CINCO-MARIAS
10 sugestões que
favorecem, em casa, o respeito às regras
EUGÊNIA PICKINA
“Educação para a vida deveria incluir
aulas de solidão.” Mauro Santayana
Algumas sugestões que ajudam os pais a
orientar os filhos para que no dia a dia respeitem e/ou obedeçam às regras:
1. Tenha certeza do que fala, ou seja,
fale objetivamente o que espera que seu filho faça e o que pode acontecer se
não obedecer.
2. Filhos contrariados choram. Isso faz
parte dos cenários domésticos. Contudo, lidar com a frustração faz parte do
desenvolvimento do ser humano, pois é na infância que começamos a experimentar
situações que muitas vezes se chocarão com os nossos desejos. E esse
treinamento nos ajudará a superar problemas no presente e no futuro.
3. Evite explicar demais. Crianças não
precisam de longos discursos sobre as razões pelas quais podem ou não fazer
determinadas coisas. Basta falar de modo simples e objetivo.
4. Procure escutar seu filho. Ao dar um
comando, use de bom senso quando ele tentar negociar para alcançar um acordo.
Entabulado o combinado, se for o caso, a criança cumprirá de modo mais
eficiente o comando e vocês, os pais, ficarão satisfeitos.
5. Preste atenção no “sim" e no
“não". Eles devem ser definitivos e as regras combinadas entre os pais e
longe dos filhos. Nada pior que um dos pais tirar a autoridade do outro. Na
verdade, é preciso haver uma concordância entre os pais a respeito da educação
dos filhos. Essa congruência favorece a obediência.
6. Seja firme, ponderado. Demonstre
autoridade com uma fala objetiva e com tom de voz firme, porém amigo. Aja com
bom senso ao dar um comando ou estipular alguma regra. De nada adianta pedir
algo que está além da capacidade de compreensão da criança. É preciso estar
atento à faixa etária do filho.
7. Dê atenção e amor. Participe do
cotidiano do filho, pergunte sobre a escola. Elogie bons comportamentos, pois é
importante reconhecer suas boas ações e atitudes.
8. Fique em alerta com a desobediência
frequente. Isso pode indicar que algo está errado e a frustração dos pais
muitas vezes inspira palavras e modos rudes, violentos. Se perceber que vai
perder o controle, saia do ambiente em que está a criança e só volte quando
estiver sereno e seguro do que irá falar e fazer.... Expressar-se dominado pela
raiva nunca ajuda o processo de orientação da criança.
9. Às vezes a criança precisa ouvir
“não”. E procure fazê-lo de forma educada, calma, segura. Isso não magoa a
criança, mas a torna mais confiante e segura. Nenhum de nós ouvirá apenas “sim”
e é importante treinar isso desde cedo.
10. Impor limites é parte fundamental
na educação da criança. No dia a dia, os filhos não adivinham o que devem fazer
e se sentem inseguros se não tiver alguém tomando conta deles, conduzindo seu
comportamento, esclarecendo as regras nos momentos de experiências, sejam
repetidas ou novas. Limites são bons para as crianças e dão consistência aos
pais.... A família é mais saudável quando todos têm clareza sobre regras e
limites.
*
Eugênia
Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia
Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros
infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da
consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).
Especialista
em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP),
ministra cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no
estado de São Paulo e no Paraná, onde vive.
Seu
contato no Instagram é @eugeniapickina
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