segunda-feira, 21 de outubro de 2019





Temos repassado aqui, a cada semana, partes do recente Acordo Ortográfico firmado pelo Brasil, cuja vigência em nosso país teve início no dia 1º de janeiro de 2009.
O tema de hoje: Acentuação gráfica – parte 2.
ACENTOS DIFERENCIAIS
Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era antes e como ficou:
Quase que ele não pára o carro. Quase que ele não para o carro.
Os alunos foram ao pólo Norte.  Os alunos foram ao polo Norte.
Nosso cão tem pêlos lindos. Nosso cão tem pelos lindos.
Gosto muito de pêra. Gosto muito de pera.
EXCEÇÕES
O Acordo Ortográfico não eliminou totalmente do nosso idioma o acento diferencial, que permanece na escrita de determinadas formas verbais, a seguir enumeradas:
Pôr. O acento permanece no verbo pôr, para distingui-lo da preposição por. Exemplo: Vá por aí para pôr o carro na garagem.
Poder. Continua o acento em pôde, para diferenciá-lo de pode. Pôde é a forma verbal do pretérito perfeito; pode é forma verbal do presente do indicativo. Exemplo: No ano passado Maria não pôde viajar nas férias, mas este ano ela pode.
Ter e seus derivados: manter, deter, reter, conter. Permanece o acento que diferencia do singular o plural das formas verbais. Exemplo: João tem uma ótima casa; ele e seu sócio têm um belo sítio.
Vir e seus derivados: convir, intervir, advir. Tal como no caso anterior, permanece o acento que diferencia do singular o plural das formas verbais. Exemplo: Meu pai vem de Minas; meus tios vêm de Santa Catarina.
ACENTUAÇÃO FACULTATIVA
É facultativo, a partir do Acordo Ortográfico, o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrmaEm alguns casos, o uso do acento evita ambiguidade na frase. Um exemplo é este: Qual é a forma da fôrma do bolo? No meio espírita, sem a opção do acento, a seguinte frase ficaria sem sentido: O perispírito é a fôrma da forma. 
CASOS ESPECIAIS
Arguir e redarguir. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir, ocorrendo o mesmo com o verbo redarguir.
Verbos terminados em guar, quar quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem; delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam. No Brasil, esta é a pronúncia mais frequente.


Observação:
Para acessar o texto deste estudo publicado no dia 14 de outubro, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/10/como-dissemos-no-dia-7-de-outubro-vamos.html






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