Continuamos ontem à noite os estudos que fazemos
semanalmente no Centro Espírita Nosso Lar (Londrina, PR), relativamente ao livro
Ação e Reação, de André Luiz, obra
mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957
pela Federação Espírita Brasileira.
A seguir, o texto desta semana:
Questões para debate
A. A evolução para Deus pode ser
comparada a uma viagem?
B. Que devemos entender por
regime de sanções?
C. Em face das sanções referidas
na questão anterior, que valor tem então a prece?
Texto para leitura
123. As enfermidades corretivas - Na sequência,
disse Druso que é por isso que todos nós, para o recomeço das lides carnais,
solicitamos o regime de sanções, ou alguém, em nosso nome, o faz, quando não
dispomos do direito de fazê-lo. Por regime de sanções não se devem entender
as lutas morais dentro do lar, nem a reaproximação com os Espíritos de que
sejamos devedores, mas sim as providências retificantes, depois de muitas
quedas reiteradas nos mesmos deslizes e deserções, que imploramos em favor de
nós e em nós mesmos, como as deficiências congeniais com que ressurgimos no
berço físico. Os que perderam oportunidades de trabalho na Terra pela ingestão
de elementos corrosivos, como o álcool e outros tóxicos, tanto quanto os
cultores da gula, atravessam quase sempre o sepulcro como suicidas indiretos e,
despertando para a obra de reajuste indispensável, imploram o regresso à carne
em corpos inclinados desde a infância à estenose do piloro, à ulceração
gástrica, ao desequilíbrio do pâncreas, à colite e às múltiplas enfermidades
do intestino... Inteligências notáveis, com sucessivas quedas morais, através
da leviandade com que se utilizaram do esporte e da dança, pedem formas
orgânicas ameaçadas de paralisia e reumatismo, visitadas de achaques e neoplasmas
diversos, que lhes obstem os movimentos. Druso pormenorizou diversas outras
situações, mostrando que a deficiência tem relação íntima com o vício ou a
queda que lhe deram ensejo. "A cegueira, a mudez, a idiotia, a surdez, a
paralisia, o câncer, a lepra, a epilepsia, o diabete, o pênfigo, a loucura e
todo o conjunto das moléstias dificilmente curáveis – explicou Druso –
significam sanções instituídas pela Misericórdia Divina, portas a dentro da
Justiça Universal, atendendo-nos aos próprios rogos, para que não venhamos a
perder as bênçãos eternas do espírito a troco de lamentáveis ilusões
humanas." (Cap. 19, pp. 257 e 258)
124. O bem é o verdadeiro antídoto do mal - Druso
informou que existem institutos especiais que providenciam as deficiências
orgânicas pedidas pelos Espíritos reencarnantes. Aliás, a Bondade do Senhor
permite-nos a graça de suplicar tais impedimentos, porque o reconhecimento de
nossas fraquezas e transgressões "nos faz imenso bem ao espírito
endividado". "A humildade, em qualquer situação, acende luz em nossas
almas, gerando, em torno de nós, abençoados recursos de simpatia
fraterna", acrescentou o diretor, explicando que, ainda que não pedíssemos
a aplicação daquelas penas, nossa posição não se modificaria, porquanto
"a prática do mal opera lesões imediatas em nossa consciência, que,
entrando em condição desarmônica, desajusta, ela própria, os centros de força
em que se mantém". "Desse modo, os nossos institutos de trabalho para
a reencarnação colaboram para que todos venhamos a receber na ribalta terrestre
a vestimenta carnal merecida." Por que, então, a súplica, rogando essa ou
aquela medida, atinente à nossa reeducação? A esta observação de Hilário, Druso
respondeu em voz grave: "Oh! não formule semelhante problema! A prece, no
sentido a que aludimos, é sempre um atestado de boa vontade e compreensão, no
testemunho da nossa condição de Espíritos devedores... Sem dúvida, não poderá
modificar o curso das leis, diante das quais nos fazemos réus sujeitos a penas
múltiplas, mas renova-nos o modo de ser, valendo não só como abençoada
plantação de solidariedade em nosso benefício, mas também como vacina contra
reincidência no mal. Além disso, a prece faculta-nos a aproximação com os
grandes benfeitores que nos presidem os passos, auxiliando-nos a organização de
novo roteiro para a caminhada segura". Depreendia-se das palavras do
diretor que, ao nos reencarnarmos, conduzimos conosco os remanescentes de
nossas faltas, que nos partilham o renascimento, no corpo físico, como raízes
congeniais dos males que nós mesmos plantamos. Essas assertivas não excluem,
contudo, a necessidade de assepsia e higiene, medicação e cuidados, no tratamento
dos enfermos de qualquer procedência. "Desejamos simplesmente acentuar –
asseverou Druso – que a alma ressurge no equipamento físico transportando
consigo as próprias falhas a se lhe refletirem na veste carnal, como zonas
favoráveis à eclosão de determinadas moléstias, oferecendo campo propício ao
desenvolvimento de vírus, bacilos e bactérias inúmeros, capazes de conduzi-la
aos mais graves padecimentos, de acordo com os débitos que haja contraído, mas
também carreia consigo as faculdades de criar no próprio cosmo orgânico todas
as espécies de anticorpos, imunizando-se contra as exigências da carne, faculdades
essas que pode ampliar consideravelmente pela oração, pelas disciplinas
retificadoras a que se afeiçoe, pela resistência mental ou pelo serviço ao
próximo com que atrai preciosos recursos em seu favor." "Não podemos
esquecer que o bem é o verdadeiro antídoto do mal", acentuou o diretor.
