sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Suicídio de crianças: como explicar?



Uma leitora radicada em São Paulo pede que comentemos o caso do suicídio de um menino de 11 anos, ocorrido em uma cidade de Mato Grosso do Sul. O garoto havia dito à sua mãe que se jogaria da janela do apartamento em que morava, localizado no 13º andar do seu prédio. A mãe não deu importância à conversa. Três dias depois, quando somente ele e uma irmã estavam em casa, o garoto cortou a tela protetora do cômodo onde se encontrava e se jogou pela janela.
Teria sido o suicídio induzido por algum Espírito?
É difícil responder se o ato suicida teve ou não a participação de Espíritos, embora o fato seja perfeitamente possível.
Gerson Simões Monteiro, vice-presidente da Rádio Rio de Janeiro, em artigo publicado algum tempo atrás na revista “O Consolador”, reportou-se ao caso de Hilda, uma jovem suicida que, após sua desencarnação, declarou que a influência de Espíritos obsessores havia constituído um fator importante no seu ato suicida. Eis o link que remete ao artigo: http://www.oconsolador.com.br/ano2/72/especial.html.
O depoimento da jovem Hilda foi publicado originalmente no livro Vozes do Grande Além, obra mediúnica de autoria de Espíritos Diversos, por intermédio das faculdades psicofônicas de Chico Xavier. Eis parte da mensagem transmitida por Hilda:

“Obsidiada fui eu, é verdade.
Jovem caprichosa, contrariada em meus impulsos afetivos, acariciei a ideia da fuga, menoscabando todos os favores que a Providência Divina me concedera à estrada primaveril.
Acalentei a ideia do suicídio com volúpia e, com isso, através dela, fortaleci as ligações deploráveis com os desafetos de meu passado, que falava mais alto no presente.
Esqueci-me dos generosos progenitores, a quem devia ternura; dos familiares, junto dos quais me empenhara em abençoadas dívidas de serviço; olvidei meus amigos, cuja simpatia poderia tomar por valioso escudo em minha justa defesa, e desviei-me do campo de sagradas obrigações, ignorando deliberadamente que elas, representavam os instrumentos de minha restauração espiritual.
Refletia no suicídio com a expectação de quem se encaminhava para uma porta libertadora, tentando, inutilmente, fugir de mim mesma.
E, nesse passo desacertado, todas as cadeias do meu pretérito se reconstituíram, religando-me às trevas interiores, até que numa noite de supremo infortúnio empunhei a taça fatídica que me liquidaria a existência na carne.”

Na Revista Espírita de maio de 1862, Kardec menciona o caso de Maximilien, um menino de 12 anos, cujo suicídio teria sido motivado, conforme consta do relato, por uma mulher de nome Elvire.
Elvire existiu realmente ou não passava de uma criação da mente de Maximilien?
Pela leitura do diálogo entre o Espírito de Maximilien e o evocador, Elvire realmente existiu, embora não haja registro de que ela e o garoto tenham tido algum relacionamento em existências passadas, o que, porém, nos parece bastante provável.
Segundo o Espiritismo, as pessoas que por motivos tolos se afastam, ainda que se amem, podem ficar apartadas por inúmeras encarnações, e esse distanciamento, essa impossibilidade de se unirem, constitui uma forma de expiação da falta cometida.
Em face dos dois casos ora mencionados, não se pode descartar a influência direta ou indireta de Espíritos no suicídio do menino de Mato Grosso do Sul, o qual, como todos os Espíritos que passam por igual situação, necessita muito das preces e das vibrações positivas de seus pais, colegas e amigos.



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