O
suave vento da liberdade
CÍNTHIA
CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Tudo é
temporário e não há razão para apegar-se a coisa alguma ou sentimento. Quando o
apego se instala, a fluidez desaparece e a vida passa a ser limitada, sem cor,
cheiro, sorriso, leveza, alegria sufocando o real sentido de viver. Os dias
existem e são vividos um por vez, não há possibilidade de vivê-los todos
juntamente. E dessa forma deve ser. Então, também assim, nada é de ninguém e
quanto mais se prende algo, mais distante ficará e isso se aplica a tudo.
Na
história, nenhuma pessoa que prendera outra, destituindo-a de liberdade, pôde
ser feliz, pois só há felicidade quando corações, em comum acordo, decidem
caminhar juntos. Também nenhuma família encontrou a paz quando o lado
patriarcal negou dias mais prósperos pela sovinice e apego aos bens materiais.
Ainda ninguém foi capaz de testemunhar a singeleza dos dias criando
comportamentos opressores ‒ já que o apego somente isso produz ‒, pois a mesma
energia gerada será a recebida.
No
Planeta, a efemeridade é real, principalmente no nível em que os seus humanos
se encontram. Buscar a paz deveria ser o grande objetivo e para isso todo ser
humano deveria despir-se dos variados egoísmos que emperram a harmonia e a
felicidade. Qual é o valor em apegar-se? Nenhum, pois apenas se perde já que
quando há apego a vida deixa de fluir, energia nova não chega, apenas a mesma
energia permanece até ser enfraquecida e extinta.
O ar é
sempre novo, a água do rio nunca passa pelo mesmo lugar, o sol brilha para todo
o Planeta no tempo certo e a lua assim também o faz. A vida é inteiramente próspera
e renova-se, há sempre luz em seus dias porque já sabe que a liberdade é mola
propulsora para o progresso. Ninguém é feliz aprisionado e quando um coração se
apega é o primeiro a fechar-se em prisão.
Tudo é
temporário, nenhum rei perdurará no trono, nenhum sentimento forçado florirá,
nenhum tesouro será de uma só pessoa; aqui, neste plano, temos apenas um
pouquinho do usufruto e, ainda assim, bastante efêmero, mas, no Universo, somos
eternos e se o para sempre nos aguarda, tão melhor acompanharmos o fluxo dos
verdadeiros sentimentos, aqueles que realmente desejamos para nós.
E tão
mais precioso é sentir no rosto o suave vento da liberdade.
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