Tramas do Destino
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 8
Damos prosseguimento ao estudo – sob a forma dialogada – do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco, publicada em 1975.
Este estudo é publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Tramas
do Destino”.
Eis as questões de hoje:
57. Com que finalidade o benfeitor Natércio procurou São
Francisco Xavier no plano espiritual?
Antes que se
consolidassem os planos para a edificação material da Casa Espírita em que os
Fergusons eram assistidos, o benfeitor Natércio providenciara as primeiras
diretrizes sobre as quais fundamentaria a Obra. Profundo admirador e discípulo
de São Francisco Xavier, que foi na Terra incansável propagandista da fé cristã
no século XVI, recorreu então ao fiel Apóstolo de Jesus, suplicando seu
patrocínio espiritual para a Casa que pretendia erguer e cuja finalidade seria
a divulgação do Cristianismo na sua pureza primitiva. Esse, o motivo pelo qual
procurou o nobre Apóstolo. O insigne missionário aceitou dar seu aval à nova
casa espírita com a condição de ali se primar pela preservação do Evangelho em
suas linhas puras e simples, num clima de austeridade moral e disciplinados
serviços iluminativos, com os resultantes dispositivos para a caridade nas suas
múltiplas expressões, tendo-se porém em vista que os socorros materiais seriam
decorrência natural do serviço espiritual, prioritário, imediato, e não os
preferenciais. Eles, portanto, não deveriam esquecer-se de que a maior carência
ainda é a do pão de luz da consolação moral, que o Livro da Vida propicia fartamente.
(Tramas do Destino, cap. 21, págs.
195 a 198.)
58. Qual é a meta primacial do Consolador, muitas vezes
esquecida pelos tarefeiros espíritas?
O Consolador tem por
meta primacial o Espírito, o ser em sua realidade imortal, donde procedem todas
as conjunturas e situações que se exteriorizam pelo corpo e pelos contingentes
humanos e sociais da Terra. (Obra citada, cap. 21, págs. 197 e 198.)
59. No exercício da caridade, a quem as instituições
espíritas devem dar preferência?
Em muitas
instituições não existe lugar nem tempo para Jesus ou para os obsidiados, os
ignorantes do espírito e os impertinentes, tais as preocupações, os compromissos
sociais, as campanhas e os movimentos pela aquisição argentária. Por isso, sem
qualquer restrição à prática da caridade material, a caridade moral e a
caridade espiritual, que beneficiam o paciente e edificam o benfeitor,
constituem-se em imperativo primordial e insubstituível. Foi o que Francisco
Xavier solicitou a Natércio: no exercício da caridade, dar preferência aos
enfermos do espírito, particularmente os obsidiados, em cujo ministério se deveria
cuidar também com acendrado carinho dos perseguidores desencarnados. (Obra
citada, cap. 21, págs. 198 a 200.)
60. Por que no Centro Espírita não devem ter lugar a
leviandade, a revolta e a zombaria?
Natércio explicou
por que devemos ter esse cuidado, afirmando que as conversações frívolas e
vulgares são responsáveis pela sintonia com Espíritos ociosos e malévolos, que
se insinuam através das mentes invigilantes e, não raro, se introduzem em
locais que lhes são vedados. Hospital-Escola para os que sofrem, o Centro
Espírita é templo de recolhimento e oração, onde se estabelecem, se fixam e por
onde transitam as forças da comunhão entre o homem e Deus. Em face disso, no
Centro Espírita não podem coexistir a leviandade e a honradez, a zombaria e o
verbo edificante, a esperança e a revolta. Diferença psíquica significativa tem
que apresentar a Casa Espírita em relação a outros recintos de qualquer
natureza, atestando, dessa forma, a qualidade dos seus trabalhadores
espirituais e o tipo de finalidades a que se destina. (Obra citada, cap. 21,
págs. 200 a 203.)
61. Pode-se dizer que a hanseníase, no caso Rafael-Lisandra,
era uma enfermidade cármica?
Sim. Natércio
informou que os impositivos cármicos de Rafael e Lisandra insculpiram nos seus
perispíritos as matrizes para o desenvolvimento e a cultura do "mal de
Hansen", que eclodiu em momento próprio como compulsória expiatória, cuja
liberação lograriam ou não, de acordo com o comportamento moral e espiritual
que se impusessem. (Obra citada, cap. 22, págs. 205 a 207.)
62. De que crime Annette era acusada por Ermínio?
Ao serem
surpreendidos juntos pelo marido de Annette, Ermínio (seu amante) disse que não
fugiu porque contava com a ajuda dela, que não lhe veio, motivo pelo qual agora
a odiava sem remissão. Os fatos foram depois projetados numa tela transparente
e viu-se claramente que Ermínio, assim que Georges, o esposo de Annette, bateu
à porta do quarto, escondeu-se dentro de um imenso armário de roupas, móvel
esse que foi emparedado a mando do chefe da casa, que desconfiou que ali
estivesse alguém escondido. Lembremos que Georges e Annette eram na atual existência
Rafael Ferguson e sua filha Lisandra. (Obra citada, cap. 22, págs. 213 e 214.)
63. Quem, em verdade, foi o responsável pela morte de Ermínio?
O responsável foi
Georges, açulado pela desconfiança com relação à mulher. “Há alguém dentro do
roupeiro?", indagou Georges, desconfiado. A mulher disse-lhe que não,
jurando por Deus e pela Bíblia. Ele, então, chamou pela camareira, ordenando-lhe
que trouxesse os pedreiros do castelo, aos quais determinou fosse erguida uma
parede ali mesmo, à frente do roupeiro. "Comecem já. Eu espero aqui
mesmo", ordenou Georges. E assim se fez, fato que foi determinante para a
morte do amante de sua esposa. (Obra citada, cap. 22, págs. 215 e 216.)
64. Por que não podemos olvidar, no tratamento da obsessão, a
figura do obsessor?
Entidades enfermas,
os chamados obsessores são nossos irmãos da retaguarda ascensional, que aguardam
o socorro da nossa benevolência e a elucidação evangélica, para se refazerem
interiormente, mudando os centros de interesse pessoal para outras direções.
Afastá-los, pura e simplesmente, sem os orientar e socorrer cristãmente, redundaria
em fracasso da empresa, uma vez que a luz da caridade e o pão do amor são para
todos, encarnados ou não. Ademais, não se pode esquecer que o verdugo frio e
calculista de Lisandra assim se encontrava por causa da pusilanimidade ou
imprevidência de Annette (hoje reencarnada como Lisandra, sua atual presa).
(Obra citada, cap. 23, págs. 221 e 222.)
Observação:
Para acessar a Parte 7 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/03/tramas-do-destino-manoel-philomeno-de_8.html
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