quarta-feira, 13 de outubro de 2021

 


Sexo e Destino

 

André Luiz

 

Parte 8

 

Damos sequência ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira.

Esta é a décima obra do mesmo autor, integrante da Série Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.

Eis as questões de hoje:

 

57. Qual foi a reação de Cláudio ao ler o livro O Evangelho segundo o Espiritismo?

A reação foi extremamente positiva, porque os textos que Cláudio leu fenderam-lhe, de alto a baixo, a cidadela do ateísmo que até então cultivava. Com a leitura, ele pôde adquirir conhecimentos rápidos acerca da reencarnação e da pluralidade dos mundos, e meditar nas maravilhas da caridade e nos prodígios da fé, através das chamas imortais do Cristianismo que ali renasciam para ele. Em certo momento, quando olhou o relógio, este marcava duas da madrugada. Cláudio varara, sem perceber, quatro horas mergulhado no livro e sentia-se outro. (Sexo e Destino, 2ª parte, capítulo III, pp. 195 e 196.)

58. Diante da mudança dos pensamentos de Cláudio, como se sentia Moreira, o ex-vampirizador do pai de Marita?

O que ocorria com Cláudio atingiu Moreira de forma diferente, porque ele ainda nutria o propósito de continuar controlando o pai de Marita. Identificando, porém, o parceiro tocado no coração pelos sentimentos edificantes que a leitura lhe sugerira, revelava grande desapontamento e enfadava-se, melindrado e triste. (Obra citada, 2ª parte, capítulo III, pp. 199 e 200.)

59. Por que Moreira decidiu, de repente, vingar-se de Marina?

Ele tomou essa decisão ao saber do martírio que Marina aplicara à irmã adotiva, ao longo dos anos. E, tal como André Luiz previra, Moreira, seguido por quatro camaradas truculentos e carrancudos, penetrou a residência dos Torres, onde Marina se encontrava, e, sem a menor comiseração por dona Beatriz, em estado gravíssimo e agonizante, acercou-se de Marina e gritou, encolerizado: "Assassina!... Assassina!...".  (Obra citada, 2ª parte, capítulo III, pp. 203 e 204.)

60. Em face da agressão recebida de Moreira, qual foi a reação de Marina?

Marina experimentou irreprimível mal-estar. Empalideceu. Sentiu-se sufocar, registrando todos os sintomas de quem recebera forte pancada no crânio. Os Torres, pai e filho, perceberam-lhe a vertigem e acorreram, pressurosos. Nemésio atribuiu o desmaio à falta de descanso, após uma noite de vigília ao redor de Beatriz. Gilberto trouxe-lhe água fresca e telefonou para o médico. (Obra citada, 2ª parte, capítulo IV, pp. 205 e 206.)

61. Qual o motivo do desespero de Moreira ante a iminência da morte de Marita?

A notícia de que Marita estava prestes a desencarnar feriu Moreira nas últimas fibras. Ele não se resignava à ideia de perdê-la no plano físico, porque Marita, inconscientemente, despendia recursos fluídicos que se casavam com os dele, fornecendo-lhe sensações de euforia, robustez. E ele retirava dela os estimulantes mentais que lhe vigorizavam a masculinidade, tanto quanto se valia habitualmente de Cláudio, para viver na Terra como qualquer ser humano. (Obra citada, 2ª parte, capítulo IV, pp. 209 e 210.)

62. Que fato fez com que Moreira parasse de importunar a jovem Marina?

Isso se deu graças ao irmão Félix, que, inteirado de tudo o que acontecera, chegou de repente ao local onde Marina estava e, à feição de um pai que reencontra o filho, abriu os braços para Moreira. Feito isso e sem qualquer gesto que lhe censurasse a deserção, Félix apelou para o ex-vampirizador com absoluta confiança: "Ah! meu amigo, meu amigo!... Nossa Marita!...", informando-o de que a jovem piorara muito desde o momento em que ele, Moreira, se afastara. Marita necessitava dele, esperava por ele, a fim de aliviar-se. Ante tais frases, que o atingiram no fundo, Moreira acudiu, incontinenti, regressando ao hospital em companhia de Félix e André. Em consequência, Marina ficou aliviada do assédio do infeliz Espírito. (Obra citada, 2ª parte, capítulo IV, pp. 213 e 214.)

63. Que ocorreu ao Espírito de Beatriz em seguida à morte do seu corpo?

Nos momentos que se seguiram à morte corpórea, Beatriz (Espírito), ainda inconsciente, se asilava nos braços de irmãs afetuosas, sob o olhar comovido de Neves e de outros familiares em carinhoso desvelo. Ela seria conduzida depois a uma organização socorrista do plano espiritual, no próprio Rio de Janeiro, até que restaurasse as forças, de modo a seguir viagem. (Obra citada, 2ª parte, capítulo V, pp. 217 e 218.)

64. A morte de Beatriz produziu alguma mudança no ambiente de sua casa?

Sim. O ambiente caseiro modificou-se por completo, visto que o afastamento dos amigos espirituais que acompanhavam Beatriz deixara a vivenda qual praça desarmada de quaisquer recursos que lhe garantissem a ordem. Transcorrido algum tempo, vagabundos desencarnados nela tiveram acesso livre e o nível dos pensamentos descambou para a conversação libertina. Nem mesmo a dignidade que a morte infundia ao recinto foi acatada. Relatos jocosos irromperam, suplementados pela chacota dos próprios anedotistas. E a bebida, inspirada pelos beberrões desencarnados, foi servida com fartura. (Obra citada, 2ª parte, capítulo V, pp. 219 e 220.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 7 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/10/blog-post_06.html

 

 

  

 

 

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