sábado, 14 de agosto de 2021

 



Donde vem a felicidade?

 

JORGE LEITE DE OLIVEIRA

jojorgeleite@gmail.com

De Brasília-DF

           

Salve, leitores amigos!

Neste tempo de pandemia, é recomendável que cuidemos tanto do corpo quanto da alma.

Nesse sentido, são de grande valor as palavras que ouvi no programa do canal 2, criado há 23 anos, na TV Supren, de excelente programação: "A felicidade vem do amor que sentimos por outras pessoas". Internalizar o amor é cuidar da alma. Exercitar o amor é cuidar do corpo.

Outro cuidado que devemos ter é não confundir amor por outrem com apego ou paixão, desejo de posse, exclusividade, embora devamos respeitar os compromissos assumidos ante a constituição do lar e da família, além de quem se una a nós nesse consórcio sublime... Nosso destino não é rebaixar o espírito com base nos instintos inferiores, mas domar esses instintos com a força de vontade, até que o verdadeiro amor, que ama com desapego, nos eleve às esferas superiores do espírito.

O diretor do programa citado lembrou-nos sobre o grande avanço do pensamento religioso da igreja católica, expresso no Concílio sobre a Fraternidade Universal anunciada pelo papa Francisco. Um dos princípios reforçados pelo papa é o de que somos todos irmãos e, como tais, devemos nos tratar, respeitando a diversidade ideias, mesmo que não concordemos com elas, pois não somos os donos da verdade. Salvo se tais ideias forem patentemente nocivas e contrárias ao que pregou o Cristo, modelo concedido à humanidade por Deus.

Outras ideias elevadas ouvidas no programa, com as quais concordo, são as seguintes:

a)  as grandes transformações sociais, embora todos os progressos científicos e tecnológicos atuais, são as transformações da mente superior;

b)  devemos respeito a todas as religiões, tanto quanto aos ateus ou agnósticos. Pois todos possuem seus motivos pessoais de crer ou não nisso ou naquilo, mas nem por isso deixam, como nós, de ser filhos de Deus e nossos irmãos, segundo nos afirmou o Cristo;

c)  a caridade é a manifestação do amor no socorro não somente na área individual como também no campo coletivo. Disso decorre que nossa preocupação em ajudar deve estar comprometida tanto individual como coletivamente;

d)  precisamos de políticas públicas com ênfase na educação, saúde e meio ambiente. A Terra é um "ser vivo" que reage com pandemias e catástrofes sísmicas e marinhas às agressões humanas.

Em decorrência do que expôs, concordo com o presidente da União Planetária de que "o partidarismo político" não é saudável. E vou além: nenhuma imposição de um grupo qualquer, seja ele político, acadêmico, científico, filosófico ou religioso, é saudável. Útil somente é o que beneficia a toda a população sem privilégios a qualquer dos seus membros.

Por isso mesmo, ao observar que os grupos acima defendem, principalmente, seus pontos de vista e sua ideologia, com exclusão e, por vezes, perseguição a quem não compartilha de sua visão, ainda anotei para minha reflexão estas sábias palavras: "Não devemos criticar, falar mal, confrontar seja quem for e, sim, trabalhar com a luz". Confrontos, luta, desentendimento não trazem solução. Isso vem sendo divulgado por Jesus há mais de 2.000 anos, e, pelo Espiritismo Cristão, o Consolador que aquele nos anunciara, desde o século XIX.

Precisamos vivenciar plenamente o amor. Foi isso mesmo que Jesus nos recomendou, quando disse: Brilhe a vossa luz.

Quer ser feliz, leitor? Viva com alegria, respeite as ideias e atitudes alheias, ainda que não concorde com elas, e viva para servir, pois, como já escrevi há algum tempo: servir é a forma ideal de vir a ser cada vez melhor e mais feliz.

É disso que vem a felicidade: servir para vir a ser...

 

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