Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 12
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
78. É correto
afirmar que o sexo é, em muitos casos, instrumento de alucinação?
Sim. Essa afirmação
é do Dr. Bezerra de Menezes, que assim se expressou sobre o assunto: “O sexo,
na Terra, ainda é instrumento de alucinação, quando deveria ser abençoado
mecanismo de vida, construindo corpos que se transformam em oficinas de
iluminação e escolas de sublimação para os Espíritos em processo de crescimento
na direção de Deus. Graças ao fascínio que se deriva do prazer imediato, não
poucos indivíduos encarceram-se no gozo, distantes da responsabilidade e do
dever para com o seu parceiro, ou as consequências que sucedem ao ato sexual,
quais a fecundação, o aprisionamento na afetividade atormentada, abrindo
espaços para as ações criminosas do aborto delituoso e da separação
dilaceradora dos sentimentos. No seu aspecto mais grosseiro imana o indivíduo
às paixões asselvajadas, fixando-o nas faixas primárias do instinto, sem que a
razão ou o discernimento possa contribuir em favor da plenitude, antes
sacrificando aquele que se lhe entrega irracionalmente”. (Sexo e Obsessão,
capítulo 14: Visita oportuna.)
79. A ação do sexo
no comportamento da criatura humana vai além da existência corpórea e persiste
na chamada vida espiritual?
Sim. É incontestável
a ação do sexo no comportamento da criatura humana, e seus impulsos e sua
predominância no comportamento são tão vigorosos que vão além do corpo físico e
imprimem-se nos tecidos sutis do ser espiritual, continuando com suas
manifestações de variada ordem e exigindo respostas que, não sendo de superação
e sublimação, geram caos emocional e revinculam o ser ao carro orgânico que já
se consumiu. Revigora-se dessa forma a necessidade que se transforma em
tormento no Além-Túmulo, conduzindo a pessoa de volta aos estágios
perturbadores da organização somática. É nessa fase, nesse terrível transtorno,
que surgem as obsessões que são impostas às criaturas terrenas que estagiam na
mesma faixa de desejos ou entre os desencarnados do mesmo nível vibratório. (Obra
citada, capítulo 15: Sexo e obsessão.)
80. Por que, a cada
dia, se torna mais difícil a saúde sexual das pessoas?
Como mecanismo de
fuga dos compromissos de luta e de renovação, milhões de criaturas estúrdias e
ansiosas atiram-se aos resvaladouros das paixões sexuais, procurando no prazer
imediato e relaxante o que não conseguem através dos esforços renovadores do amor
sem jaça e do bem sem retribuição. Eis por que a obsessão do sexo, decorrente
do seu uso e sempre exigente de mais prazer, apresenta-se dominadora na
sociedade terrestre dos nossos dias. Cada vez mais chocantes, suas
manifestações alargam-se arrastando jovens e crianças inadvertidos ao paul da
depravação, em face da naturalidade com que os veículos de comunicação de massa
exibem-no em atitudes deploráveis e aterradoras a princípio, para se tornarem
naturais depois, através da saturação e da exorbitância, tornando-se mais grave
a situação das suas vítimas e mais controvertidos os métodos de reeducação e
preservação da saúde emocional, psíquica e moral da criatura humana que lhe
tomba nas malhas bem delicadas mas vigorosas. Simultaneamente, as legiões de Espíritos
viciosos e dependentes dos fluidos degenerativos das sensações perversas,
sincronizam suas mentes nesses comportamentos doentios, passando a sofrer-lhes
as injunções morbosas e devastadoras. A cada dia, mais difícil se torna a saúde
sexual das pessoas, em razão desses e de outros fatores que procedem de
reencarnações transatas, nas quais se comprometeram com os usos indevidos da
função sexual, ou utilizaram-se do sexo para fins ignóbeis. Essa atitude gera
processos danosos que as afligem, e obrigam-nas a retornar ao proscênio
terrestre em situações deploráveis, atormentadas ante a multiplicidade de
conflitos de comportamento, para logo tombarem nas viciações que ora predominam
nos grupamentos sociais, fazendo-as vítimas de si mesmas e de outros do mesmo
tipo, que se lhes acoplam em processos complexos de obsessões perversas e
devastadoras. (Obra citada, capítulo 15: Sexo e obsessão.)
81. Como as Leis
Soberanas da vida tratam os abusos na conduta sexual e seu abastardamento?
Tais abusos constituem
grave desrespeito às Leis Soberanas, cujo resgate se torna difícil e de longo
curso em províncias de sombra e de dores acerbas. A obra que ora estudamos
apresenta-nos casos dolorosos que mostram exatamente o que aguarda as criaturas
infelizes-infelicitadoras responsáveis por semelhantes condutas. (Obra citada,
capítulo 15: Sexo e obsessão.)
Sim. Ante a situação deplorável em que muitos estorcegam nas
malhas dos vícios referidos, a Lei os chamará ao sofrimento, para que despertem
para a realidade, para o significado da existência terrena, para os objetivos que têm pela frente,
utilizando-se do corpo, do sexo, mas não vivendo apenas e exclusivamente deles
ou para eles. A dor, a grande missionária silenciosa e dignificadora,
lentamente trabalhará o ser humano, admoestando-o, esclarecendo-o e
conduzindo-o à estrada reta, na qual se utilizará dos tesouros que se encontram
em toda parte para a autoiluminação e o crescimento na direção de Deus. (Obra
citada, capítulo 15: Sexo e obsessão.)
83. O marquês de
Sade cumpriu o acordo firmado com o Benfeitor e compareceu ao encontro com Rosa
Keller?
Sim. Parecendo
antigo paxá, que se fazia acompanhar de escravos, que ostentavam imensos leques
de plumas imundas, acolitando-o, o marquês chegou à Instituição, onde ocorreria
o encontro, e encaminhou-se à porta de acesso, onde foi recebido pelo Instrutor.
Os vigilantes da Instituição abriram alas para que passassem o convidado e
parte da sua comitiva, adentrando o salão de conferências onde foram
acomodados. (Obra citada, capítulo 16: O reencontro.)
84. O marquês
sentiu-se à vontade quando adentrou o recinto da reunião programada?
Mais ou menos. À
medida que ele se adentrava pela intimidade do recinto, foram desaparecendo-lhe
a arrogância e a autossuficiência, estampando-se no rosto, agora contraído, o
enfado, o desagrado, um quase arrependimento por haver aceito o desafio. (Obra
citada, capítulo 16: O reencontro.)
Observação:
Para acessar a parte 11 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/01/blog-post_30.html
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