segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

 



Sexo e Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 12

 

Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

78. É correto afirmar que o sexo é, em muitos casos, instrumento de alucinação?

Sim. Essa afirmação é do Dr. Bezerra de Menezes, que assim se expressou sobre o assunto: “O sexo, na Terra, ainda é instrumento de alucinação, quando deveria ser abençoado mecanismo de vida, construindo corpos que se transformam em oficinas de iluminação e escolas de sublimação para os Espíritos em processo de crescimento na direção de Deus. Graças ao fascínio que se deriva do prazer imediato, não poucos indivíduos encarceram-se no gozo, distantes da responsabilidade e do dever para com o seu parceiro, ou as consequências que sucedem ao ato sexual, quais a fecundação, o aprisionamento na afetividade atormentada, abrindo espaços para as ações criminosas do aborto delituoso e da separação dilaceradora dos sentimentos. No seu aspecto mais grosseiro imana o indivíduo às paixões asselvajadas, fixando-o nas faixas primárias do instinto, sem que a razão ou o discernimento possa contribuir em favor da plenitude, antes sacrificando aquele que se lhe entrega irracionalmente”. (Sexo e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.)

79. A ação do sexo no comportamento da criatura humana vai além da existência corpórea e persiste na chamada vida espiritual?

Sim. É incontestável a ação do sexo no comportamento da criatura humana, e seus impulsos e sua predominância no comportamento são tão vigorosos que vão além do corpo físico e imprimem-se nos tecidos sutis do ser espiritual, continuando com suas manifestações de variada ordem e exigindo respostas que, não sendo de superação e sublimação, geram caos emocional e revinculam o ser ao carro orgânico que já se consumiu. Revigora-se dessa forma a necessidade que se transforma em tormento no Além-Túmulo, conduzindo a pessoa de volta aos estágios perturbadores da organização somática. É nessa fase, nesse terrível transtorno, que surgem as obsessões que são impostas às criaturas terrenas que estagiam na mesma faixa de desejos ou entre os desencarnados do mesmo nível vibratório. (Obra citada, capítulo 15: Sexo e obsessão.)

80. Por que, a cada dia, se torna mais difícil a saúde sexual das pessoas?

Como mecanismo de fuga dos compromissos de luta e de renovação, milhões de criaturas estúrdias e ansiosas atiram-se aos resvaladouros das paixões sexuais, procurando no prazer imediato e relaxante o que não conseguem através dos esforços renovadores do amor sem jaça e do bem sem retribuição. Eis por que a obsessão do sexo, decorrente do seu uso e sempre exigente de mais prazer, apresenta-se dominadora na sociedade terrestre dos nossos dias. Cada vez mais chocantes, suas manifestações alargam-se arrastando jovens e crianças inadvertidos ao paul da depravação, em face da naturalidade com que os veículos de comunicação de massa exibem-no em atitudes deploráveis e aterradoras a princípio, para se tornarem naturais depois, através da saturação e da exorbitância, tornando-se mais grave a situação das suas vítimas e mais controvertidos os métodos de reeducação e preservação da saúde emocional, psíquica e moral da criatura humana que lhe tomba nas malhas bem delicadas mas vigorosas. Simultaneamente, as legiões de Espíritos viciosos e dependentes dos fluidos degenerativos das sensações perversas, sincronizam suas mentes nesses comportamentos doentios, passando a sofrer-lhes as injunções morbosas e devastadoras. A cada dia, mais difícil se torna a saúde sexual das pessoas, em razão desses e de outros fatores que procedem de reencarnações transatas, nas quais se comprometeram com os usos indevidos da função sexual, ou utilizaram-se do sexo para fins ignóbeis. Essa atitude gera processos danosos que as afligem, e obrigam-nas a retornar ao proscênio terrestre em situações deploráveis, atormentadas ante a multiplicidade de conflitos de comportamento, para logo tombarem nas viciações que ora predominam nos grupamentos sociais, fazendo-as vítimas de si mesmas e de outros do mesmo tipo, que se lhes acoplam em processos complexos de obsessões perversas e devastadoras. (Obra citada, capítulo 15: Sexo e obsessão.)

81. Como as Leis Soberanas da vida tratam os abusos na conduta sexual e seu abastardamento? 

Tais abusos constituem grave desrespeito às Leis Soberanas, cujo resgate se torna difícil e de longo curso em províncias de sombra e de dores acerbas. A obra que ora estudamos apresenta-nos casos dolorosos que mostram exatamente o que aguarda as criaturas infelizes-infelicitadoras responsáveis por semelhantes condutas. (Obra citada, capítulo 15: Sexo e obsessão.)

82. A dor e o sofrimento são chamados a exercer algum papel no processo de reajustamento moral das pessoas que se perdem sob as malhas dos vícios sexuais e de outros que os acompanham, como o alcoolismo, o tabagismo e a dependência química?

Sim. Ante a situação deplorável em que muitos estorcegam nas malhas dos vícios referidos, a Lei os chamará ao sofrimento, para que despertem para a realidade, para o significado da existência terrena, para os objetivos que têm pela frente, utilizando-se do corpo, do sexo, mas não vivendo apenas e exclusivamente deles ou para eles. A dor, a grande missionária silenciosa e dignificadora, lentamente trabalhará o ser humano, admoestando-o, esclarecendo-o e conduzindo-o à estrada reta, na qual se utilizará dos tesouros que se encontram em toda parte para a autoiluminação e o crescimento na direção de Deus. (Obra citada, capítulo 15: Sexo e obsessão.)

83. O marquês de Sade cumpriu o acordo firmado com o Benfeitor e compareceu ao encontro com Rosa Keller?

Sim. Parecendo antigo paxá, que se fazia acompanhar de escravos, que ostentavam imensos leques de plumas imundas, acolitando-o, o marquês chegou à Instituição, onde ocorreria o encontro, e encaminhou-se à porta de acesso, onde foi recebido pelo Instrutor. Os vigilantes da Instituição abriram alas para que passassem o convidado e parte da sua comitiva, adentrando o salão de conferências onde foram acomodados. (Obra citada, capítulo 16: O reencontro.)

84. O marquês sentiu-se à vontade quando adentrou o recinto da reunião programada?

Mais ou menos. À medida que ele se adentrava pela intimidade do recinto, foram desaparecendo-lhe a arrogância e a autossuficiência, estampando-se no rosto, agora contraído, o enfado, o desagrado, um quase arrependimento por haver aceito o desafio. (Obra citada, capítulo 16: O reencontro.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 11 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/01/blog-post_30.html

 

 

 

 

 

 

 

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