Nos Domínios da
Mediunidade
André Luiz
Parte 14
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos sete primeiros livros da Série, estudamos
agora a oitava obra: Nos Domínios da
Mediunidade, publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete " Nos
Domínios da Mediunidade".
Eis as questões de hoje:
105. Como
explicar a fixação mental?
A dúvida foi levantada por Hilário e André. Como pode a
mente deter-se em determinadas impressões, demorando-se nelas, como se o tempo
para ela não caminhasse? Aulus explicou: "É imprescindível compreender
que, depois da morte do corpo físico, prosseguimos desenvolvendo os pensamentos
que cultivávamos na experiência carnal. E não podemos esquecer que a Lei traça
princípios universais que não podemos trair”. Aulus complementou:
"Simbolizemos o estágio da alma, na Terra, através da reencarnação, como
sendo valiosa linha de frente, na batalha pelo aperfeiçoamento individual e
coletivo, batalha em que o coração deve armar-se de ideias santificantes para
conquistar a sublimação de si mesmo, a mais alta vitória. A mente é o soldado
em luta. Ganhando denodadamente o combate em que se empenhou, tão logo seja
conduzida às aferições da morte, sobe verticalmente para a vanguarda, na
direção da Esfera Superior, expressando-se-lhe o triunfo por elevação de nível.
Entretanto, se fracassa, e semelhante perda é quase sempre a resultante da
incúria ou da rebeldia, volta horizontalmente, nos acertos da morte, para a
retaguarda, onde se confunde com os desajustados de toda espécie, para
indeterminado período de tratamento". "Em qualquer frente de luta
terrestre, a retaguarda é a faixa atormentada dos neuróticos, dos loucos, dos
mutilados, dos feridos e dos enfermos de toda casta." (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 25,
pp. 233 a 235.)
106. Que se
passa com os Espíritos que dormitam após a morte, como se fossem múmias espirituais?
Segundo Aulus, tais Espíritos sofrem, nesse repouso,
angustiosos pesadelos, dos quais despertam quase sempre em plena alienação, que
pode persistir por muito tempo, cultivando apaixonadamente as impressões em que
julgam encontrar a própria felicidade. (Obra citada, cap. 25, pp. 235 e 236.)
107. Em que
consiste o fenômeno da psicometria?
Segundo a terminologia usada na Psicologia experimental,
psicometria significa registro, apreciação da atividade intelectual,
entretanto, nos trabalhos mediúnicos, essa palavra designa a faculdade de ler
impressões e recordações ao contacto de objetos comuns. Foi o que se deu com
André Luiz que, em determinado museu, tocou um curioso relógio, que estava
aureolado por luminosa faixa branquicenta. Feito isso, apareceu aos seus olhos
mentais linda reunião familiar, em que venerando casal se entretinha a palestrar
com quatro jovens em pleno viço primaveril. André pôde examinar o recinto
agradável e digno e os detalhes do mobiliário, que imprimia sobriedade e
nobreza ao conjunto, enfeitado por jarrões de flores e telas valiosas. (Obra
citada, cap. 26, pp. 241 e 242.)
108. Como
explicar o fenômeno?
Conforme a explicação dada por Aulus, aquele relógio
pertencera a respeitável família do século passado e conservava as
formas-pensamentos do casal que o adquiriu e que, de quando em quando, visitava
o museu para a alegria de recordar. Tratava-se, pois, de um objeto animado
pelas reminiscências de seus antigos possuidores, reminiscências que se
reavivavam no tempo, através dos laços espirituais que ainda sustentavam em
torno do círculo afetivo que deixaram. Hilário observou: "Isso quer dizer
que vemos imagens aqui impressas por eles, por intermédio das vibrações..."
Aulus confirmou, acrescentando: "O relógio está envolvido pelas correntes
mentais dos irmãos que ainda se apegam a ele, assim como o fio de cobre na
condução da energia está sensibilizado pela corrente elétrica. Auscultando-o,
na fase em que se encontra, relacionamo-nos, de imediato, com as recordações
dos amigos que o estimam". (Obra citada, cap. 26, pp. 243 e 244.)
109. No caso da
psicometria, todos os objetos podem ser o ponto de partida para um contato
espiritual?
Em princípio, sim. Segundo Aulus, cada objeto pode ser um
mediador para entrarmos em relação com as pessoas que por ele se interessam e,
ainda, um registro de fatos da natureza. "Quando se nos apura a
sensibilidade de maneira mais intensiva – explicou o instrutor –, em simples
objetos relegados ao abandono podemos surpreender expressivos traços das
pessoas que os retiveram ou dos sucessos de que foram testemunhas, através das
vibrações que eles guardam consigo." "As almas e as coisas, cada qual
na posição em que se situam, algo conservam do tempo e do espaço, que são eternos
na memória da vida." A situação torna-se diferente quando o objeto se acha
esquecido pelo autor e por aqueles que o possuíram. Nesse caso, por não
apresentar qualquer sinal de moldura fluídica, ele não funcionará como
"mediador de relações espirituais". (Obra citada, cap. 26, pp. 245 e
246.)
110. Têm
fundamento as histórias sobre joias enfeitiçadas?
Segundo Aulus, a influência não procede das joias, mas sim
das forças que as acompanham. Em seguida, reportando-se ao caso de um espelho
que atraía a atenção de uma jovem desencarnada, Hilário perguntou o que
aconteceria se alguém adquirisse o espelho e o levasse consigo. "Decerto –
informou Aulus – arcaria também com a presença da moça desencarnada." Isso
seria justo? A esta pergunta, Aulus disse que a vida nunca se engana e que
seria mesmo provável que alguém ali aparecesse e se extasiasse à frente do
objeto, disputando-lhe a posse. Quem seria essa pessoa? "O moço que
empenhou a palavra, provocando a fixação mental dessa pobre criatura, ou a
mulher que o afastou dos compromissos assumidos", respondeu o instrutor.
"Reencarnados, hoje ou amanhã, possivelmente um dia virão até aqui,
tomando-a por filha ou companheira, no resgate do débito contraído." (Obra
citada, cap. 26, pp. 247 a 249.)
111. Que
acontece a quem foge ao trabalho sacrificial?
Quem foge ao trabalho sacrificial da frente encontra a dor
pela retaguarda. O Espírito pode confiar-se à inação, mobilizando
delituosamente a vontade, contudo lá vem um dia a tormenta, compelindo-o a
agitar-se e a mover-se para entender os impositivos do progresso com mais segurança.
Não adianta fugir da eternidade, porque o tempo, benfeitor do trabalho, é
também o verdugo da inércia. (Obra citada, cap. 27, pp. 253 a 255.)
112. Como André
Luiz descreve o ectoplasma?
O ectoplasma lhe pareceu qual pasta flexível, à maneira de
uma geleia viscosa e semilíquida, expelida do corpo do médium através de todos
os poros e, com mais abundância, pelos orifícios naturais, particularmente da
boca, das narinas e dos ouvidos, com elevada percentagem a exteriorizar-se
igualmente do tórax e das extremidades dos dedos. A substância, caracterizada
por um cheiro especialíssimo, escorria em movimentos reptilianos, acumulando-se
na parte inferior do organismo medianímico, onde apresentava o aspecto de
grande massa protoplásmica, viva e tremulante. Segundo Aulus, o ectoplasma está
em si tão associado ao pensamento do médium, quanto as forças do filho em
formação se encontram ligadas à mente maternal. (Obra citada, cap. 28, pp. 261
e 262.)
Observação:
Para acessar a Parte 13 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/04/blog-post_21.html
Como consultar as matérias deste
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