CINCO-MARIAS
Alimentação infantil: uma tarefa diária
EUGÊNIA PICKINA
eugeniapickina@gmail.com
A educação exige os
maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida. Sêneca
Lidar com a
alimentação infantil não é fácil. Essa é uma tarefa cotidiana e que depende
muito da rotina familiar da família. Sentar à mesa para comer em horários
determinados, oferecer alimentos adequados para a saúde e evitar distrações –
celulares, TV ligada – são atitudes que envolvem responsabilidade e consciência
por parte dos adultos.
Sempre é bom lembrar
que a criança aprende pelo exemplo. Não adianta querer que ela coma cenoura,
arroz ou tomate se o pai, por exemplo, prefere hambúrguer e batatas fritas no
jantar…
Há crianças que comem
bem. Há crianças que comem como um passarinho. Comparar um filho aos irmãos ou
aos filhos de amigos é sempre pouco instrutivo. No dia a dia, o importante é
que o cardápio da criança seja equilibrado e variado. Além disso, o
acompanhamento pediátrico é essencial para avaliar o desenvolvimento e
bem-estar da criança.
Em algum momento
rejeitar alimento é atitude normal. Se a criança não quer comer, respeite-a. O
que não é benéfico é substituir o almoço por alimentos menos saudáveis e com
isso dar início a um péssimo hábito.
Pais que se preocupam
em fazer a criança alimentar-se bem devem evitar oferecer a ela alimentos
industrializados – papinhas de prateleira, bolachas recheadas, salgadinhos etc.
– ou seja, produtos que a indústria cria para tornar a comida caseira natural
“pouco interessante”. Sim, pois à medida que esses produtos combinam sal,
açúcar e gordura, entre outras coisas, dão uma sensação de prazer que nenhum
prato de arroz e feijão e verdura consegue vencer. O resultado? Criança
dependente de junk food e desnutrida.
A alimentação, na
verdade, começa na cozinha, no momento do preparo dos alimentos. Desde cedo
instigue a curiosidade da criança, deixe ela amassar, mexer e, conforme adquira
senso e entendimento, estimule-a a participar da preparação dos pratos.
Hora de eleger os
alimentos? Ir à feira, instruir-se sobre os alimentos, fazer horta, colher,
lavar alface, batata, escolher receitas, tudo isso faz parte da educação
alimentar da criança e ativa, desde o começo da vida, o gosto por alimentos
naturais e saudáveis.
Notinha
Infelizmente, em todo
o mundo e no Brasil, com o passar dos anos, houve uma drástica mudança no
comportamento alimentar das casas. As crianças passaram a ter contato com
alimentos industrializados e hipercalóricos, e se afastaram das frutas e de
outros alimentos naturais e saudáveis. Estar comprometido com a saúde e deixar de
lado os alimentos ricos em gorduras e açúcares é fundamental para que a família
consiga manter a rotina de uma alimentação saudável. No dia a dia, é importante
escolher versões integrais dos cereais e farinhas, como massas, arroz e pães,
aumentar o consumo de verduras e legumes, e cortar do cardápio os alimentos
ultraprocessados, redes de fast food e os refrigerantes.
*
Eugênia
Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia
Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros
infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da
consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).
Especialista
em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), ministra
cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de
São Paulo e no Paraná, onde vive.
Seu
contato no Instagram é @eugeniapickina
Como consultar as matérias deste
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