sexta-feira, 10 de junho de 2022

 



A Vida no Outro Mundo

 

Cairbar Schutel

 

Parte 20

 

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP). 

Cada parte do estudo compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

Este estudo será publicado neste blog sempre às sextas-feiras.

 

Questões preliminares

 

A. Há no Mundo Espiritual diversos planos de existência?

B. As condições de vida nesses planos são diferentes entre si?

C. Quantas são as esferas espirituais que circundam a Terra?

 

Texto para leitura

 

256. No Outro Mundo, como neste, existem vários planos de existência, mundos superpostos, uns acima dos outros, constituindo uma espécie de escada de perfeição. Na Terra, é, também, assim: existe o lugar para o camponês iletrado e para o homem de Ciência. Os índios e selvícolas não poderiam viver em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Tudo no Outro Mundo obedece a uma ordem espiritual bem determinada, sem privilégios, nem exclusões. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

257. Desde o primeiro passo, logo a começar da superfície da Terra, até o último, conta-se grande variedade de planos de vida, ou sejam, Mundos Espirituais, para usar de uma linguagem mais aproximada à compreensão, porque não existe expressão nos vocabulários comuns para caracterizar a natureza desses mundos, que chamaremos semimateriais ou fluídicos. Provavelmente, esses planos é que foram simbolizados, na visão de Jacó, por uma escada com inumeráveis degraus que, apoiados na Terra, chegavam ao Céu. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

258. A lei do progresso rege de modo perfeito a evolução anímica. Os Espíritos, revestidos de seu corpo perispiritual, não podem viver num meio que não esteja de acordo com sua vestimenta espiritual, e esta vibra sempre ao ritmo da elevação de cada um, em sabedoria e moralidade. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

259. Uma região isenta, por exemplo, de oxigênio, seria hostil a Espíritos que ainda precisam de oxigênio para viver. Uma região em que não predomina o carbono não poderia ser habitada por Espíritos que necessitam, pela sua condição ainda de inferioridade, de carbono para a manutenção do seu corpo perispiritual. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

260. O indivíduo sentir-se-ia desequilibrado, e sua condição média tornar-se-ia infeliz, sofredora, insuportável, se assim não fosse. Tudo obedece a uma ordem e harmonia admiráveis na criação. Daí a necessidade desses diversos planos, como garantia de vida aos que fazem sua evolução para um estado melhor. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

261. Os antigos tinham noções destes princípios e acreditavam na existência de muitos céus superpostos, que se compunham de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

262. Esta teogonia fez, dessa escala de céus, diversos graus de bem-aventurança: o último deles seria o abrigo da suprema felicidade. A opinião comum era a de que havia sete céus ou esferas; em cada um deles, em sentido ascendente, aumentava a felicidade dos crentes.(1) Os muçulmanos admitem nove céus. O astrônomo Ptolomeu contava onze, e denominava o último Empíreo, por causa da luz brilhante que ali reinava. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

263. A teologia católica admite três céus: o primeiro, a região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros; e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habitação dos que o contemplam face a face. É conforme essa crença que o apóstolo Paulo diz que foi arrebatado até o “terceiro céu”. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

264. É crença unânime que, sob uma ou outra denominação, essas esferas superpostas constituem a habitação das almas, o Mundo Espiritual. Na verdade, seria ilógico e verdadeiro contrassenso julgarmos um vácuo a atmosfera que nos rodeia, o nada dos ignorantes de então. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

265. A constituição física e química da atmosfera era ignorada dos povos passados. Ainda na Idade Média não se tinham do estado gasoso da matéria senão noções rudimentares. Sobre a vida, mesmo, só se sabia que ela se extinguia por falta de ar; mas não se conhecia o mecanismo da combustão e da respiração. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

