terça-feira, 5 de julho de 2022

 



Começando a apreciar os astros

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

 

Quando o interior está em paz, a vida também está; porém quando o interior se encontra inquieto, desequilibrado, não há nenhum lugar que pareça bom de ficar.  É o coração que precisa estar bem para tudo ter sua razão, para haver felicidade, calma, para haver o sentido da contemplação da vida, do céu, da imensidão divina.

Quando se está em harmonia, há condição de observar o poder da natureza, as luzes e forma dos astros, a beleza dos animais, a vitalidade da água e do ar, de sentir o amor em cada criatura, de compreender o olhar ou perceber, pela voz, como o outro está; a harmonia é a reunião de várias boas energias que o coração foi capaz de abrigá-las e sustentá-las.

Um dos momentos mais venturosos é quando, à noite, se pode olhar para a vastidão celeste e, mesmo sem nenhuma condição ainda de compreendê-la nem sequer imaginar os milhares de mundos existentes, diferentes e distantes, o rosto sorri, pois o espírito, satisfeito, agradece estar, mais uma vez, no cenário reencarnatório da vida, ocasião tão necessária. Naturalmente, o espírito, sem perceber, admira a grandiosidade Divina; o amor de Deus é implícito em cada criatura, o que demora, muitas vezes, é o despertar.

O estado de espírito direcionará os passos e nenhuma dessa criatura se esquivará da sensação interior dos seus atos; não há força maior de consolo ou condenação do que a própria consciência. E tão simples é a forma de se estar em paz, ou seja, num básico estágio é fazer ao próximo o que deseja a si.

Quanto mais se distancia do que anima o espírito e se aproxima do que alimenta os interesses humanos, mais abismo haverá, portanto se o espírito começa a perceber isso, então é chegado o momento em que os olhos começam a enxergar e o coração a sentir a verdade. Somos seres universais eternos e por isso não há paz quando dessa forma não nos comportamos.

É tempo de renovação, pois o que nos aguarda é nada mais nada menos que a imensidão criada por Deus.

 

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