quarta-feira, 20 de maio de 2020


No Mundo Maior

André Luiz

Parte 3

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos 4 primeiros livros da Série, prosseguimos nesta data o estudo da obra No Mundo Maior, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:

17. Que ensinamento podemos tirar da ação de Cipriana relatada nesta obra?
Cipriana acercou-se dos dois adversários e pôs-se em atitude de oração. A prece saturava-se de sublime poder, porquanto em breve suave luz descia do alto sobre sua fronte venerável e ela tornava-se gradativamente mais bela. Os raios divinos a fluírem dos mananciais invisíveis, envolvendo-a, transfiguravam-na toda. Escoados alguns momentos, circundava-a refulgente halo. Dos olhos, do tórax e das mãos efluíam irradiações de frouxa e suave luz. Ela, então, estendeu as mãos para os dois desventurados, atingindo-os com o seu amoroso magnetismo, que lhes modificava o campo vibratório, e ambos sentiram-se desfalecer, oprimidos por uma força que os compelia à quietação. Parecia-lhes que Maria de Nazaré em pessoa ali se encontrava. O ensinamento que extraímos desse caso é bem claro: só o amor consegue atingir as causas profundas e modificar o campo vibratório dos infelizes do caminho. (No Mundo Maior, cap. 5, pp. 66 a 68.) 
18. Que lição acerca do valor do dinheiro Pedro aprendeu com sua própria experiência?
Pedro, anos depois do crime que havia cometido, fazia agora o possível para erguer-se, mas sabia também, por experiência própria, que o dinheiro não soluciona os problemas fundamentais do destino e que o elevado conceito que possamos conseguir dos outros nem sempre corresponde à realidade. Não obstante todas as vantagens conquistadas no âmbito material, vivia enfermo, infortunado, aflito. (Obra citada, cap. 5, pp. 73 a 75.)
19. Em que consiste, para os homens, a verdadeira liberdade?
Segundo Cipriana, foi o Senhor quem nos ensinou que a verdadeira liberdade é a que nasce da perfeita obediência às suas leis sublimes e que só o amor tem o suficiente poder para salvar, elevar e remir. (Obra citada, cap. 5, pp. 75 a 77.)
20. Que privações e vicissitudes ajudaram Cipriana a crescer espiritualmente?
Resumidamente, podemos dizer que Cipriana, em sua última existência, perdeu seus sonhos, o lar, o esposo e os filhos. Seus dois rapazes foram assassinados numa guerra civil, em nome de princípios legais; as duas filhas, seduzidas pelo fascínio do prazer e do ouro, escarneceram de suas esperanças e permaneciam, então, na esfera sombria, emaranhadas em perigosas ilusões. O esposo, que era o único amigo que lhe restava, abandonou-a logo que a lepra acometeu sua carne, empolgado por visível horror. Desprezaram-na todas as afeições e lhe fugiram os favores do mundo; contudo, enquanto seus membros se desatavam do corpo que se corrompia e quando se achava relegada ao extremo desamparo dos que lhe eram caros, robustecia-se dentro dela o cântico da esperança e sua alma, apesar de todos os sofrimentos, glorificava o Senhor da Vida. (Obra citada, cap. 5, pp. 77 e 78.)
21. Que danos pode produzir uma mente desvairada?
Segundo o instrutor Calderaro, uma mente desvairada emite forças destrutivas que podem atingir os outros, mas alcançam, em primeiro lugar, o cosmo orgânico do emissor. Julieta, ao decidir por um gênero de vida que lhe provocava violentos e contínuos conflitos na mente, passou a despedir energias fatais para ela mesma. Dotada de educação distinta, haurida ao contato materno que lhe enobreceu os sentimentos, a jovem incompatibilizou-se com uma existência de nível mais baixo na Crosta. Daí se originavam os conflitos. Ao ceder às tentações de que foi alvo, sentia-se intimamente precipitada escada abaixo. (Obra citada, cap. 6, pp. 87 e 88.) 
22. Justiça divina e compaixão coexistem ou são valores antagônicos?
A justiça divina não desconhece a compaixão. A Eterna Sabedoria examina o móvel de nossas ações e, sempre que possível, nos reergue. Somente quando mergulhamos no total eclipse do amor e da razão, deliberadamente fugindo aos processos do socorro divino, mantendo-nos nas trevas completas do ódio e da negação, defrontamos com absoluta dificuldade de receber influências salvadoras. Nesse caso, então, devemos esperar os atritos cruéis do tempo, aliados às forças das leis universais. (Obra citada, cap. 6, pp. 88 e 89.)
23. Em que a condição de enfermo pode auxiliar uma pessoa?
A resposta a esta pergunta podemos extrair do caso Julieta, a quem Calderaro, percebendo a gravidade de seu estado, prestou auxílio magnético retirando-lhe certa quantidade de material escuro, segregado pela própria mente e acumulado ao longo do cérebro. O instrutor, contudo, deixou um pouco da referida substância na câmara cerebral da jovem, visto que, segundo explicou, era preciso que Julieta se mantivesse enferma do corpo, de modo a ausentar-se das noitadas que costumava praticar. A trégua produzida pelo estado de enfermidade tornara-se importante porque, poucas horas depois, a jovem seria atendida por Cipriana. (Obra citada, cap. 6, pp. 89 e 90.)
24. Qual a finalidade da existência terrestre?
Ninguém vem ao mundo simplesmente para gozar. A existência terrestre é abençoado colégio de iluminação renovadora, não uma estação de mero prazer. (Obra citada, cap. 6, pp. 90 a 92.)

Observação:
Para acessar a 2ª parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/05/no-mundo-maior-andre-luiz-parte-2.html





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