O Tesouro dos
Espíritas
Miguel Vives y Vives
Parte 11
Damos sequência ao estudo do clássico O Tesouro dos Espíritas, de Miguel Vives y Vives, que está sendo
aqui estudado em 16 partes, com base na tradução de J. Herculano Pires,
conforme a 6ª edição publicada pela Edicel.
Nosso objetivo é que este estudo possa servir para o leitor
como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto abaixo.
Questões preliminares
A. Como deveremos agir se as angústias da vida nos
perseguirem?
B. Em que nível evolutivo nós, os espíritas, nos
encontramos?
C. Em face de alguma paixão ou vício que nos pode levar à
queda, como proceder?
Texto para
leitura
126. Se assim fizermos, poderemos repetir as palavras de um
grande escritor da antiguidade: Quando resistimos à tentação, ela é a formiga
do leão; mas quando nos entregamos, ela é o leão da formiga; sejamos sempre o
leão, e a tentação a formiga, que nada teremos a temer. (P. 135)
127. Se algum dia as angústias da vida nos perseguirem, não
olvidemos as palavras do Mestre: Bem-aventurados os que sofrem, pois deles será
o Reino dos Céus, lembrando que a existência terrena não é mais do que um
sopro, um período curtíssimo de nossa existência universal, e que, pelos dias e
as noites que sofrermos na Terra, teremos mil anos de repouso e felicidade. (P.
136)
128. Ao irmão angustiado pela tentação, aconselha-se ainda
que procure um confrade digno de confiança que possa ouvi-lo e ajudá-lo. As
pessoas consultadas podem ser o diretor do Centro ou o dirigente das reuniões,
os quais deverão ser prudentes, misericordiosos, caritativos, meigos no falar e
no agir, capazes de toda a abnegação, amando a Deus e submissos ao Senhor e às
suas leis. Para isso, é necessário haver entre os espíritas pessoas experientes
na prática das virtudes, da caridade, do amor ao próximo, da adoração ao Pai e
da veneração ao Senhor, porque só assim esses irmãos terão luz suficiente para
atender o necessitado da orientação buscada. (PP. 137 e 138)
129. Para que todos sejamos felizes, temos de ajustar-nos à
lei, à harmonia e à ordem; dessa maneira, para onde formos, levaremos ordem e
harmonia e os que viverem conosco levarão harmonia e ordem, e assim seremos
felizes. (P. 141)
130. A lei divina e universal está demonstrada e explicada
pelo Espiritismo; por isso dizemos: Nós, espíritas, temos um tesouro em nossas
mãos. “É preciso acentuar isto – diz Miguel Vives – porque nem todos estão em condições
de compreender o Espiritismo, e
menos ainda de praticá-lo.” (P. 141)
131. Nós, os espíritas, estamos ainda no nível comum das
criaturas. Primeiro, dominou-nos o instinto; depois, as paixões; logo, os
vícios; e através de grandes lutas chegamos a merecer que nos contassem no seio
do Espiritismo. Temos, porém, de considerar que do instinto, das paixões e dos
vícios sobraram-nos resíduos, que teremos de erradicar, para podermos possuir
este tesouro. (P. 142)
132. O caminho que pode levar-nos à realização do progresso
e à felicidade é o Espiritismo, que nos alforria de todas as dúvidas,
liberta-nos de todos os erros, ilumina-nos a inteligência e fortalece-nos o
espírito na luta contra toda a preocupação. Se o espírita não for indolente,
pode realizar tudo quanto deseja para o seu bem. (PP. 142 e 143)
133. A extinção completa dos resíduos que nos ficaram dos
instintos, das paixões e dos vícios é um trabalho de gigante. É por isso que
todo espírita deve estudar-se a si mesmo, para conhecer-se, o que não é muito
fácil. (P. 143)
134. O espírita deve observar se facilmente se ofende por
qualquer contrariedade ou palavra que o mortifique. Se isso acontece, é que o
amor-próprio desmedido, sinônimo de vaidade, está enraizado em seu espírito.
