A
arte de bem ouvir e assim compreender
CÍNTHIA
CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Não faltam
opiniões diante dos milhares acontecimentos diários. Juízes, sem nenhuma
formação, expedem sentenças duras sem análise. E o intrigante é que esses
juízes – pessoas que precisariam conhecer pelo menos um pouco do muito que
falam – passeiam com suas palavras absurdas por todas as questões.
E os dias se
tornam mais gris, pois as cores começam a se desbotar. As cores que trazem a
alegria de estar com pessoas – a graça maior dos dias − e de conversar sobre as
maravilhosas coisas que hoje estão enterradas, de ouvir com atenção e carinho a
narrativa de alguém que simplesmente quer compartilhar alguns episódios e
relembrar outros tempos.
E estamos carentes
das palavras calmas que em meio à turbulência nos fortalecem tanto. Estamos
carentes de conversas que ninguém precisa ter razão e muito menos forçar uma
opinião esdrúxula conquistada por assustadora falta de conhecimento. Estamos
carentes de amor, sim, bem mais amor.
Na escola, quando
éramos bem pequenos, a professora dizia: quando um coleguinha fala os outros
ouvem. E que pena, estamos esquecendo tantos valores. Estamos nos mostrando
seres difíceis e truculentos quando o objetivo seria de refinamento e mais
leveza. Mas a esperança de dias melhores sempre se renova com cada amanhecer.
A arte de bem ouvir
se consagra entre os notáveis saberes. E como a época é bastante propícia para
(re)conquistarmos tantos deles poderíamos incluir este saber à nossa lista de
realizações obrigatórias.
À medida que
compreendermos mais saberemos ouvir melhor, pois valorizaremos de imediato o
que tem fundamento e dispensaremos sem alarde o que é infundamentado.
Não se ganha nada
com uma imposição retórica se não houver base solidificada, muito menos com a
de palavras ofensivas. Tudo na vida possui seu valor universal, são as mentes
que violam esses valores.
E quando
assimilarmos que somos seres diferentes, mas de um único Criador, essas
incontáveis descompensações se dissiparão, pois falaremos as mesmas palavras e
compreenderemos tão naturalmente.
A arte de viver
está simplesmente na sabedoria dos atos e na assimilação dos saberes em toda a
sua dimensão, ou seja, quem conhece não despende tempo algum em convencer
alguém, seus exemplos já fazem todo o trabalho. E ainda, em sua sabedoria, traz
a arte de saber ouvir.
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