Nosso Lar
André Luiz
Estamos realizando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar. As obras selecionadas têm em comum a forma novelesca, que
tanto sucesso alcançou no meio espírita desde que apareceu em 1944 o livro Nosso Lar, psicografado por Francisco
Cândido Xavier.
Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120
partes, cada qual com oito perguntas e respostas. Os textos são publicados
neste blog sempre às quartas-feiras.
Iniciamos com o livro Nosso
Lar, ao qual se seguirão os demais livros, observada a ordem cronológica de
sua publicação original.
Parte 4
25. O lar na colônia
"Nosso Lar" é muito diferente do lar terreno?
Não. E o motivo é que, segundo Laura, o lar terrestre busca copiar o
modelo de lar existente no plano espiritual, no qual as almas femininas assumem
numerosas obrigações, preparando-se para voltar ao planeta ou para ascender a
esferas mais altas. Laura acentuou o valor do serviço maternal em qualquer
plano e informou que, quando o Ministério do Auxílio lhe confia crianças, suas
horas de serviço são contadas em dobro. "Todos trabalham em nossa
casa", acrescentou Laura. "Oito horas de atividade no interesse
coletivo, diariamente, é programa fácil a todos. Sentir-me-ia envergonhada se
não o executasse também." (Nosso Lar,
cap. 20, págs. 110 a 114.)
26. Existe propriedade
individual na colônia?
Sim, mas ela é relativa. As aquisições são feitas à base de horas de
trabalho. O bônus-hora serve para a aquisição de utilidades existentes na
colônia, e qualquer delas pode ser adquirida com esses cupons. As construções
em geral representam patrimônio comum, mas cada família espiritual pode
conquistar um lar (nunca mais que um), apresentando 30.000 bônus-hora. (Obra
citada, cap. 21, págs. 115 e 116.)
27. Por que Laura, ao
desencarnar, não passou pelo Umbral?
Em sua última existência terrena, Laura ficou viúva muito jovem, com os
filhos ainda pequenos, e teve de enfrentar serviços rudes no planeta. A
existência laboriosa livrou-a das indecisões e angústias do Umbral, por
colocá-la a coberto de muitas e perigosas tentações. (Obra citada, cap. 21,
pág. 116.)
28. Como Laura teve acesso
à lembrança de seu passado?
A lembrança das vidas pretéritas é proporcionada aos Espíritos
gradualmente. No caso de Laura, só depois de algum tempo é que ela e seu companheiro
Ricardo tiveram acesso ao seu passado. Primeiramente, na Seção do Arquivo, os
técnicos do Esclarecimento aconselharam-nos a ler suas memórias, durante dois
anos, abrangendo o período de três séculos. Não foi permitido recordar as fases
anteriores, porque ambos foram considerados incapazes de suportar as lembranças
correspondentes a outras épocas. Depois de longo período de meditação para
esclarecimento próprio, foram então submetidos a determinadas operações
psíquicas, a fim de penetrar os domínios emocionais das recordações. Técnicos
lhes aplicaram passes nos cérebros e Ricardo e Laura ficaram senhores, então,
de 300 anos de memória integral. (Obra citada, cap. 21, pág. 118.)
29. Os bônus-hora não
aplicados podem ser transmitidos aos filhos?
As economias em bônus-hora revertem ao patrimônio comum quando o
Espírito regressa à crosta em nova encarnação. A família tem apenas o direito
de herança ao lar, mas a ficha de serviço autoriza o Espírito com crédito de
bônus-hora a interceder por outras pessoas, além de assegurar-lhe o auxílio da
colônia durante sua permanência nos círculos carnais. (Obra citada, cap. 22,
págs. 120 a 124.)
30. Qual a função da
televisão na colônia?
André Luiz faz referência, no livro em estudo, à emissora do Posto Dois,
de "Moradia", velha colônia de serviços, ligada às zonas inferiores.
Era agosto de 1939 e a emissora apelava pela paz no planeta, informando que
negras falanges da ignorância, depois de espalhar os fachos incendiários da
guerra na Ásia, cercavam as nações europeias, impulsionando-as à guerra. Além
das notícias, a TV transmitia músicas suaves, entre um e outro apelo em favor
da paz, cumprindo assim um papel importante na manutenção do equilíbrio na
Colônia. (Obra citada, cap. 23 e 24, págs. 127 a 135.)
31. Pode um Espírito ser
perturbado pelos familiares encarnados?
Sim. A carga de pensamentos sombrios, emitidos pelos parentes
encarnados, é a causa fundamental da perturbação de muitos Espíritos situados
na erraticidade. (Obra citada, cap. 27, págs. 146 a 148.)
32. Que efeito pode o ódio
causar sobre os Espíritos?
O ódio e o desentendimento causam ruína e sofrimento nas criaturas
encarnadas ou desencarnadas. O indivíduo que odeia fica com o semblante
endurecido e imune às sugestões do bem advindas dos protetores espirituais. O
ódio, como sabemos muito bem hoje em dia, causa doenças. (Obra citada, cap. 30,
págs. 163 a 167.)
Observação:
Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/10/nosso-lar-andre-luiz-estamos-realizando.html
Como consultar as matérias deste
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