Tramas do Destino
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 4
Damos prosseguimento ao estudo – sob a forma dialogada – do
livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno
de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco, publicada em 1975.
Este estudo será publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Tramas
do Destino”.
Eis as questões de hoje:
25. Na tarefa desobsessiva é relevante a contribuição da pessoa enferma?
Sim, em tais casos,
a contribuição do enfermo é imprescindível e relevante. Sem que este produza, a
esforço hercúleo que seja, uma mudança de atitude mental com a execução de um
programa edificante, no qual granjeie simpatia e solidariedade, credenciando-se
a ser auxiliado, qualquer ajuda de outrem redunda quase sempre nula. Não
havendo forte predisposição interior do enfermo, os estímulos de fora produzem
efeito positivo, porém transitório, porque não logram romper as vibrações densas
do desculpismo e da autopiedade, da revolta muda e da ira, em cujas armadilhas
se refugia. Providencial como terapêutica inicial, é através da leitura
evangélica que o Espírito se irriga de esperança e se renova, abrindo clareiras
e brechas na psicosfera densa que elabora e de que se nutre, a fim de que
penetrem outras energias benéficas que o predisporão para o bem, de intervalo a
intervalo, até que logrem modificar a paisagem interior, animando-se a investimentos
maiores. (Tramas do Destino, cap. 11, págs. 93 e 94.)
26. Por que a leitura edificante é importante no tratamento
dos processos obsessivos?
Nos processos
obsessivos, a leitura edificante, evangélica e espírita, é o medicamento
eficaz, imprescindível a uma pronta conquista de resultados salutares, visto
que, da mesma forma que o pensamento obsidente atua sobre o médium, as
construções mentais, as ideias deste são assimiladas pelo hóspede indesejável,
resultando, muitas vezes, na evangelização do perseguidor, que também se
modifica à força dos preciosos ensinos que lhe chegam. Fato análogo ocorre na
evangelização por meio da psicofonia atormentada. O mal-estar que alguns sentem
por ocasião da leitura evangélica, em certos casos, é produzido, ora pela
exsudação das altas cargas pestilenciais, aspiradas pelo longo processo
obsessivo, enquanto se modificam e depuram os centros da razão viciada,
mudando-se os clichês mentais perniciosos, ora em face da hábil técnica da
hipnose de que se utilizam os perturbadores desencarnados, porque sabem que
irão encontrar na renovação psíquica da sua vítima os antídotos à sua pertinácia
infeliz, alienadora. (Obra citada, cap. 11, págs. 95 e 96.)
27. Como explicar os sentimentos contraditórios de Rafael em
relação à sua filha?
De fato, Rafael
amava a filha e, no entanto, experimentava estranha sensação de prazer por
sabê-la quase louca, martirizando-se, ao mesmo tempo, em face da notícia do seu
desequilíbrio. O sentimento desencontrado não lhe era novo, e só mais tarde,
com a ajuda de Cândido, que o informou de que nossas vidas se entrelaçam umas
com as outras, compreendeu que as razões daqueles sentimentos estranhos tinham
ligação com o passado de ambos, no qual se comprometeram. (Obra citada, cap.
11, págs. 96 e 97.)
28. Jesus disse a Nicodemos: "Em verdade, em verdade vos
digo, que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino
de Deus". E concluiu: "O que é nascido da carne é carne; e o que é
nascido do espírito é espírito. Não vos maravilheis de eu vos dizer: É-vos
necessário nascer de novo". De que forma Cândido explicou esta
passagem?
Cândido comentou a
passagem evangélica assinalando que o ensino do Mestre não comporta equívocos.
Jesus – disse ele – referiu-se à reencarnação, às diversas vidas por que passa
o Espírito, a fim de moldar a própria perfeição. Aproveitando o ensejo, Cândido
afirmou que a reencarnação, doutrina conhecida desde a mais remota antiguidade,
identificada pelos gregos sob o nome de Palingenesia, é a mais coerente e
lógica resposta aos múltiplos problemas humanos: morais, sociais, econômicos,
físicos, raciais. Considerada a justiça divina na sua legítima posição, a
reencarnação a expressa, ensejando a cada qual sua dita ou desgraça e impelindo
sempre ao avanço e à ascensão. (Obra citada, cap. 11, págs. 98 e 99.)
29. Ante os propósitos de modificação espiritual de Rafael,
que fizeram seus inimigos desencarnados?
Eles aumentaram o
cerco nos painéis mentais do antigo sicário, que, advertido antecipadamente por
Cândido, embora sofrendo, passou a armar-se com a vigilância e a prece. (Obra
citada, cap. 12, págs. 103 a 105.)
30. Que tática utilizam os perseguidores invisíveis nos diferentes
processos obsessivos?
Quando a pessoa
obsidiada se volta para os propósitos superiores e se impõe aos princípios
evangélicos de renovação, eles passam a agredir violenta e desapiedadamente sua
vítima, a fim de fazê-la duvidar do resultado da terapêutica espírita,
induzindo-a à desistência, sob a alegação de piora no estado em que se
encontrava. Conseguindo desencorajar o obsidiado, dão-lhe trégua aparente,
mascarando a sintomatologia infeliz e fazendo crer na melhora, como decorrência
do afastamento do compromisso recém-assumido. (Obra citada, cap. 12, págs. 105
e 106.)
31. No tocante à ação dos Benfeitores Espirituais, como
interpretar o ensino evangélico que preceitua que "mais recebe aquele que
mais dá"?
Ninguém jornadeia à
mercê do acaso, sujeito a ocorrências de dor e sombra sem que as mereça. É
fácil, pois, compreender que os credenciados pelo esforço pessoal ao serviço
edificante recolhem maior quota de ajuda, conforme o ensino evangélico de que
"mais recebe aquele que mais dá". É por isso que os Benfeitores Espirituais,
interessados na ascensão dos seus tutelados, não os deixam à própria sorte,
quando identificam as graves teceduras das redes de que se utilizam os maus.
Sabendo que toda aflição bem recebida produz conquista de relevo para quem a
aceita de bom grado, reconhecem que a dor defluente da obra do amor propicia
maior soma de aquisições, impulsionando a sublimação dos propósitos e a
liberação do passado. Os Benfeitores alentam, pois, os que com eles sintonizam;
resguardam-nos do mal; induzem-nos à perseverança no trabalho da
autoiluminação; sustentam-lhes a fé; promovem encontros circunstanciais
edificantes; conduzem-nos a Esferas de luz e a Escolas de sabedoria, quando
ocorre o desprendimento parcial pelo sono; dão informações preciosas; irrigam a
mente de ideias elevadas; produzem euforia interior... Não afastam, porém, os
problemas nem as lutas, por saberem que, através deles, as pessoas melhormente
se purificam e elevam. (Obra citada, cap. 12, págs. 106 a 108.)
32. Existe o sentimento de saudade entre os Espíritos?
Evidentemente. E foi
isso que Adelaide disse à sua filha Artêmis, ou seja, que a saudade também
existe entre os Espíritos; contudo, os desencarnados que já possuem
responsabilidade em face dos compromissos não se deixam azorragar pela amargura
ou pela rebeldia. "Aprendemos a esperar em confiança e a amar sem exigência
ou precipitação", complementou Adelaide. (Obra citada, cap. 12, págs. 109
e 110.)
Observação:
Para acessar a 3ª Parte deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/02/tramas-do-destino-manoel-philomeno-de_8.html
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