quarta-feira, 27 de outubro de 2021

 


Sexo e Destino

 

André Luiz

 

Parte 10

 

Damos sequência ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira.

Esta é a décima obra do mesmo autor, integrante da Série Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.

Eis as questões de hoje:

 

73. Que disse André Luiz em suas reflexões sobre a eutanásia?

André Luiz manifestou-se claramente contra a eutanásia. Eis suas palavras: "Felizes da Terra! Quando passardes ao pé dos leitos de quantos atravessam prolongada agonia, afastai do pensamento a ideia de lhes acelerardes a morte! Ladeando esses corpos amarrotados e por trás dessas bocas mudas, benfeitores do plano espiritual articulam providências, executam encargos nobilitantes, pronunciam orações ou estendem braços amigos! Ignorais, por agora, o valor de alguns minutos de reconsideração para o viajor que aspira a examinar os caminhos percorridos, antes do regresso ao aconchego do lar. Se não vos sentis capacitados a oferecer-lhes uma frase de consolação ou o socorro de uma prece, afastai-vos e deixai-os em paz!... As lágrimas que derramam são pérolas de esperança com que as luzes de outras auroras lhes rociam a face!" (Sexo e Destino, 2ª parte, capítulo VII, pp. 248 e 249.)

74. Cláudio revelou à esposa sua conversão ao Espiritismo?

Sim. Em conversa com Márcia, cujo principal tema foi a saúde da filha Marina, Cláudio lhe disse sobre as novas ideias que abraçara e, levantando para ela os olhos súplices, convidou-a abraçar, junto dele, uma existência nova. Falou-lhe então da transformação que experimentara nas últimas semanas e declarou-se espírita-cristão. Sentindo-se outro homem, aspirava, agora, à bênção do lar, à tranquilidade da família. Comprometia-se a adotar conduta reta, ser-lhe-ia companheiro leal. Não a constrangeria a aceitar-lhe as ideias; mas desejava mostrar-lhe quanto a amava.  (Obra citada, 2ª parte, capítulo VIII, pp. 255 e 256.)

75. Por que Nemésio mudou radicalmente seu comportamento, tornando-se agressivo para com Marina?

Nemésio Torres ficou decepcionado e irritado com a recusa de Marina em desposá-lo e, por isso, disse à jovem que ela lhe pagaria a desconsideração e jamais lhe permitiria a felicidade junto de Gilberto, seu filho, que ele passara também a odiar. Ciente disso, Moreira revelou a André Luiz que chusmas de Espíritos perturbadores, após a desencarnação de Beatriz, se voltaram para Nemésio, a quem exploravam agora as energias genésicas, fato que concorreu para a mudança do seu comportamento. (Obra citada, 2ª parte, capítulos VIII e IX, pp. 263 e 264.)

76. A que se destinava o instituto “Almas Irmãs”?

O instituto, que era formado por muitas construções e ocupava quatro quilômetros quadrados de edifícios e arruamentos, parques e jardins, destinava-se ao socorro dos irmãos necessitados de reeducação sexual. Neves, que já conhecia o instituto, disse que a agremiação possuía vasta dependência reservada a enfermos e que os verdadeiros alienados em consequência de alucinações emotivas, trazidas da Terra, permaneciam reclusos em manicômios, sob tratamento, sempre que apartados das falanges dementadas nas regiões tenebrosas. (Obra citada, 2ª parte, capítulo IX, pp. 265 a 267.)

77. O instituto preparava os futuros candidatos à reencarnação na Terra?

Sim. O instituto era, em verdade, um hospital-escola de suma importância para os candidatos à reencarnação. Os internados ou estudantes vinham, em maioria, de estâncias purgatoriais, após alijarem as consequências mais imediatas dos vícios e paixões aviltantes, acalentadas no plano físico. Examinados com rigor, atendiam a critério de seleção, nas paragens de angústia expiatória em que se demoravam, e somente depois de julgados dignos entravam naquele pouso de refazimento para estações mais ou menos longas de estudo e meditação, pesquisando as causas e observando os efeitos das quedas de natureza afetiva em que se haviam precipitado. Depois de instruídos, são eles recambiados ao domicílio terrestre, onde reencarnam nos ambientes em que faliram e, tanto quanto possível, nas equipes consanguíneas que lhes impuseram prejuízos ou lhes sofreram os danos. (Obra citada, 2ª parte, capítulo IX, pp. 265 a 267.)

78. Em 82 anos de existência do instituto “Almas Irmãs”, qual o percentual dos que, partindo dali, conseguem vencer nos compromissos da reencarnação?

18%, eis o percentual dos que atingem a meta em face dos compromissos que enfrentam na reencarnação. Segundo dados fornecidos pelo instituto, de cada 100 estudantes que retornam à experiência corpórea, 18 saem vitoriosos, 22 melhorados, 26 imperfeitamente melhorados e 34 onerados por novas dívidas. (Obra citada, 2ª parte, capítulo IX, pp. 267 e 268.)

79. Como o sexo é considerado na Espiritualidade superior?

Na Espiritualidade superior o sexo não é considerado unicamente por baliza morfológica do corpo da carne, distinguindo macho e fêmea, definição unilateral que, na Terra, ainda se faz seguir de atitudes e exigências tirânicas, herdadas do comportamento animal. Entre os desencarnados, a partir daqueles de evolução mediana, o sexo é categorizado por atributo divino na individualidade humana, qual ocorre com a inteligência, com o sentimento, com o raciocínio e outras faculdades menos aplicadas nas técnicas da experiência humana. Quanto mais se eleva a criatura, mais se capacita de que o uso do sexo demanda discernimento pelas responsabilidades que acarreta, porque qualquer ligação sexual, instalada no campo emotivo, engendra sistemas de compensação vibratória, e o parceiro que lesa o outro, até o ponto em que suscitou os desastres morais consequentes, passa a responder por dívida justa. (Obra citada, 2ª parte, capítulo IX, pp. 271 a 273.)

80. Em matéria de sexo, é válido afirmar que ninguém prejudica a outrem sem embaraçar a si mesmo?

Sim, como em tudo na vida. Todo desmando sexual que danifica consciências reclama corrigenda, tanto quanto qualquer abuso do raciocínio. Um homem que abandone a companheira sem razão, ou a mulher que assim proceda, gerando desregramentos passionais na vítima, cria certo ônus cármico no próprio caminho, pois ninguém prejudica a outrem impunemente. Ao dizer isso, Irmão Félix lembrou que na Terra os temas sexuais têm sido considerados na base dos sinais físicos que diferenciam o homem da mulher, mas isso não define a realidade integral, porque, regendo esses marcos, permanece um Espírito imortal, com idade às vezes multimilenária, encerrando consigo experiências complexas, a ponto de a Ciência terrena proclamar, presentemente, que masculinidade e feminilidade totais inexistem na personalidade humana, do ponto de vista psicológico. (Obra citada, 2ª parte, cap. IX, pp. 271 a 273.)

 

Observação:

Para acessar a Parte 9 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/10/blog-post_20.html

 

 

 

 

 

 

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