Deve então dirigir toda a atenção em pôr às claras essa tendência ou instinto
e, a seguir, submeter-se às humilhações, evitando que estas o magoem,
prosseguindo na prática até aprender a sofrer desprezos e desenganos sem perder
a serenidade. (P. 143)
135. Se o espírita sente que possui alguma paixão ou vício
que o pode levar à queda, terá de ser valente e, mesmo que lhe custe a vida,
terá de cortá-los pela raiz, porque mais vale sofrer muito para aniquilar um
vício e adquirir uma virtude do que nada sofrer dando rédeas à paixão. Aqui
está o trabalho de gigante do espírita, porque, quando quer enfrentar o
passado, o espírito do mal resiste e tudo faz para não deixar escapar a presa,
valendo-se de todos os meios, até mesmo dos sonhos, para emboscá-lo. (P. 144)
136. Quanto aos pequenos defeitos e dificuldades da vida,
vale muito a prática constante da virtude, da abnegação e da caridade. Como
sabemos, o espírita não deve ser impertinente, nem ter mau gênio, nem ser
precipitado, nem murmurar, mas há de ser paciente, amável, serviçal, saber
perdoar as faltas alheias e procurar o bem de seus subordinados. (P. 145)
137. Deve, assim, criar uma auréola de boa influência e de
confiança, consolar os que sofrem, até onde suas forças o permitam, para o que
será indispensável a proteção dos Benfeitores espirituais, de cuja ajuda não
podemos duvidar. (PP. 145 e 146)
Respostas às
questões preliminares
A. Como
deveremos agir se as angústias da vida nos perseguirem?
Primeiramente, não olvidemos as palavras do Mestre:
Bem-aventurados os que sofrem, pois deles será o Reino dos Céus, lembrando que
a existência terrena não é mais do que um sopro, um período curtíssimo de nossa
existência universal, e que, pelos dias e noites que sofrermos na Terra,
teremos mil anos de repouso e felicidade. Ao irmão angustiado pela tentação,
aconselha-se ainda que procure um confrade digno de confiança que possa ouvi-lo
e ajudá-lo. As pessoas consultadas podem ser o diretor do Centro ou o dirigente
das reuniões, os quais deverão ser prudentes, misericordiosos, caritativos,
meigos no falar e no agir, capazes de toda a abnegação, amando a Deus e
submissos ao Senhor e às suas leis. (O
Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia Prático para a Vida Espírita, pp. 136
a 138.)
B. Em que nível
evolutivo nós, os espíritas, nos encontramos?
Segundo Miguel Vives, nós estamos ainda no nível comum das
criaturas. Primeiro, dominou-nos o instinto; depois, as paixões; logo, os
vícios; e através de grandes lutas chegamos a merecer que nos contassem no seio
do Espiritismo. Temos, porém, de considerar que do instinto, das paixões e dos
vícios sobraram-nos resíduos, que teremos de erradicar, para podermos possuir
este tesouro. “É preciso – disse Miguel Vives – acentuar isto, porque nem todos
estão em condições de compreender o Espiritismo, e menos ainda de praticá-lo.”
(Obra citada, pp. 141 e 142.)
C. Em face de
alguma paixão ou vício que nos pode levar à queda, como proceder?
Diante dessa situação, teremos de ser valentes e cortá-los
pela raiz, porque mais vale sofrer muito para aniquilar um vício e adquirir uma
virtude do que nada sofrer dando rédeas à paixão. Aqui está o trabalho de
gigante do espírita, porque, quando quer enfrentar o passado, o espírito do mal
resiste e tudo faz para não deixar escapar a presa, valendo-se de todos os
meios, até mesmo dos sonhos, para emboscá-lo. (Obra citada, pp. 144 e 145.)
Observação:
Eis os links que remetem aos
textos anteriores:
Parte 8 – https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/04/o-tesouro-dosespiritas-miguel-vives-y_26.html
Parte 9 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/05/o-tesouro-dosespiritas-miguel-vives-y.html
Parte 10 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/05/o-tesouro-dosespiritas-miguel-vives-y_10.html
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