Tormentos da
Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 4
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.
Este estudo será publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
19. Em que circunstâncias se verificou a morte de Ludgério?
Discutindo com outro
companheiro embriagado, comparsa habitual das extravagâncias alcoólicas, num
dos bares em que se homiziavam, Ludgério foi acometido de grande loucura e,
totalmente alucinado, tomou de uma faca exposta no balcão da espelunca,
cravando-a, repetidas vezes, no antagonista, mesmo após tê-lo abatido e morto.
A cena de sangue, odienta e ultrajante, provocou a ira dos passantes e
comensais do repelente recinto que, inspirados pelos perversos e indigitados
Espíritos vampirizadores, se atiraram contra o alcoólatra, linchando-o sem
qualquer sentimento de humanidade, antes que a polícia pudesse ou quisesse
interferir. (Tormentos da Obsessão,
cap. 3 – Reminiscências.)
20. Teria falhado a ajuda espiritual em favor de Ludgério?
Esse tinha sido o
pensamento do autor desta obra, até que o tempo, o grande consolador, o
esclareceu com as luzes soberanas da lógica do Espiritismo. Após a morte física,
ainda interessado no caso Ludgério, ele tentou encontrá-lo, sem o conseguir.
Soube, por fim, que aquele que lhe fora vítima do homicídio infame era um dos
comparsas anteriores, que se desaviera quando da partilha de terras que haviam
sido espoliadas de camponeses humildes que lhes sofriam a dominação arbitrária,
tornando-se-lhe igualmente adversário. Desde então, unidos pelos crimes, uma
ponte de animosidade fora distendida entre eles. Como os adversários
espirituais se vinculavam a ambos, encontraram campo vibratório propício para o
assassinato de cunho espiritual. (Obra citada, cap. 3 – Reminiscências.)
21. Por que, na visão do Dr. Inácio Ferreira, não temos
conseguido avançar quanto seria desejável?
Isso decorre do fato
de que, jugulados às ações que não soubemos praticar com a elevação necessária,
repetimos comportamentos e, vitimados pela preguiça mental, formamos grupos de
repetidores de lições que permanecem inaproveitadas. O egoísmo, esse algoz
implacável de cada um de nós, tem sido o adversário declarado do nosso processo
de desenvolvimento espiritual. Em face de sua dominação, resvalamos para o
orgulho e a presunção, atribuindo-nos valores que estamos longe de possuir. (Obra
citada, cap. 4 – Novos descortinos.)
22. Por que há pessoas que desdenham Jesus e seus
ensinamentos?
Muitos de nós,
incapazes de discernir o que podemos fazer em relação ao que devemos,
atribuímo-nos recursos de que não dispomos. Ao invés de nos esforçarmos por
viver a lídima fraternidade, nos separamos em grupos que se hostilizam
reciprocamente, semeando discórdias e divisionismos ingratos, que se nos
transformam em algemas de sombra e de dor. E mesmo quando convidados por Jesus
para uma saudável mudança de conduta, as vaidades intelectuais hauridas nas
Academias ou fora delas nos assaltam, conduzindo-nos à soberba e fazendo-nos
desdenhar o Mestre. Em decorrência dessa perturbadora atitude, derrapamos em
lamentáveis situações de angústia e de desajuste, que nos têm mantido distantes
do conhecimento profundo do Espírito. É essa postura doentia, gerada pela
vaidade e sustentada pelas ilusões do corpo, que nos tem desviado do roteiro
que deveríamos seguir, a fim de conquistarmos em definitivo a plenitude na vida
eterna. (Obra citada, cap. 4 – Novos descortinos.)
23. De que modo se dá a aprendizagem, tão importante no
processo que nos conduzirá à perfeição?
Segundo Dr. Inácio
Ferreira, mesmo nas aparentes existências malsucedidas as pessoas adquirem
valores que irão contribuir para a sua plena realização, porquanto nada
permanece inútil nesse processo ascensional. A aprendizagem é, portanto,
conseguida através do erro e do acerto, da percepção do fato e de como
realizá-lo, bem como da iluminação, que são verdadeiras metodologias para
aprimorar cada aluno na Escola da vida. (Obra citada, cap. 4 – Novos
descortinos.)
24. Como se inicia o processo obsessivo?
Ele se inicia de
forma sutil e perversa. Salvo os casos de agressão violenta, a obsessão
instala-se nos painéis mentais através dos delicados tecidos energéticos do
perispírito até alcançar as estruturas neurais, perturbando as sinapses e a
harmonia do conjunto encefálico. Ato contínuo, o quimismo neuronial se
desarmoniza, dando lugar aos distúrbios da razão e do sentimento. Noutras vezes,
a incidência da energia mental do obsessor sobre o paciente invigilante irá
alcançar, mediante o sistema nervoso central, alguns órgãos físicos que
sofrerão desajustes e perturbações, registrando distonias correspondentes e
comportamentos alterados. (Obra citada, cap. 4 – Novos descortinos.)
Observação:
Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/06/blog-post_27.html
Como
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