Ação e Reação
André Luiz
Parte 13
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Uma vez concluído o estudo dos oito primeiros livros da
Série, damos prosseguimento ao estudo da nona obra: Ação e Reação, publicada
em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete “Ação e Reação".
Eis as questões de hoje:
97. Leo se
arrependera das maldades cometidas no passado?
Sim. Conservando no imo d'alma a lembrança da vítima,
através da percussão mental do arrependimento sobre os centros perispiríticos,
enlouqueceu de dor e vagueou por vários lustros em tenebrosas paisagens, até
que, recolhido à Mansão Paz, foi convenientemente tratado para o reajuste
preciso. Recuperado, as reminiscências do crime absorviam-lhe o espírito de tal
sorte que, para o retorno à marcha evolutiva normal, implorou o regresso à
carne, a fim de experimentar a mesma vergonha, a mesma penúria e as mesmas
provas por ele infligidas ao irmão indefeso, pacificando, assim, a consciência
intranquila. (Ação e Reação, cap. 17,
pp. 236 e 237.)
98. Quando é
que, após experimentar o processo expiatório, um Espírito se encontra
efetivamente quitado do débito do passado?
Silas respondeu a esta questão mencionando o caso de Leo,
que atravessou o mesmo suplício que infligiu a seu irmão na existência
anterior, mas em um leito de hospital, conformado, resignado e sem escândalos
destrutivos. "Quando a nossa dor não gera novas dores e nossa aflição não
cria aflições naqueles que nos rodeiam, nossa dívida está em processo de
encerramento”, explicou Silas. “Muitas vezes, o leito de angústia entre os
homens é o altar bendito em que conseguimos extinguir compromissos ominosos,
pagando nossas contas, sem que o nosso resgate a ninguém mais prejudique.
Quando o enfermo sabe acatar os Celestes Desígnios, entre a conformação e a
humildade, traz consigo o sinal da dívida expirante..." (Obra citada, cap.
17, pp. 237 a 239.)
99. Como chegou
à Mansão Paz a notícia relativa à queda de um avião em que faleceram 14
pessoas?
O apelo – que viera da crosta – chegou à Mansão em forma de
sinais semelhantes aos do telégrafo de Morse que se fizeram notar em curioso
aparelho. Druso ligou, então, uma tomada próxima e viu-se um pequeno televisor
em ação a projetar imagens movimentadas em tela próxima, cuidadosamente
encaixada na parede, a pequena distância. Qual se acompanhassem curta notícia
em cinema sonoro, André Luiz e os demais contemplaram, surpreendidos, a
paisagem terrestre. Naquele quadro inquietante, um ancião desencarnado, de
semblante nobre e digno, formulava requerimento comovedor, rogando à Mansão Paz
o envio de equipe adestrada para a remoção de seis das 14 entidades
desencarnadas no sinistro. A cena aflitiva parecia desenrolar-se ali mesmo.
Oito dos desencarnados jaziam em posição de choque, algemados aos corpos;
quatro gemiam, jungidos aos próprios restos, e dois deles, embora enfaixados às
formas físicas, gritavam desesperados, em crises de inconsciência. (Obra
citada, cap. 18, pp. 241 e 242.)
100. Por que
pessoas perecem em desastres de grandes proporções, como os acidentes com
aviões?
