Painéis da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 7
Prosseguimos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Painéis da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco. Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Painéis
da Obsessão”.
Eis as questões de hoje:
49. Que atitude deve tomar o enfermo psíquico para lograr
êxito na terapia desobsessiva?
Ele deve, antes de
tudo, esforçar-se visando à sua reeducação mental, adaptando-se às ideias
otimistas, aos pensamentos sadios, às construções edificantes. Nesse sentido,
tornam-se imperiosas as leituras iluminativas, a oração inspiradora, o trabalho
renovador, até que se criem hábitos morigerados, propiciadores de paisagem
mental abençoada pelo reconforto e pelo equilíbrio. Segundo Irmã Angélica, nem
sempre a cura da obsessão ocorre quando são afastados os pobres perseguidores,
mas somente quando seus companheiros de luta instalam no mundo íntimo as bases
do legítimo amor e do trabalho fraternal em favor do próximo, tanto quanto de
si mesmos, através do cumprimento reto dos deveres. (Painéis da Obsessão, cap. 20, pp. 159 a 161.)
50. Podemos dizer que nenhuma existência física se encontra
entregue ao azar?
Sim. É o próprio
autor desta obra, Manoel P. de Miranda, quem o afirma. Segundo ele, de igual
modo ninguém se encontra distante de carinhosa ajuda e de socorros
providenciais. Da mesma forma que a faixa mais larga das reencarnações ocorre
através de fenômenos automatistas, numa programática coletiva, esta não se dá
sem que os superiores encarregados dos renascimentos, na Terra, tomem
conhecimento cuidadoso e ofereçam, através de equivalentes ocorrências
programadas, os meios a isso necessários. (Obra citada, cap. 21, pp. 166 e
167.)
51. A sobrevida ofertada a Argos teria prazo curto ou longo?
O prazo da moratória
que Argos recebeu não tinha, sob o ponto de vista médico, um tempo definido.
Ele poderia, então, ter uma existência calma e longa, isto é, um quinquênio,
marchando para um fim compreensível, em razão das suas poucas possibilidades de
armazenamento de oxigênio na reduzida câmara pulmonar. Em seu caso, a tendência
natural é de que, com o passar dos anos, diminuiria sua resistência e, assim, sua
capacidade respiratória. (Obra citada, cap. 22, pp. 168 e 169.)
52. Que observações fez Irmã Angélica com respeito à
influência do luxo e do poder sobre a criatura humana?
Orientando
diretamente o casal Argos e Áurea, Irmã Angélica lembrou-lhes que o luxo leva à
dissipação, e o poder, não poucas vezes, conduz ao crime. "São raros
aqueles que vencem as ásperas provações da fortuna, da saúde, do destaque
social – advertiu a Mentora –, pois que se fazem acompanhar de um séquito
servil: mentiras, bajulações, intrigas, calúnias, comandados pelos interesses
subalternos que conduzem à loucura...". (Obra citada, cap. 22, pp. 172 a
174.)
53. Como podemos definir corretamente o amor e sua
importância em nossa vida?
Segundo Manoel P. de
Miranda, o amor é o inspirador dos ideais relevantes e dos sentimentos nobres.
Estruturador da renúncia pessoal, desenvolve a capacidade do sacrifício e da
abnegação, oferecendo sustentáculo aos trabalhos de grande porte. É ele que dá
base ao perdão e constitui o fator primordial para a ação da caridade, sem cujo
combustível essa virtude ficaria tíbia, transformando-se em filantropia ou
solidariedade apenas. Devido à sua gênese divina, o amor não se ensoberbece nem
se amofina. Supera os limites das formas e dos sexos, da posição social e da
situação econômica. Estabelece normas de fraternidade e esparze o pólen da
afeição pura e desinteressada por onde passa ou onde se apresenta. (Obra
citada, cap. 23, pp. 175 a 177.)
54. Podem os bons Espíritos mudar os mapas cármicos de seus
pupilos?
Não. Os Espíritos
bons não podem mudar os mapas cármicos de seus pupilos; todavia, quando os veem
a braços com provações mais severas, interferem auxiliando-os com forças edificantes com que
aumentam suas resistências, a fim de lograrem as metas que lhes constituem
vitória. Além disso, encaminham cooperadores e amigos que se transformam em
alavancas propulsionadoras do progresso, distendendo-lhes mãos generosas
dispostas a contribuir em favor do seu êxito. (Obra citada, cap. 24, pp. 182 a
184.)
55. Os Espíritos perversos se utilizam das tendências
negativas daqueles a quem odeiam, para estimulá-las ainda mais?
Sim. Os Espíritos
perversos e infelizes sempre se utilizam das tendências negativas de seus
desafetos, com o objetivo de estimulá-las, levando-os, desse modo, a situações
penosas e perturbadoras. Contudo, se o homem se apoia nos recursos de elevação,
difícil se torna para seus verdugos espirituais encontrar as brechas pelas
quais infiltram seus sentimentos torpes, na sanha da perseguição em que se
comprazem. Toda obsessão é, pois, sempre resultado da anuência consciente ou
não de quem a sofre, por debilidade moral ou por deficiências de comportamento,
que propiciam o intercâmbio. (Obra citada, cap. 24, pp. 182 a 184.)
56. É correto dizer que o burilamento da alma é trabalho de
largo tempo?
Evidentemente. A
simples candidatura ao bem não torna bom o indivíduo, tanto quanto a incursão
no compromisso da fé não faz ninguém, de imediato, renovado. O burilamento da
alma, através do esforço continuado, é trabalho de largo tempo, merecendo
respeito não somente os triunfadores, mas também aqueles que persistem e agem
sem descanso, mesmo quando não colimam prontamente os resultados felizes. (Obra
citada, cap. 24, pp. 184 a 186.)
Observação:
Para acessar a parte 6 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/07/blog-post_26.html
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo. |
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