que forma os Espíritos progridem, adquirem conhecimentos e desenvolvem os seus sentimentos?
3. Se Deus não criou o mal, quem o criou?
4. As influências negativas exercidas sobre os Espíritos só ocorrem nas suas primeiras encarnações?
5. Depende de quem apressar ou retardar o progresso a que estamos destinados?

Texto para leitura

Todos os Espíritos um dia chegarão à perfeição
1. Todos os Espíritos que povoam o Universo foram criados por Deus simples e ignorantes, isto é, sem nenhum conhecimento, mas destinados de igual forma à perfeição. Aliás, é no estado de perfeição que eles poderão desfrutar a verdadeira felicidade, decorrente do pleno conhecimento das leis que regem a vida e de sua plena vivência.
2. O ensino espírita é taxativo: todos os Espíritos podem chegar um dia à perfeição, mas entre esses dois extremos - a criação e a perfeição - existe um caminho que cabe a todos os Espíritos trilhar e que representa a conquista gradativa do conhecimento das leis que governam a vida e a obra da criação.  
3. Deus propicia a todos os seus filhos os meios necessários para essa conquista, criando até mesmo necessidades nos Espíritos, que, com o objetivo de atendê-las, precisam agir. 
4. É assim, por meio de sua ação, que os Espíritos progridem, conquistam os conhecimentos, desenvolvem e educam os sentimentos, adquirindo gradativamente as virtudes que lhes propiciarão chegar ao estado de perfeição.

Foi o homem que criou o mal ao afastar-se de Deus
5. É fácil entender que a ascensão do Espírito, do estado de ignorância para o estado de sabedoria, depende somente do seu trabalho e dos seus esforços. Esse é um fato que é preciso enfatizar, visto que o trabalho é a parte que lhe cabe, parte intransferível, uma vez que os recursos necessários são propiciados por Deus a todos, em igualdade de condições.
6. Deus - ensina o Espiritismo - não aquinhoa melhor a uns do que a outros, porquanto é justo e, sendo pai de todos, não tem predileções. O Criador somente lhes diz: “Eis a lei que deve constituir a vossa norma de conduta; ela só pode levar-vos ao fim; tudo que lhe for conforme é o bem, tudo que lhe for contrário é o mal. Tendes inteira liberdade de observar ou infringir esta lei, e assim sereis os árbitros da vossa própria sorte”. 
7. Do ensino que nos vem dos Espíritos superiores, aprendemos que Deus não criou o mal e que todas as suas leis são voltadas para o bem. Foi o homem que criou o mal ao afastar-se de Deus e da observância de suas leis. Se ele as observasse escrupulosamente, jamais se desviaria do bom caminho.
8. Observa-se também que é a lei de liberdade que rege o progresso dos Espíritos, porque é através do seu trabalho e com o uso do seu livre-arbítrio que eles vão, de forma voluntária e consciente, conquistando as virtudes que não possuem e desfazendo-se de suas imperfeições.

Depende apenas dos próprios Espíritos chegar à perfeição
9. Dissertando sobre a escolha que a criatura faz de seguir esse ou aquele caminho, esclarecem os Espíritos superiores: “O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, desde que a escolha fosse determinada por uma causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude da sua livre vontade. É o que se contém na grande figura emblemática da queda do homem e do pecado original: uns cederam à tentação, outros resistiram” (O Livro dos Espíritos, questão 122).
10. Na sequência, quando Kardec pergunta se a influência exercida pelos Espíritos inferiores só ocorre sobre o indivíduo em sua origem, os imortais explicam: “Acompanha-o na sua vida de Espírito, até que haja conseguido tanto império sobre si mesmo, que os maus desistam de obsidiá-lo” (Obra e questão citadas).
11. Conclui-se de tudo isso que a plena e eterna felicidade está à nossa espera e que poderemos desfrutá-la quando chegarmos à condição de Espíritos Puros.
12. Meios para alcançá-la, Deus no-los oferece. Depende apenas de nós, por meio do trabalho e do adequado uso do livre-arbítrio, abreviar essa chegada.

Respostas às questões propostas

1. Em que situação e momento poderão os Espíritos desfrutar a verdadeira felicidade?
Criados por Deus simples e ignorantes, isto é, sem nenhum conhecimento, mas destinados de igual forma à perfeição, é somente quando atingem o estado de perfeição que os Espíritos podem desfrutar a verdadeira felicidade, decorrente do pleno conhecimento das leis que regem a vida e de sua plena vivência.
2. De que forma os Espíritos progridem, adquirem conhecimentos e desenvolvem os seus sentimentos?
Segundo o Espiritismo, todos os Espíritos podem chegar um dia à perfeição, mas entre esses dois extremos - a criação e a perfeição - existe um caminho que cabe a todos os Espíritos trilhar. É, pois, por meio de sua ação que os Espíritos progridem, conquistam os conhecimentos, desenvolvem e educam os sentimentos, adquirindo gradativamente as virtudes que lhes propiciarão chegar ao estado de perfeição.
3. Se Deus não criou o mal, quem o criou?
Os ensinos espíritas nos dizem que todas as leis de Deus são voltadas para o bem e que foi o homem que criou o mal ao afastar-se delas. Se ele as observasse escrupulosamente, jamais se desviaria do bom caminho.
4. As influências negativas exercidas sobre os Espíritos só ocorrem nas suas primeiras encarnações?
Não. Elas os acompanham na sua vida de Espírito, até que hajam conseguido tanto império sobre si mesmos, que os maus desistam de obsidiá-los.
5. Depende de quem apressar ou retardar o progresso a que estamos destinados?
Os meios para alcançar o progresso, Deus no-los oferece e depende apenas de nós, por meio do trabalho e do adequado uso do livre-arbítrio, abreviar essa chegada.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 114 a 127.
O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, 1ª Parte, cap. 8, itens 12 a 15.

Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:





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