quarta-feira, 25 de agosto de 2021

 


Sexo e Destino

 

André Luiz

 

Parte 1

 

Iniciamos hoje o estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira.

Esta é a décima obra do mesmo autor integrante da Série Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.

Eis as questões de hoje:

 

1. Com que finalidade, na visão de Emmanuel, a Doutrina Espírita foi enviada ao mundo?

Ela foi enviada pelo Senhor para asserenar os corações e comunicar aos homens que o amor é a essência do Universo, que as criaturas nasceram do hálito divino para se amarem umas às outras, que o sexo é legado sublime, que o lar é refúgio santificante, que o amor e o sexo plasmam responsabilidades naturais na consciência de cada um e que ninguém lesa alguém nos tesouros afetivos, sem dolorosas reparações. (Sexo e Destino, "Prece no Limiar", pp. 7 e 8.)

2. Quais são os temas da obra em estudo?

Os temas deste livro, segundo seu autor, são sexo e destino, amor e consciência, liberdade e compromisso, culpa e resgate, lar e reencarnação. Os nomes de seus protagonistas foram substituídos, mas a história – afirma André Luiz – é real e não foi retirado dela um só til. (Obra citada, mensagem inicial de André Luiz, p. 9.)

3. Que é que muitos Espíritos sofrem após a desencarnação?

Eles sofrem o desencanto de todos os que esperam pelo céu teológico, fácil de granjear. A verdade lhes aparece, então, por alavanca renovadora. Padecendo espessa amnésia, relativamente ao passado remoto, são então defrontados por velhos preconceitos. De semelhantes conflitos, por vezes terríveis e extenuantes, nos recessos da mente, muitos saem abatidos ou revoltados para extensas incursões no vampirismo ou no desespero, mas a maior parte dos desencarnados, a pouco e pouco, se acomoda às circunstâncias e aceita a continuidade do trabalho na reeducação própria, à espera da reencarnação que lhes possibilite renovação e recomeço. (Obra citada, capítulo I, pp. 13 e 14.)

4. Que fato atraiu Pedro Neves (Espírito) ao lar de sua filha Beatriz?

Foi a doença da filha que, segundo explicou Pedro Neves, atravessava os derradeiros dias terrenos, com o corpo torturado pelo câncer. Em conversa com André Luiz, Neves confessou ter estado por muitos anos à margem das tricas do navio familiar, mas agora, por amor à filha, era compelido a topar, com espírito de caridade, a irreflexão e o descaramento, conquanto se sentisse inapto, desambientado e debilitado pela expectativa de erros constantes. (Obra citada, capítulo I, pp. 17 e 18.)

5. Na situação em que se encontrava, Beatriz recebia o amparo dos benfeitores espirituais?

Sim. Ao lado de seu leito, Amaro, sisudo enfermeiro desencarnado vigiava, atento. Beatriz estava recebendo também o auxílio do irmão Félix, que dirigia importante casa socorrista ligada ao Ministério da Regeneração em "Nosso Lar", e era conhecido como sendo um apóstolo da abnegação e do bom senso. (Obra citada, capítulo II, pp. 19 e 20.)

6. Além da enfermidade da filha, um fato estava deixando Pedro Neves amargurado. Que fato é esse?

O que amargurava Neves era a infidelidade conjugal por parte do esposo de Beatriz. Segundo ele, na quinta noite de sua permanência no lar da filha, notando que ela experimentava aguda crise de sofrimento, diligenciou buscar o genro para assisti-la, mas não o encontrou no escritório, onde supostamente ele estaria, conforme falsa informação que deixara em casa. Insistindo na procura do genro, ele acabou surpreendendo-o, em plena madrugada, junto de uma jovem, unidos, qual marido e mulher. (Obra citada, capítulo III, pp. 25 e 26.)

7. Pedro Neves tinha, na condição de desencarnado, alguma experiência em atividades socorristas?

Sim. Ele já havia atuado em diversas comissões socorristas, procurando esclarecer Espíritos revoltados e modificá-los para o bem, fazendo-lhes sentir que as lutas morais, depois da desencarnação, se erigiriam igualmente em penosa herança para todos aqueles com os quais se desarmonizavam, ao mesmo tempo em que os advertia de que o túmulo esperava também quantos, na Terra, lhes sonegavam lealdade e ternura. Nessa atividade, bastas vezes, logrou acalmá-los para a retirada benéfica. (Obra citada, capítulo III, pp. 26 a 28.)

8. Sua experiência na atividade socorrista o ajudava agora no trato com o genro infiel?

Não. Segundo ele próprio confessou, Pedro Neves não pôde controlar-se ao ver o genro nos braços da amante, motivo pelo qual, tomado de cólera, avançou qual fera desacorrentada e esmurrou a face do esposo de sua filha, o qual, devido à agressão, caiu nos ombros da amante, acusando agoniada indisposição. Uma entidade desencarnada, de semblante nobre e calmo, aproximou-se então, desarmando-lhe o íntimo. "A mensageira anônima – contou Neves – recolocou-me no lar, despedindo-se, delicada; e depois disso não mais a vi..." (Obra citada, capítulo III, pp. 26 a 28.)

 

 

 

 

 

 

 

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