No Mundo Maior
André Luiz
Parte 1
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos 4 primeiros livros da Série, iniciamos
nesta data o estudo da obra No Mundo
Maior, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em
1947 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:
1. Ao regressar
à pátria espiritual, que bagagem nós transportaremos?
É Emmanuel quem assevera, no prefácio do livro ora estudado,
que o batismo simbólico ou o tardio arrependimento no leito da morte não bastam
para garantir o futuro espiritual de ninguém. Cada criatura transporá a aduana
da eternidade com a exclusiva bagagem do que houver semeado, e aprenderá que a
ordem, a hierarquia e a paz do trabalho edificante são característicos
imutáveis da Lei, em toda parte. (No
Mundo Maior, prefácio de Emmanuel, pp. 9 a 12.)
2. Que é preciso
para que o homem físico se converta em homem espiritual?
A lição vem do assistente Calderaro: "O acaso não opera
prodígios. Qualquer realização há que planejar, atacar, pôr a termo. Para que o
homem físico se converta em homem espiritual, o milagre exige muita colaboração
de nossa parte". "As asas sublimes da alma eterna não se expandem nos
acanhados escaninhos de uma chocadeira. Há que trabalhar, brunir, sofrer."
(Obra citada, cap. 1, pp. 19 e 20.)
3. A prece é
apenas um ato de adoração?
Não apenas isso. A prece é, além de uma manifestação de
reverência religiosa, valioso recurso de acesso aos inesgotáveis mananciais do
Divino Poder. (Obra citada, cap. 1, pp. 20 a 23.)
4. Onde situar a
gênese da loucura e da desarmonia mental que verificamos na atualidade em nosso
mundo?
No próprio comportamento da criatura humana, porque o que
temos feito é cevar e expandir o egoísmo, a ambição, a vaidade e a fantasia na
Crosta Planetária, contraindo, assim, pesados débitos e escravizando-nos aos
tristes resultados de nossas obras. No passado mais remoto, as cidades
desapareciam pelo massacre, ao gládio dos conquistadores sem entranhas, ou
estacionavam sob a onda mortífera da peste desconhecida. Hoje, as coletividades
ainda sofrem o assédio da espada homicida e as guerras entre povos continuam;
mas, no lugar de doenças terríveis que a Ciência conseguiu erradicar ou
controlar, como a febre amarela, a cólera, a varíola, a tuberculose, a lepra,
existe nova ameaça à humanidade terrena, que é o profundo desequilíbrio, a
desarmonia generalizada, as moléstias da alma, que se ingerem, sutis, solapando
sua estabilidade. (Obra citada, cap. 2, pp. 27 a 29.)
5. O que é
essencial ao Espírito que deseja progredir?
A lição vem-nos do instrutor Eusébio: "Impossível é
progredir no século, sem atender às obrigações da hora. Torna-se
imprescindível, na atualidade, recompor as energias, reajustar as aspirações e
santificar os desejos". "Não basta crer na imortalidade da alma.
Inadiável é a iluminação de nós mesmos, a fim de que sejamos claridade
sublime." Para colimar esse objetivo, diz ele de modo peremptório e
direto: "Antes de mais nada, importa elevar o coração, romper as muralhas
que nos encerram na sombra, esquecer as ilusões da posse, dilacerar os véus
espessos da vaidade, abster-se do letal licor do personalismo aviltante, para
que os clarões do monte refuljam no fundo dos vales, a fim de que o sol eterno
de Deus dissipe as transitórias trevas humanas". O Plano Superior, diz
Eusébio, espera de nós muito mais: "Nossa meta, meus amigos, não se
compadece com o exclusivismo ególatra. A Porta Divina não se abre a espíritos
que se não divinizaram pelo trabalho incessante de cooperação com o Pai
Altíssimo". (Obra citada, cap. 2, pp. 30 a 32.)
6. A ascensão
espiritual depende de quê?
Não devemos intentar o voo sem haver aprendido a marcha. Nos
caminhos da carne é necessário transitar com a devida prudência. Não indaguemos
de direitos prováveis que nos caberiam no banquete divino, antes de liquidar os
compromissos humanos. Impossível o título de anjos para quem não se
transformar, primeiro, em criatura ponderada. Soberanas e indefectíveis leis
nos presidem aos destinos. Deus prodigaliza oportunidades a todos os seus
filhos, mas o aproveitamento é obra nossa. As máquinas terrestres podem alçar-nos
o corpo físico a consideráveis alturas, mas o voo espiritual, com que nos
libertaremos da animalidade, jamais o desferiremos sem asas próprias. Não
devemos cobiçar o repouso das mãos e dos pés. Antes de abrigar semelhante
propósito, procuremos a paz interior na suprema tranquilidade da consciência.
Abandonemos a ilusão, antes que a ilusão nos abandone. Somente os servos que
trabalham gravam no tempo os marcos da evolução; só os que se banham no suor da
responsabilidade conseguem cunhar novas formas de vida e de ideal renovador.
(Obra citada, cap. 2, pp. 34 e 35.)
7. A vida na
colônia espiritual em que André se achava era muito diferente do que vemos em
nosso plano?
Não muito. O trabalho na colônia era intenso, com escassas
horas reservadas a excursões de entretenimento, mas o ambiente de felicidade e
alegria favorecia a marcha evolutiva. Os templos constituíam abençoados núcleos
de conforto e de revigoramento e nas associações culturais e artísticas
encontrava-se a continuidade da existência terrestre, enriquecida, porém, de múltiplos
elementos educativos. O campo social regurgitava de oportunidades maravilhosas
para a aquisição de afeições inestimáveis e os lares erguiam-se entre jardins
encantadores. Não faltavam ali determinações e deveres, ordem e disciplina, mas
a serenidade era o clima habitual, e a paz, a dádiva de cada dia. (Obra citada,
cap. 3, pp. 38 a 40.)
8. O
arrependimento é importante no processo de regeneração dos indivíduos?
Sim. O arrependimento é o caminho para a regeneração, mas
não um passaporte para o céu, como se ensina em determinados núcleos
evangélicos. Sua importância é, no entanto, muito grande. (Obra citada, cap. 3,
pp. 39 e 40.)
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