Um até
breve a uma querida amiga
ASTOLFO
O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
De
Londrina-PR
O leitor – pensamos nós – certamente
não ignora que morte e desencarnação expressam fatos diferentes. A morte atinge
o corpo físico; a desencarnação diz respeito à alma. Os corpos morrem, as almas
desencarnam, libertam-se, retornam ao plano de onde vieram.
A partida de Maria Eloiza não pode suscitar
nenhum motivo de tristeza, porque com sua desencarnação chegou ao fim uma dura
e difícil prova que poucas pessoas têm força e coragem para enfrentar. Mas ela
a enfrentou, e enfrentou-a de um modo não usual, isto é, trabalhando, estudando,
procurando tornar útil cada momento de sua vida, tal como nos recomenda o
Espiritismo.
Eloiza e nós nos vimos pela primeira
vez, e desde então nos tornamos amigos bem próximos, no carnaval de 1994. O
episódio de nosso primeiro encontro foi até curioso. Realizava-se no Lar Anália
Franco a primeira edição da CONMEL (Confraternização da Mocidade Espírita de
Londrina), evento voltado para a juventude espírita que a partir daquele ano se
realizaria anualmente no período do carnaval. [Para saber como surgiu a CONMEL,
clique aqui: http://www.oconsolador.com.br/40/especial.html]
Maria Eloiza havia voltado a morar em
Londrina, depois de passar alguns anos residindo no interior do estado de São
Paulo. Nosso amigo Izaias Claro, conhecido orador e escritor espírita, que ela
conhecera em Tupi Paulista, sugeriu-lhe, a pedido dela, que nos procurasse, uma
vez que ela não tinha informações sobre o movimento espírita londrinense.
Procurando informar-se a nosso
respeito, soube que estaríamos participando da equipe que organizou a 1ª CONMEL,
e foi no Lar Anália Franco que nos conhecemos. Como o evento era destinado aos
jovens, os recepcionistas estranharam a chegada ali daquela senhora; mas a
dúvida logo se dissipou quando ela explicou o motivo de sua ida ao evento.
De 1994 até agora passaram-se quase 29
anos e, em todo esse tempo, não houve atividade espírita nenhuma que
organizamos de que ela não participasse. Reuniões públicas, grupos de estudo,
atividades de unificação e divulgação espírita, assistência social, círculo de
leitura – fosse o que fosse, ali estava, participando ativamente, a Maria
Eloiza, que, ao conhecer o trabalho da Comunhão Espírita Cristã de Londrina,
logo se engajou e dela se tornou uma das mais ativas colaboradoras, ficando a
seu cargo, por vários anos, a direção da Escola-Oficina Pestalozzi, um dos
departamentos da Comunhão Espírita.
Quanto às atividades de unificação e
divulgação espírita, registre-se seu trabalho na USEL (União das Sociedades
Espíritas de Londrina), então responsável pela realização das semanas espíritas
e da CONMEL, que ela presidiu com grande competência e dedicação, bem como sua
atuação como palestrante, com que levou a mensagem espírita a diversas casas
espíritas, entre elas a Comunhão Espírita Cristã de Londrina e o Centro
Espírita Nosso Lar, duas instituições a que serviu como voluntária nos últimos
29 anos.
Como o leitor pode ver, foram muitos os trabalhos em comum de que participamos, o último dos quais, de que ela participava com vivo entusiasmo – o Sarau Evangélico Marcelo Cazeta de Oliveira –, acabou sendo a derradeira atividade em que estivemos reunidos, interrompida infelizmente, de maneira inesperada, por força da pandemia.
Hoje, quase três décadas após o
primeiro contato, Maria Eloiza já não está fisicamente entre nós. Mas ninguém duvide
de que, assim que puder, ela voltará às atividades e com certeza receberemos com
enorme prazer sua visita.
Até breve, querida amiga, e que Deus a
abençoe e ampare sempre.
Quanto à nossa amizade, que ela possa
estender-se ao longo dos séculos, visto que temos muita coisa a fazer e para
isso jamais poderemos abrir mão de suas ideias, de sua presença e de sua ajuda.
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Paz e luz à irmã Maria Luiza e aos queridos familiares.
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