quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

 



Revista Espírita de 1862

 

Allan Kardec

 

Parte 12

 

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial da Revista Espírita do ano de 1862, periódico editado e dirigido por Allan Kardec. O estudo é baseado na tradução feita por Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

A coleção do ano de 1862 pertence a uma série iniciada em janeiro de 1858 por Allan Kardec, que a dirigiu até 31 de março de 1869, quando desencarnou.

Cada parte do estudo, que é apresentado às quartas-feiras, compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

 

Questões preliminares

 

A. O apego ao dinheiro cria dificuldades para os desencarnados?

B. Qual é o principal efeito da prece?

C. Como os imortais analisam a vingança?

 

Texto para leitura

 

124. O caso François Riquier, um solteirão avarento, que deixou aos colaterais uma fortuna considerável, é mostrado na Revista, comprovando que o apego ao dinheiro perturba as pessoas, mesmo depois da morte. O caso prova também que o Espírito pode conservar, durante muitos anos, a ideia de ainda pertencer ao mundo corpóreo. Essa ilusão não é exclusiva dos casos de morte violenta; parece ser consequência da materialidade da vida terrena. (PP. 246 e 247)

125. O valor da prece é destacado por duas comunicações transmitidas por Angèle Rouget e Santo Agostinho. Eis os ensinamentos que nelas se contêm:

I - Há preces que “não trazem o selo do perdão”.

II - O principal efeito da prece é agir sobre o moral do Espírito, tanto para o acalmar, quanto para o conduzir ao bem.

III - Trazendo-o ao bem, a prece apressa a clemência do julgamento supremo, que sempre perdoa o pecador arrependido.

IV - A prece é como um orvalho benéfico que torna menos árida a terra ressequida.

V - As preces dos encarnados têm o mérito das emanações terrenas, que sobem voluntariamente a Deus.

VI - O encarnado que ora pelo próximo cumpre nobre tarefa dos Espíritos.

VII - A prece é, para os Espíritos protetores, um dever; para os homens, uma abnegação. (PP. 247 a 250)

126. Em duas comunicações transmitidas no grupo de Sainte-Gemme, Hippolyte Fortoul fala do crescimento da ideia espírita na França e diz que uma consciência pura, uma caridade e uma humildade sem limites, eis a melhor das preces para chamar a si o Espírito Santo. (PP. 250 e 251)

127. Lamennais e Pierre Ange, na Sociedade Espírita de Paris, falam da importância do perdão e do equívoco da vingança. Nesta, existe algo de ímpio e de degradante para o Espírito. A vingança é incompatível com a perfeição. Enquanto uma alma conservar tal sentimento, ficará nos porões do mundo espiritual. (PP. 251 a 253)

128. A Revista noticia o lançamento do primeiro livro de mensagens espíritas do grupo de Brotteaux. (P. 253)

129. O número de setembro começa com a transcrição do discurso de inauguração de mais um grupo espírita em Bordeaux, feito por seu fundador, Sr. Condat, em março de 1862. (PP. 255 a 260)

130. Tendo pregado em Marmande, em maio/1862, o Frei F..., dominicano, num de seus últimos sermões, atirou algumas pedras contra o Espiritismo. O Sr. Dombre, desejando discutir mais profundamente o assunto, mandou a ele uma carta, sob o pseudônimo de um católico. A carta foi transcrita pela Revista. Frei F... percebeu que o autor da carta era espírita, e não católico. Ciente, porém, de que naquela cidade quanto mais se fala contra o Espiritismo mais prosélitos se fazem, o clérigo partiu sem jamais voltar ao assunto. (PP. 260 a 263)

131. A Revista publica carta enviada por A. Gassier, um dos membros da Sociedade Espírita de Paris, às diretoras de um pensionato onde estuda uma de suas filhas, na capital francesa. Na carta, o confrade protesta contra as grosserias assacadas por um certo professor contra as pessoas que se dedicam às manifestações espíritas, chamando-as de jograis, enganadas ou estúpidas. Kardec lamenta a imprudência do detrator, lembrando-lhe que na França havia, àquela época, tantos espíritas quantos judeus e protestantes. (PP. 264 a 266)

132. Reportando-se ao resultado que a crença espírita pode produzir, Kardec fala das pessoas educadas desde a infância nas ideias espíritas. Mais dóceis, mais submissas, mais respeitadoras, a certeza da presença dos familiares queridos, que as veem incessantemente e com os quais podem entreter-se, é-lhes um freio poderoso, pelo medo salutar que isso inspira. “Quando a geração for educada nas crenças espíritas, ver-se-á outra juventude, mais estudiosa e menos turbulenta”, assevera o codificador do Espiritismo. (P. 267)

133. Finda a era da troça e da ironia, os inimigos do Espiritismo ensaiaram um outro meio: a perseguição. A Revista noticia vários casos que chocam a pessoa mais insensível e, por isso, não vale a pena relembrar. (PP. 267 a 272)

134. A Revista relata um curioso caso de reconciliação promovida pelos Espíritos. (PP. 272 e 273) (Continua no próximo número.)

 

Respostas às questões propostas

 

A. O apego ao dinheiro cria dificuldades para os desencarnados?

Sim, como mostra o caso François Riquier, um solteirão avarento, que deixou aos colaterais uma fortuna considerável. O apego ao dinheiro perturba as pessoas, mesmo depois da morte, as quais podem conservar durante muitos anos a ideia de ainda pertencerem ao mundo corpóreo. Essa ilusão não é exclusiva dos casos de morte violenta, mas também uma consequência da materialidade da vida terrena. (Revista Espírita de 1862, pp. 246 e 247.)

B. Qual é o principal efeito da prece?

O principal efeito da prece é agir sobre o moral do Espírito, tanto para o acalmar, quanto para o conduzir ao bem. Trazendo-o ao bem, a prece apressa a clemência do julgamento supremo, que sempre perdoa o pecador arrependido. A prece é como um orvalho benéfico que torna menos árida a terra ressequida. (Obra citada, pp. 247 a 250.)

C. Como os imortais analisam a vingança?

Em mensagens transmitidas na Sociedade Espírita de Paris, Lamennais e Pierre Ange falam da importância do perdão e do equívoco da vingança. Nesta, existe algo de ímpio e de degradante para o Espírito. A vingança é incompatível com a perfeição. Enquanto uma alma conservar tal sentimento, ficará nos porões do mundo espiritual. (Obra citada, pp. 251 a 253.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 11 deste estudo, publicada na semana passada, clique em https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/02/blog-post_15.html

 

 

 

 

 

 

Como consultar as matérias deste blog?  Se você não conhece ainda a estrutura deste blog, clique neste linkhttp://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário