Entre a Terra e
o Céu
André Luiz
Parte 3
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, damos
sequência nesta data ao estudo da sétima obra: Entre a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido
Xavier e publicada originalmente em 1954.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o
presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".
Eis as questões de hoje:
17. O trabalho é realmente essencial à evolução dos Espíritos?
Sim. Conforme palavras de Clarêncio, o nosso melhor
patrimônio é o trabalho com que nos compete ajudar-nos, mutuamente. É pelo
trabalho que nos despojamos, pouco a pouco, de nossas imperfeições. Nós, as
criaturas de Deus, nos mais diversos degraus da escada evolutiva, aprimoramos
faculdades e crescemos em conhecimento e sublimação através do serviço. (Entre a Terra e o Céu, cap. VIII, pp. 52
e 53.)
18. A recordação
do passado seria um bem ou um mal para nós encarnados?
Lembrar o passado mais prejudicaria do que beneficiaria as
pessoas. Essa a razão pela qual nossas recordações são fragmentárias. Os que
pensam de forma contrária, como Antonina, que disse a Clarêncio como seria bom
poder reconhecer no mundo os antigos afetos e rever os semblantes amigos de
outras eras, meditem nestas palavras que Clarêncio disse a ela: "Retomar o
contacto com os melhores seria recuperar igualmente os piores..." Sem o
esquecimento transitório, não saberíamos receber no coração o adversário de
ontem para regenerar-nos, regenerando-o. “A Lei é sábia", asseverou o
Benfeitor Espiritual. (Obra citada, cap. VIII, pp. 54 e 55.)
19. É verdade
que muitas mães reencarnadas na Terra costumam visitar no plano espiritual seus
filhinhos desencarnados?
Sim. André Luiz
menciona nesta obra uma instituição em que tal fato ocorre com frequência. Ele
se refere ao Lar da Bênção, onde viu muitas senhoras sustentando em seus braços
lindas crianças, ou seja, Espíritos desencarnados em tenra idade que ainda
conservavam no plano espiritual a forma infantil. (Obra citada, cap. IX, págs. 56 e 57)
20. Qual a
proposta do trabalho desenvolvido pelo Lar da Bênção?
O Lar da Bênção é, segundo informou Clarêncio, uma importante
colônia educativa, misto de escola de mães e domicílio dos pequeninos que regressam
da esfera carnal. O reencontro de mães e filhos era naquela instituição – e certamente
continua sendo – um momento especial e comovente. Foi o que se deu com Antonina,
que viu e abraçou um formoso menino, gritando: “Marcos! Marcos!...”, enquanto a
criança, colando-se-lhe ao peito, dizia, fortemente emocionada: “Mãezinha! Mãezinha!”.
(Obra citada, cap. IX, págs. 56 e 57)
21. As
consequências do suicídio podem refletir-se em mais de uma existência corpórea?
Sim. Esse era o caso do menino Júlio, que se suicidara no século
19. Embora havendo reencarnado uma vez depois do suicídio, ele ainda sofria no corpo
perispiritual os efeitos daquele ato. A fenda glótica, principalmente na região
das cartilagens aritenoides, apresentava extensa chaga. Referindo-se à garganta
ferida, Clarêncio explicou: "É pena. Júlio envolveu-se em compromissos
graves. Desentendendo-se com alguns laços afetivos do caminho, no século passado,
confiou-se a extrema revolta, aniquilando o veículo físico, que lhe fora
emprestado por valiosa bênção". Para morrer, sorvera grande quantidade de
corrosivo; salvo a tempo, sobreviveu à intoxicação, mas perdera a voz, em razão
das úlceras que se lhe abriram na fenda glótica. Inconformado com o auxílio
recebido dos amigos que o salvaram, ele buscou novamente a morte, arrojando-se
num rio. Após sofrer muito na vida espiritual, reencarnou junto das almas com
as quais se mantinha associado para a regeneração do passado. Infelizmente,
porém – acrescentou o Ministro –, Júlio encontrava dificuldades naturais para
recuperar-se e teria de lutar muito antes de incorporar-se a novo patrimônio
físico. (Obra citada, cap. IX, pp. 58 a 60.)
22. Que acontece
com os que não se acautelam contra os desvarios da inteligência?
Os que assim procedem e fazem da astúcia e da vaidade o
clima em que respiram, insistindo na inércia do coração, abominando o
sentimento elevado que interpretam por pieguismo e transformando a cabeça num
laboratório de perversão dos valores da vida, caem sob o guante da morte com
grande alívio dos contemporâneos e passam a receber-lhes as vibrações de
repulsa. Tais criaturas são geralmente vítimas de si mesmas e sofrem os mais
complicados desequilíbrios mentais. Depois de períodos mais ou menos longos de
purgação, após a transição da morte, voltam à carne, necessitados de silêncio e
solidão para se desvencilharem dos envoltórios inferiores em que se enredaram.
(Obra citada, cap. X, pp. 61 e 62.)
23. Uma criança
pode desencarnar antes do dia indicado para a sua libertação?
Segundo Clarêncio, sim. Diz ele que, em regra geral,
multidões de criaturas cedo se afastam do veículo carnal, atendendo a serviços
de socorro e sublimação, mas, em numerosas circunstâncias, a negligência e a
irreflexão dos pais são responsáveis pelo fracasso dos filhos. Muitas
solicitações de assistência, a benefício de pequeninos ameaçados de frustração,
chegam com frequência aos protetores espirituais. Há mães que, por nutrirem pensamentos
infelizes, envenenam o leite materno, comprometendo a estabilidade orgânica dos
recém-natos; existem casais que, através de rixas incessantes, projetam raios
magnéticos de natureza mortal sobre os filhinhos tenros, arruinando-lhes a
saúde, e não é pequeno o número de mulheres invigilantes que confiam o lar a
pessoas ainda animalizadas que, à cata de satisfações doentias, não se
envergonham de ministrar hipnóticos a entezinhos frágeis, que reclamam
desvelado carinho. (Obra citada, cap. X, pp. 62 a 64.)
24. A criança
desencarnada retoma de imediato sua personalidade de adulto?
Em muitas ocasiões, é o que acontece. Segundo Blandina,
quando o Espírito já alcançou elevada classe evolutiva, assumindo o comando
mental de si mesmo, adquire o poder de facilmente desprender-se das imposições
da forma, superando as dificuldades da desencarnação prematura. Diz ela que
muitos renascem na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objetivo de
acordar corações queridos para a aquisição de valores morais, recobrando, logo
após a desencarnação, a apresentação que lhes é costumeira. Para a grande
maioria das crianças desencarnadas o caminho não é, contudo, o mesmo. Almas
ainda encarceradas no automatismo inconsciente, acham-se relativamente longe do
autogoverno e são conduzidas pela Natureza, à maneira das criancinhas no colo
materno. Não sabendo desatar os laços que as aprisionam aos rígidos princípios
que orientam o mundo das formas, exigem tempo para se renovarem no justo
desenvolvimento. É por isso que não podemos prescindir dos períodos de recuperação
para quem se afasta do corpo denso, na fase infantil, uma vez que, depois do
conflito biológico da reencarnação ou da desencarnação, para quantos se acham
nos primeiros degraus da conquista de poder mental, o tempo deve funcionar como
elemento indispensável de restauração. E a variação desse tempo dependerá da
aplicação pessoal do aprendiz à aquisição de luz interior, através do próprio
aprimoramento moral. (Obra citada, cap. X, pp. 64 e 65.)
Observação:
Para acessar a 2ª Parte deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/10/entre-terra-eo-ceu-andre-luiz-parte-2.html
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