Cristianismo e
Espiritismo
Léon Denis
Parte 10
Continuamos o estudo do livro Cristianismo e Espiritismo, que vimos realizando com base na 6ª
edição publicada pela Federação Espírita Brasileira, tradução de Leopoldo
Cirne.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma
de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas
encontram-se no final do texto indicado para leitura.
Questões preliminares
A. É possível fotografar o invólucro fluídico da alma?
B. Como Léon Denis conceitua o perispírito?
C. Quem foi Katie King?
Texto para
leitura
129. O que a Ciência começa apenas a entrever, os espíritas
sabiam há muito pela revelação dos Espíritos: que o mundo visível não é mais
que ínfima porção do Universo; que a vida e a matéria se apresentam sob formas
variadas; que estamos rodeados de radiações invisíveis para nós, em razão da
grosseria dos nossos órgãos. (P. 160)
130. A aplicação dos raios Roentgen à fotografia nos faz
compreender o fenômeno da dupla vista dos médiuns e o da fotografia de
espíritos: se placas podem ser influenciadas por invisíveis raios, por
irradiações da matéria imponderável, que penetram os corpos, com mais forte
razão os fluidos quintessenciados podem, em certas condições, impressionar a
retina dos médiuns. (P. 162)
131. A fotografia das irradiações do pensamento vem
descerrar novo campo aos investigadores. Numerosos experimentadores conseguiram
fixar na placa sensível as radiações do pensamento e as vibrações da vontade.
Suas experiências demonstram que existe em cada ser humano um centro de
radiações invisíveis, um foco de luzes que escapam à vista. (P. 162)
132. As ondas, as vibrações variam de aspecto e
intensidade, sob a influência das disposições mentais do operador. Uniformes,
regulares no estado normal, formam-se em turbilhões, em espirais, sob o influxo
da cólera; estendem-se em lençóis, em largos eflúvios no êxtase, e se elevam em
colunas majestosas durante a prece. (PP. 162 e 163)
133. Conseguiu-se até mesmo reproduzir nas placas o duplo
fluídico do homem, centro de tais radiações. O cel. de Rochas e o Dr. Barlemont
obtiveram a fotografia simultânea do corpo de um médium e do seu duplo. (P.
163)
134. O perispírito é o invólucro permanente da alma e é,
também, o molde, o esboço fluídico do ser humano. É nele, no desenho invisível
que apresenta, que se vêm incorporar, fixar, as moléculas da matéria grosseira.
(P. 164)
135. O perispírito é para nós invisível no seu estado
normal: é que sua essência sutil produz um número de vibrações que ultrapassa o
nosso campo de percepção visual. Nos casos de materialização, o Espírito
necessita absorver dos médiuns fluidos mais grosseiros, que assimila aos seus,
a fim de adaptar o número de vibrações do seu invólucro à nossa capacidade
visual. A operação é delicada, cheia de dificuldades, mas, apesar disso, os
casos de aparições de Espíritos são numerosos. (P. 166)
136. Entre os casos mais célebres temos o do Espírito de
Katie King, que durante três anos se manifestou em casa de William Crookes.
Outro caso célebre é o do Espírito Abdullah, relatado por Aksakof. O professor Lombroso, de Turim, viu a própria
mãe mais de vinte vezes, no curso das sessões com Eusápia Paladino. (PP. 166 a
168)
137. Critica-se muito o fato de tais fenômenos só se darem
no escuro, mas é preciso notar que a escuridade é indispensável às aparições
luminosas, que são as mais comuns, porque a luz exerce ação dissolvente sobre
os fluidos. (P. 168)
138. Os experimentadores têm tido muita cautela para
prevenir a ocorrência de fraude nesse tipo de fenômeno. Em certa
experimentação, diz Lombroso que, estando as mãos de Eusápia seguras por dois
experimentadores e formando os demais um círculo em torna dela, verificou-se por
toda a parte o deslocamento de móveis, sons de instrumentos, sem contato,
levitação de corpos humanos e erguimento de cadeiras com as pessoas que as
ocupavam. (P. 172)
139. Em tais fenômenos os médiuns desempenham um papel
passivo, como o das pilhas na eletricidade. São acumuladores de fluidos e é
neles que os Espíritos haurem as forças necessárias para atuar sobre a matéria.
(P. 175)
140. O fenômeno da escrita direta foi pesquisado por vultos
eminentes, como o Dr. Paul Gibier, que o estudou durante 33 sessões, com o
concurso do médium Slade. (P. 176) (Continua na próxima edição.)
Respostas às
questões preliminares
A. É possível
fotografar o invólucro fluídico da alma?
Sim. O cel. De Rochas e o Dr. Barlemont obtiveram a
fotografia simultânea do corpo de um médium e do seu duplo. (Cristianismo e Espiritismo, cap. IX, pp. 162 e 163.)
B. Como Léon Denis
conceitua o perispírito?
O perispírito é o invólucro permanente da alma e é, também,
o molde, o esboço fluídico do ser humano. É nele, no desenho invisível que
apresenta, que se vêm incorporar, fixar, as moléculas da matéria grosseira. O
perispírito é para nós invisível no seu estado normal porque sua essência sutil
produz um número de vibrações que ultrapassa o nosso campo de percepção visual.
(Obra citada, cap. IX, pp. 164 a 166.)
C. Quem foi Katie
King?
Katie King é o nome atribuído a um Espírito que durante
três anos se manifestou na casa de William Crookes e, uma vez materializado,
deixou-se fotografar ao lado de Crookes e da médium Florence Cook. (Obra
citada, cap. IX, p. 166.)
Nota:
Para ver os três últimos textos, clique nos links abaixo:
Parte 7 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/01/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte 8 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/01/iniciacao-aos-classicos-espiritas_12.html
Parte 9 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/01/iniciacao-aos-classicos-espiritas_19.html
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