266. Foi o gênio ilustre de Lavoisier que deu os primeiros passos para a descoberta dos elementos contidos no ar que respiramos. Foi tão grande a descoberta desse insigne francês, e tão iluminado era o famoso químico, que em 8 de março de 1794, quando sua cabeça rolou sobre o patíbulo, o ilustre matemático Lagrange disse: “Cem anos não serão bastantes para produzir outra cabeça semelhante”. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

267. Hoje podemos afirmar muito mais que Lavoisier; sabemos que tudo o que existe no nosso corpo existe na atmosfera. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

268. Sabemos que em nossa atmosfera vivem inúmeros micróbios, flutuam ovos de infusórios, partículas de algodão, de farinha, de penas, matérias que se evolam das fábricas, que saem da combustão, do enxofre e outros sais etc. Só nas costas da Bretanha e da Normandia calcula-se que um hectare de terreno não recebe menos, anualmente, de 147 quilogramas de matérias sólidas, das quais 37 quilogramas são de sal marinho. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

269. Não é preciso estender-nos em considerações para provar que o ar é alguma coisa e que contém muita coisa; não é o vazio que se apresenta aos nossos olhares acanhados. O Espiritismo, penetrando fundamente na Ciência, abre brechas ao pensamento, e dá, ao mesmo tempo, razão à crença cega dos povos antigos que, em sua concepção infantil, proclamavam os céus sobrepostos, cada qual mais adiantado, crença essa que se confirma agora com dados científicos e as revelações de caráter coletivo que estão sendo feitos e verificados em todos os pontos do globo. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

270. Não há dúvida: existem planos de existência, de vida em mundos superpostos, uns acima doutros, constituindo, no seu conjunto, uma espécie de escada de perfeição. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

 

(1) De acordo com o livro Cidade no Além, cap. IV, de Heigorina Cunha, o campo magnético da Terra seria dividido em sete esferas: 1 – o Umbral “grosso”; 2 – o Umbral médio; 3 – o Umbral superior, onde se localiza “Nosso Lar”; 4 – região da arte, da cultura e da ciência; 5 - região do amor fraterno universal; 6 – diretrizes do planeta; e 7 – abóbada estelar.

 

Respostas às questões preliminares

 

A. Há no Mundo Espiritual diversos planos de existência?

Sim. Existem na erraticidade inúmeros planos de existência, mundos superpostos, uns acima dos outros, constituindo uma espécie de escada de perfeição. Na Terra é, também, assim: existe o lugar para o camponês iletrado e para o homem de Ciência. Os índios e selvícolas não poderiam viver em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Tudo no Outro Mundo obedece a uma ordem espiritual bem determinada, sem privilégios, nem exclusões. (A Vida no Outro Mundo – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

B. As condições de vida nesses planos são diferentes entre si?

Sim. A lei do progresso rege de modo perfeito a evolução anímica. Os Espíritos, revestidos de seu corpo perispiritual, não podem viver num meio que não esteja de acordo com sua vestimenta espiritual, e esta vibra sempre ao ritmo da elevação de cada um, em sabedoria e moralidade. Uma região isenta, por exemplo, de oxigênio, seria hostil a Espíritos que ainda precisam de oxigênio para viver. Uma região em que não predomina o carbono não poderia ser habitada por Espíritos que necessitam, pela sua condição ainda de inferioridade, de carbono para a manutenção do seu corpo perispiritual. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

C. Quantas são as esferas espirituais que circundam a Terra?

A opinião comum era a de que havia sete céus ou esferas; em cada um deles, em sentido ascendente, aumentava a felicidade dos crentes. Os muçulmanos admitem nove céus. O astrônomo Ptolomeu contava onze, e denominava o último Empíreo, por causa da luz brilhante que ali reinava. A teologia católica admite três céus: o primeiro, a região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros; e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habitação dos que O contemplam face a face. (Obra citada – Cap. XVIII – Os Planos do Mundo Espiritual.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 19 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/06/blog-post_03.html

 

 

 

 

 

 

 

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