Obreiros da Vida
Eterna
André Luiz
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o
estudo de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série
Nosso Lar. Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120 partes,
cada qual com oito perguntas e respostas.
Os textos são publicados neste blog sempre às
quartas-feiras.
Concluído o estudo dos três primeiros livros, damos
prosseguimento hoje ao estudo do 4º livro da série, Obreiros da Vida Eterna, que o médium Chico Xavier psicografou.
Parte 4
25. Aludindo à
parábola de Jesus que focaliza o caso do rico e do mendigo Lázaro, padre
Hipólito comentou-a de forma inteiramente nova. Que considerações fez ele sobre
o tema?
Antes de comentar a parábola referida, Hipólito perguntou: –
"Qual de nós não terá sido, na Crosta do Mundo, aquele rico, vestido de
púrpura e linho finíssimo, do ensinamento do Mestre?" E comentou o
conhecido texto narrado por Jesus, fazendo-o de um modo inteiramente diferente
dos comentários usuais sobre o tema. Todos os que ali estavam – lembrou
Hipólito – já tiveram, em derredor, mendigos de afeto e socorro espiritual a
mostrar-lhes, em vão, as chagas de suas necessidades. Chamavam-se eles
familiares, parentes, companheiros de luta, irmãos remotos de humanidade...
Eram filhos famintos de orientação, pais necessitados de carinho, viandantes do
caminho evolutivo sequiosos de auxílio, que, improficuamente, se aproximavam
implorando reconforto e alegria. "Em geral", lembrou Hipólito,
"lembrávamo-nos sempre tarde de suas feridas interiores, indiferentes ao
menosprezo da oportunidade sublime que nos fora concedida para ministrar-lhes o
bem". Envaidecidos das próprias conquistas, encarcerados em clamorosa
apatia, os agora infelizes amontoavam expressões de bem-estar, crendo-se
superiores a todas as criaturas integrantes do quadro da passagem terrena.
Prisioneiros das próprias criações inferiores, a morte precipitou-os no
despenhadeiro purgatorial, semelhante ao tenebroso inferno da teologia mitológica.
E, assim, envelhecida e rota a veste rica de oportunidade, todos se tornaram
mais pobres que o último dos miseráveis que lhes batiam confiantes à porta do
coração e para os quais poderiam ter sido beneméritos doadores da felicidade.
Viajores do mundo, os que ali padeciam fugiam, quando encarnados, de todos os
companheiros necessitados e estimavam, acima de tudo, o bom tempo, as ilhas
encantadas de prazer, a camaradagem dos mais fortes, para depois atingirem a
outra margem, humilhados e pesarosos, em terríveis necessidades do espírito,
incapazes de prosseguir a caminho dos continentes divinos da redenção. (Obreiros da Vida Eterna, cap. 8, pp. 118 a 122.)
26. Por que,
estando bem perto dos socorristas, os sofredores não se aproximavam para
juntar-se ao grupo?
O motivo disso é que entre a multidão compacta e o grupo de
benfeitores espirituais havia um profundo fosso e, onde surgiam possibilidades
de transposição mais fácil, reuniam-se pequenos grupos de entidades com
sinistra expressão fisionômica, que exerciam severa vigilância sobre os
infelizes, impedindo-os de se aproximarem dos socorristas. (Obra citada, cap.
8, pp. 122 a 129.)
27. Em meio à
procissão de pedintes, havia também espíritas?
Sim. Pelo teor das súplicas, via-se que ali estavam reunidos
adeptos de variados credos religiosos, e os espiritistas não faltavam no triste
concerto. Uma senhora, de porte respeitável, cabelos revoltos e fundas chagas
no rosto, suplicou, chorosa: – "Espíritos do Bem, auxiliai-me! Eu conheci
Bezerra de Menezes na Terra, aceitei o Espiritismo. No entanto, ai de mim!
Minha crença não chegou a ser fé renovadora. Dedicava-me à consolação, mas
fugia à responsabilidade! A morte atirou-me aqui, onde tenho sofrido bastante
as consequências do meu relaxamento espiritual! Socorrei-me, por Jesus!"
(Obra citada, cap. 8, pp. 129 a 131.)
28. As faixas
luminosas lançadas pelos socorristas produziram algum resultado?
Não, porque houve, diante dessa providência, uma odiosa
represália dos verdugos desencarnados que fez com que esses esforços se
tornassem inúteis. (Obra citada, cap. 8, pp. 131 e 132.)
29. Dirigindo-se
aos sofredores, Zenóbia fez-lhes um derradeiro apelo, advertindo, porém, que
nem todos poderiam ser amparados pela Casa Transitória. Quem, segundo ela,
poderia ser admitido no abrigo?
Ela disse que o abrigo receberia apenas criaturas de boa
vontade. Seria inútil, pois, procurar-lhe o socorro sem modificação substancial
para o bem. "Sofredor algum será recolhido tão só porque implore abrigo
com os lábios", asseverou a benfeitora espiritual, enfatizando que apenas
os corações sinceramente interessados na renovação própria, em Jesus, seriam
admitidos no abrigo. (Obra citada, cap. 8, pp. 133 e 136.)
30. Em que
consistia a ação de graças realizada na Casa Transitória e em qual dia da
semana era feita?
A ação de graças, que se realizava todas as noites na Casa
Transitória, era um culto em que a oração tinha por objetivo agradecer ao
Senhor as bênçãos de cada dia e pedir fossem concedidos a todos os irmãos ali
presentes os dons do equilíbrio e da equidade. A prece não continha nenhuma
solicitação de ordem material ou pedido de atendimento a privilégios. A ação de
graças nada mais era do que uma prece de louvor. (Obra citada, cap. 9, pp. 137
a 144.)
31. Quem era
Letícia e com que finalidade ela veio à reunião no instituto?
Letícia, desencarnada 32 anos antes, fora na Terra mãe de
Gotuzo. Sua fisionomia deslumbrava e no colo trazia soberbo ramalhete de lírios
nevados a exalar inebriante perfume, cujo aroma foi percebido por todos. A
mensageira veio à reunião para comunicar-se com Gotuzo e, para isso,
necessitava do auxílio de Luciana como médium psicofônica. A medida se
justificava em face das substâncias densas do plano, que tornavam o ambiente
pesadíssimo. Na mensagem ao filho, Letícia o estimulou à reconciliação com os familiares
encarnados, levando-o a concordar em reencarnar no mesmo ambiente de sua
família, na condição de neto da ex-esposa, para desse modo reconciliar-se com
seu suposto rival. (Obra citada, cap. 9, pp. 144 a 150.)
32. Que desfecho
teve o encontro de Gotuzo com sua ex-esposa Marília?
Ao ver Gotuzo, Marília pediu-lhe perdão por tudo o que
fizera e rogou-lhe não a abandonasse. Ele ficou indeciso, mas, ante a
intervenção de Letícia, Gotuzo abriu os braços e recolheu a ex-esposa,
solícito, na atitude de irmão compadecido e desvelado. Depois, intuído pela
mãe, dirigiu breves palavras à ex-companheira terrena, dizendo-lhe que jamais
poderia resgatar sua dívida para com seu devotamento. "Regresse,
confiante, enquanto preparo minha própria volta", disse-lhe, sob forte
emoção. "Brevemente, com o auxílio de Deus e de nossa abençoada mãe,
estaremos, de novo, reunidos na Terra!" (Obra citada, cap. 9, pp. 150 a
156.)
Observação:
Para acessar a 3ª parte deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/03/obreiros-da-vidaeterna-andre-luiz_25.html
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