As origens da provação são inúmeras. No caso do desastre
aviatório cuja notícia há pouco lhes chegara, Druso disse que havia entre as
vítimas delinquentes que, em outras épocas, atiraram irmãos indefesos do cimo
de torres altíssimas, para que seus corpos se espatifassem no chão;
companheiros que, em outro tempo, cometeram hediondos crimes sobre o dorso do
mar, pondo a pique existências preciosas, ou suicidas que se despenharam de
arrojados edifícios ou de picos agrestes, em supremo atestado de rebeldia. O dirigente
lembrou, contudo, que a Lei nos permite melhorar nossos créditos, todos os
dias. Quantos romeiros terrenos são amparados devidamente para que a morte não
lhes assalte o corpo, em razão dos atos louváveis a que se afeiçoam! Quantas
intercessões da prece ardente conquistam moratórias oportunas para pessoas que
se encontravam à beira do túmulo! "Assim é que, gerando novas causas com o
bem, praticado hoje, podemos interferir nas causas do mal, praticado ontem,
neutralizando-as e reconquistando, com isso, o nosso equilíbrio", explicou
o diretor. Eis por que devemos incentivar sempre o serviço do bem, através de
todos os recursos ao nosso alcance. “A caridade e o estudo nobre, a fé e o bom
ânimo, o otimismo e o trabalho, a arte e a meditação construtiva constituem
temas renovadores, cujo mérito não será lícito esquecer, na reabilitação de
nossas ideias e, consequentemente, de nossos destinos." (Obra citada, cap.
18, pp. 245 a 247.)
101. Ascânio e
Lucas também se submeteram, por expiação, a um desastre aviatório. Que fatos
motivaram esse desastre?
Druso explicou que, submetendo-se eles à regressão da
memória, viram algo ocorrido no século XV que lhes impôs dolorosa meditação –
as cenas de ominoso delito por ambos cometido em 1429, logo após a libertação
de Orleães, quando formavam no exército de Joana d'Arc. Famintos de influência
junto aos irmãos de armas, não hesitaram em assassinar dois companheiros,
precipitando-os do alto de uma fortaleza no território de Gâtinais, sobre
fossos imundos, embriagando-se nas honrarias que lhes valeram, mais tarde,
torturantes remorsos além do sepulcro. Chegados a esse ponto, inquiridos se desejavam
prosseguir na sondagem singular, responderam negativamente, preferindo liquidar
a dívida, antes de novas imersões no passado. (Obra citada, cap. 18, pp. 247 e
248.)
102. Como se
deu, da parte deles, a opção pelo desastre aviatório?
Ascânio e Lucas suplicaram o retorno ao campo dos homens,
com o objetivo de quitar o débito aludido. Como podiam escolher o gênero de
provação, em vista dos recursos morais já amealhados no mundo íntimo, optaram
por tarefas no campo da aeronáutica, a cuja evolução ofereceram suas vidas,
sofrendo, então, a mesma queda mortal que infligiram aos companheiros de luta
no século XV. (Obra citada, cap. 18, pp. 249 a 251.)
103. Nossas
condições espirituais têm influência sobre a saúde do corpo físico?
Sim. Existe íntima correspondência entre nossos estados
espirituais e as formas de que nos servimos. Segundo Druso, todo mal por nós conscientemente
praticado expressa, de algum modo, lesão em nossa consciência, e toda lesão
dessa espécie determina distúrbio ou mutilação no organismo que nos exterioriza
o modo de ser. Em todos os planos do Universo, somos espírito e manifestação,
pensamento e forma. Eis o motivo por que, no mundo, a Medicina há de considerar
o doente como um todo psicossomático, se quiser realmente investir-se da arte
de curar. (Obra citada, cap. 19, pp. 253 e 254.)
104. A evolução
para Deus pode ser comparada a uma viagem?
Sim. É da mente clareada pela razão, sede dos princípios
superiores que governam a individualidade, que partem as forças que asseguram o
equilíbrio orgânico, por intermédio de raios que vitalizam os centros perispiríticos,
em cujos meandros se localizam as chamadas glândulas endócrinas, que, a seu
turno, despedem recursos que nos garantem a estabilidade do campo celular.
Segundo Druso, "todos os estados acidentais das formas de que nos
utilizamos, no espaço e no tempo, dependem, assim, do comando mental". A
evolução para Deus pode, pois, ser comparada a uma viagem divina: "O bem
constitui sinal de passagem livre para os cimos da Vida Superior, enquanto que
o mal significa sentença de interdição, constrangendo-nos a paradas mais ou
menos difíceis de reajuste". (Obra citada, cap. 19, pp. 254 a 256.)
Observação:
Para acessar a Parte 12 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/07/blog-post_28.html
Como consultar as matérias deste
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