segunda-feira, 13 de maio de 2019




Da série de erros frequentes no uso do idioma português, eis mais cinco exemplos:
1. Algumas estatais, como a Petrobras, foram praticamente saqueadas nesses últimos anos.
O correto: Algumas estatais, como a Petrobras, foram praticamente saqueadas nestes últimos anos.
Explicação: Em frases assim, em que o demonstrativo se refere ao tempo presente, aos anos em que ainda nos encontramos, o correto é usar “neste”, em vez de “nesse”.
2. Como disse-te no último encontro, vou mudar-me para Portugal.
O correto: Como te disse no último encontro, vou mudar-me para Portugal.
Explicação: O vocábulo “como” atrai o pronome oblíquo te.
3. Nós estávamos ali e tudo assistimos, sem nada podermos fazer.
O correto: Nós estávamos ali e a tudo assistimos, sem nada podermos fazer.
Explicação: No sentido de ver, presenciar, o verbo “assistir” pede objeto indireto.
4. Então, o que faremos com o homem?
O correto: Então, que faremos com o homem?
Explicação: O pronome interrogativo “que” dispensa o “o” que o antecede na frase citada. Napoleão Mendes de Almeida diz-nos no seu Dicionário de Questões Vernáculas, p. 257, que não cabe em tais interrogações função sintática nenhuma à palavra “o”. A palavra “que” exerce, por si e bastante, a função de pronome interrogativo.
5. Em homenagem à Nossa Senhora, fui em romaria a Aparecida.
O correto: Em homenagem a Nossa Senhora, fui em romaria a Aparecida.
Explicação: Antes de determinadas personalidades, como Nossa Senhora, não cabe artigo e, portanto, não se justifica a crase. Confira no texto “Casos em que não se usa a crase” - http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/1656133





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