quarta-feira, 27 de maio de 2020


No Mundo Maior

André Luiz

Parte 4

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos 4 primeiros livros da Série, prosseguimos nesta data o estudo da obra No Mundo Maior, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:

25. De onde se origina a simpatia entre as pessoas?
O amor e a confiança não constituem obras de improviso: nascem sob a bênção divina, crescem com a luta e consolidam-se nos séculos. A simpatia, na maior parte das vezes, é realização de milênios. Ninguém se aproxima de outra pessoa com tamanho apego se ela já não figurasse em seu pretérito espiritual. (No Mundo Maior, cap. 6, pp. 92 a 94.)
26. Qual a tarefa que o Criador confiou à Religião?
A Divina Sabedoria confiou à Religião a tarefa de velar pelo desenvolvimento da alma, propiciando-lhe abençoadas luzes para a jornada de ascensão. A crença religiosa, todavia, principalmente nos últimos anos, revelava-se incapaz de tal cometimento. Enquanto muitas inteligências encarnadas se dedicavam às realizações da Ciência no mundo, a Religião dava a ideia de erva raquítica, a definhar no solo. Além disso, havia outro senão: se à investigação científica basta o valor intelectual, o problema religioso demanda altas possibilidades de sentimento. A primeira requer observação e persistência; o segundo implica vocação para a renúncia. (Obra citada, cap. 7, pp. 95 e 96.)
27. As emissões do ódio podem causar o mal a uma pessoa?
Sim. Calderaro afirma que, se o amor emite raios de luz, o ódio arremessa estiletes de treva. Segundo ele, nos lobos frontais recebemos os estímulos do futuro, no córtex abrigamos as sugestões do presente e no sistema nervoso, propriamente dito, arquivamos as lembranças do passado. Determinado obsidiado, que era atendido naquele momento, estava sendo bombardeado por energias destrutivas do ódio na região de serviços do presente, isto é, em suas capacidades de crescimento, de realização e de trabalho nos dias que correm. E tal situação, decorrente da culpa, compelia-o a descer mentalmente para a zona de reminiscências do passado, onde seu comportamento é inferior, raiando pela semi-inconsciência dos estados evolucionários primitivos. "Esmagadora maioria dos fenômenos de alienação psíquica procedem da mente desequilibrada", explicou o Instrutor. (Obra citada, cap. 7, pp. 100 a 102.)
28. De que promanam os desequilíbrios mentais?
Ao fazer breve referência aos tratamentos utilizados pela psiquiatria no passado, como o choque elétrico e a hipoglicemia, Calderaro disse que desde a mais remota antiguidade o homem compreendeu, intuitivamente, que a maioria dos casos de alienação mental decorrem da ausência da alma à realidade. Mas, em verdade, todo desequilíbrio promana do afastamento da Lei, isto é, a lei de causa e efeito está sempre presente em casos dessa natureza. (Obra citada, cap. 7, pp. 102 e 103.)
29. Que podemos esperar de uma família sintonizada com os altos objetivos da vida?
A família é uma reunião espiritual no tempo, e, por isto mesmo, o lar é um santuário. Muitas vezes, mormente na Terra, vários de seus componentes se afastam da sintonia com os mais altos objetivos da vida; todavia, quando dois ou três de seus membros aprendem a grandeza das suas probabilidades de elevação, congregando-se intimamente para as realizações do espírito eterno, são de esperar maravilhosas edificações. (Obra citada, cap. 8, pp. 108 e 109.)
30. Nos processos obsessivos, que representa o remorso?
O remorso é sempre o ponto de sintonia entre o devedor e o credor, e muitos enfermos da alma, como o jovem Marcelo, mencionado neste livro, trazem a consciência fustigada de remorsos cruéis. (Obra citada, cap. 8, pp. 110 a 112.)
31. A epilepsia decorre sempre de alterações no encéfalo?
Diz Calderaro, neste livro, que o fenômeno epileptoide mui raramente ocorre por meras alterações no encéfalo, mas é, geralmente, enfermidade da alma, independente do corpo físico, que apenas registra, nesse caso, as ações reflexas. Céu e inferno, em essência, são estados conscienciais; se alguém agiu contra a Lei, ver-se-á dentro de si mesmo em processo retificador, tanto tempo quanto seja necessário. Assim como há inúmeras enfermidades para as desarmonias do corpo, há outras inúmeras para os desvios da alma. (Obra citada, cap. 8, pp. 112 e 113.) 
32. Que remédio é essencial à cura das enfermidades da alma?
Não é possível curá-las à força de processos exclusivamente objetivos. É indispensável penetrar a alma, devassar o cerne da personalidade, melhorar os efeitos socorrendo as causas. Não se restauram corpos doentes sem os recursos do Médico Divino das almas, que é Jesus Cristo. Os fisiologistas farão muito tentando retificar a disfunção das células; no entanto, é mister intervir nas origens das perturbações. Segundo Calderaro, é preciso entender que o homem, por sua conduta, pode vigorar a própria alma ou lesá-la. "O caráter altruísta, que aprendeu a sacrificar-se para o bem de todos, estará engrandecendo os celeiros de si mesmo, em plena eternidade; o homicida, esparzindo a morte e a sombra em sua cercania, estabelece o império do sofrimento e da treva no próprio íntimo." (Obra citada, cap. 8, pp. 119 e 120.)

Observação:
Para acessar a 3ª parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/05/no-mundo-maior-andre-luiz-parte-3.html





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