quinta-feira, 17 de maio de 2018





A infância

Este é o módulo 80 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Qual é, segundo o Espiritismo, a utilidade do período da existência chamado infância?
2. Que vantagens a infância propicia ao Espírito que retorna à existência corporal?
3. Durante a infância, o encarnado é mais ou menos acessível às impressões que recebe?
4. Como Emmanuel, ao comparar a existência terrena a uma longa viagem, define a infância?
5. Que nos ensinou Jesus a respeito do estado de pureza e simplicidade comum às crianças?

Texto para leitura

A infância é uma fase de adaptação necessária ao reencarnante
1. A alma de uma criança pode ser mais evoluída do que a de um adulto; no entanto, sua inteligência – durante a fase da infância – não se manifesta plenamente porque seu organismo físico não está ainda suficientemente desenvolvido.
2. O estado de perturbação por que passa o Espírito no ato da reencarnação só aos poucos vai cessando e se dissipa totalmente com o pleno desenvolvimento dos órgãos.
3. A infância é uma fase de adaptação necessária ao Espírito que retorna à existência corpórea. Existente nos diferentes mundos, ela é, porém, menos obtusa nos planetas mais adiantados. 
4. Recém-saído do mundo espiritual, onde gozava de maior liberdade e dispunha de maiores recursos, o Espírito se vê, durante essa fase, em dificuldades para exprimir plenamente seus pensamentos e manifestar suas sensações.

Durante a infância o Espírito é mais acessível aos conselhos recebidos
5. Nessa fase da vida, em que o Espírito se vê limitado em sua liberdade, a infância é uma demonstração da misericórdia de Deus, que lhe propicia uma dupla vantagem:
1ª - O Espírito ganha o tempo indispensável a fim de se preparar para as futuras e difíceis tarefas da nova existência corpórea.
2ª - Pela fase que atravessa, revestido da simplicidade e da inocência comuns a todas as crianças, desperta nos pais e no núcleo a que pertence muita simpatia, interesse e boa vontade, o que facilitará o desempenho de suas tarefas no mundo.
6. Sabemos que, ao desenvolver-se, a criança apresentará, nos anos que se seguirem, as tendências e defeitos morais inerentes ao seu real adiantamento espiritual, mas este poderá, sem nenhuma dúvida, ser sensivelmente modificado pela influência recebida desde o berço, de seus pais e das pessoas incumbidas de educá-la.
7. Reencarnando sob a forma inicial de uma criança, o Espírito é mais acessível, durante esse período, às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os pais e as pessoas investidas dessa tarefa, cuja importância é enfatizada por Emmanuel no cap. CLI de seu livro “Caminho, Verdade e Vida”:  “A juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para viagem importante. A infância foi a preparação, a velhice será a chegada ao porto”. “Todas as fases requisitam as lições dos marinheiros experientes, aprendendo-se a organizar e a terminar a viagem com êxito desejável.”

A pureza e a simplicidade da criança constituem o nosso objetivo
8. Como criança, o Espírito enverga temporariamente a túnica da inocência, um fato que atesta a bondade e a sabedoria de Deus, porque sua aparente inocência e fragilidade despertam o carinho e a simpatia dos adultos que o cercam, facilitando assim o processo de sua reeducação.
9. Esse estado de pureza e simplicidade é tão importante que o próprio Mestre o destacou numa conhecida passagem evangélica em que, aludindo a uma criança que dele se aproximara, declarou: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus”.
10. O mais frio celerado há de lembrar um dia que também ele já foi criança, de aparência inocente e pura, e que de muito lhe valeria ter continuado a cultivar semelhantes virtudes, porquanto sem a aquisição delas, como ensinou Jesus, não teremos entrada no reino dos Céus.

Respostas às questões propostas

1. Qual é, segundo o Espiritismo, a utilidade do período da existência chamado infância?
Sua utilidade é muito grande. A infância é uma fase de adaptação necessária ao Espírito que retorna à existência corpórea. Existente nos diferentes mundos, ela é, porém, menos obtusa nos planetas mais adiantados.
2. Que vantagens a infância propicia ao Espírito que retorna à existência corporal?
São duas as vantagens: 1ª - O Espírito ganha o tempo indispensável a fim de se preparar para as futuras e difíceis tarefas da nova existência corpórea. 2ª - Pela fase que atravessa, revestido da simplicidade e da inocência comuns a todas as crianças, desperta nos pais e no núcleo a que pertence muita simpatia, interesse e boa vontade, o que facilitará o desempenho de suas tarefas no mundo.
3. Durante a infância, o encarnado é mais ou menos acessível às impressões que recebe?
Nessa fase, o Espírito é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os pais e as pessoas investidas dessa tarefa.
4. Como Emmanuel, ao comparar a existência terrena a uma longa viagem, define a infância?
Segundo Emmanuel, a juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para viagem importante. A velhice será a chegada ao porto. A infância é a fase da preparação. 
5. Que nos ensinou Jesus a respeito do estado de pureza e simplicidade comum às crianças?
Esse estado de pureza e simplicidade é tão importante que o próprio Mestre o destacou numa conhecida passagem evangélica em que, aludindo a uma criança que dele se aproximara, declarou: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus”.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, questões 115-A, 183, 379 a 385.
O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, capítulo VIII, itens 1 a 4.
O Evangelho segundo Marcos, 10:14.
O Evangelho segundo Mateus, 18:2-3.
Caminho, Verdade e Vida, de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, cap. CLI.
O Espírito da Verdade, de autoria de vários Espíritos, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, pp. 136 e 137.

Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:



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