domingo, 25 de abril de 2021

 



Uma crítica infantil à reencarnação

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

De Londrina-PR

 

Quando a Terra atingiu o fantástico número de 6 bilhões de habitantes, houve quem argumentasse: “Ora, se o planeta aumenta sempre o número de seus habitantes, como se explica a reencarnação, que seria a volta à Terra dos homens que aqui viveram antes?”

Essa pergunta não passa, no fundo, de uma crítica infantil à doutrina das vidas sucessivas.

Quando um clube de futebol está representado numa determinada partida, há no campo onze jogadores, mas existem ali mesmo, no banco de reservas, outros atletas à espera de uma possível substituição, além de um contingente de jogadores que fazem parte do clube e treinam também com os demais, embora ali não sejam vistos.

A Terra não se constitui, portanto, somente dos bilhões de criaturas encarnadas que povoam os diferentes países. Seu contingente é muito maior. Existem pessoas que vivem aqui 70, 80, 90 anos e mais de 100 na vida espiritual, nos intervalos das diferentes existências corpóreas. Ora, quando essas pessoas não estão revestindo um corpo material, alguém está ocupando seus lugares, suas casas, seus empregos, sua função na existência corporal. Quando elas retornam a este plano, outros daqui se vão e é exatamente o conjunto das populações visível e invisível do planeta que forma a comunidade terrena.

Existe, ainda, um outro fator a ser considerado. Os planetas são solidários entre si. Lembremos o que ocorre numa cidade como Londrina. A Universidade local recebe alunos dos mais variados lugares, não só de cidades paranaenses, mas também de São Paulo, Minas, Mato Grosso, enfim, de toda a parte.

O mesmo se dá com os planetas. Em sua trajetória evolutiva, a Terra é um campo de emigração e imigração de indivíduos. Daqui partem os seres que nada mais têm a aprender em nosso mundo. Que fariam na Terra Francisco de Assis, Einstein, Sócrates, Newton, Beethoven? Nosso mundo está, em termos evolutivos, aquém das potencialidades deles e, por isso, vão eles buscar noutros mundos a cultura e o desenvolvimento espiritual condizentes com seu nível evolutivo.

A Terra também recebe Espíritos oriundos de planetas semelhantes ou mesmo inferiores ao nosso. Essa migração faz parte das leis de Deus. Há todo um caldeamento de etnias, de culturas, de experiências, e é precisamente essa miscigenação que impulsiona o progresso dos mundos.

Aliás, toda vez que mencionamos que são muitos os mundos habitados é sempre bom lembrar o que Jesus afirmou e João registrou em seu evangelho:

“Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar.  Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver também vós aí estejais.” (João, cap. XIV, vv. 1 a 3.)

A lei de Deus nos impele ao progresso. A forma de alcançá-lo, aliás única, é repetir experiências, reaprendendo, cortando arestas, reparando prejuízos, consertando estragos, fazendo o bem, disseminando a cultura, edificando a paz.

“Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sempre – tal é a lei.” Eis aí, em síntese, o que os Espíritos nos ensinaram a respeito.

 

 

 

 

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