(Cap. 19, pp. 259 e 260)
Respostas às questões propostas
A. A evolução para Deus pode ser comparada a uma viagem?
Sim. É da mente clareada pela razão, sede dos princípios
superiores que governam a individualidade, que partem as forças que asseguram
o equilíbrio orgânico, por intermédio de raios que vitalizam os centros perispiríticos,
em cujos meandros se localizam as chamadas glândulas endócrinas, que, a seu
turno, despedem recursos que nos garantem a estabilidade do campo celular.
Segundo Druso, "todos os estados acidentais das formas de que nos
utilizamos, no espaço e no tempo, dependem, assim, do comando mental". A
evolução para Deus pode, pois, ser comparada a uma viagem divina: "O bem
constitui sinal de passagem livre para os cimos da Vida Superior, enquanto que
o mal significa sentença de interdição, constrangendo-nos a paradas mais ou
menos difíceis de reajuste". (Ação e Reação, cap. 19, pp. 254 a 256.)
B. Que devemos entender por regime de
sanções?
Diz Druso que todos nós, para o recomeço das lides carnais,
solicitamos o regime de sanções, ou alguém, em nosso nome, o faz, quando não
dispomos do direito de fazê-lo. Por regime de sanções não se devem entender
as lutas morais dentro do lar, nem a reaproximação com os Espíritos de que
sejamos devedores, mas sim as providências retificantes, depois de muitas
quedas reiteradas nos mesmos deslizes e deserções, que imploramos em favor de
nós e em nós mesmos, como as deficiências congeniais com que ressurgimos no
berço físico. Os que perderam oportunidades de trabalho na Terra pela ingestão
de elementos corrosivos, como o álcool e outros tóxicos, tanto quanto os
cultores da gula, atravessam quase sempre o sepulcro como suicidas indiretos e,
despertando para a obra de reajuste indispensável, imploram o regresso à carne
em corpos inclinados desde a infância à estenose do piloro, à ulceração
gástrica, ao desequilíbrio do pâncreas, à colite e às múltiplas enfermidades
do intestino. Inteligências notáveis, com sucessivas quedas morais, através da
leviandade com que se utilizaram do esporte e da dança, pedem formas orgânicas
ameaçadas de paralisia e reumatismo, visitadas de achaques e neoplasmas
diversos, que lhes obstem os movimentos. "A cegueira, a mudez, a idiotia,
a surdez, a paralisia, o câncer, a lepra, a epilepsia, o diabete, o pênfigo, a
loucura e todo o conjunto das moléstias dificilmente curáveis – explicou Druso
– significam sanções instituídas pela Misericórdia Divina, portas adentro da
Justiça Universal, atendendo-nos aos próprios rogos, para que não venhamos a
perder as bênçãos eternas do espírito a troco de lamentáveis ilusões
humanas." (Obra citada, cap. 19, pp. 257 e 258.)
C. Em face das sanções referidas na questão anterior, que valor
tem então a prece?
A prece é sempre um atestado de boa vontade e compreensão,
no testemunho da nossa condição de Espíritos devedores. Sem dúvida, não poderá
modificar o curso das leis, diante das quais nos fazemos réus sujeitos a penas
múltiplas, mas renova-nos o modo de ser, valendo não só como abençoada
plantação de solidariedade em nosso benefício, mas também como vacina contra
reincidência no mal. Além disso, a prece faculta-nos a aproximação com os
grandes benfeitores que nos presidem os passos, auxiliando-nos a organização de
novo roteiro para a caminhada segura. Apesar das dificuldades que enfrenta, a
criatura humana carreia consigo a faculdade de criar no próprio cosmo orgânico
todas as espécies de anticorpos, imunizando-se contra as exigências da carne,
faculdades essas que pode ampliar consideravelmente pela oração, pelas
disciplinas retificadoras a que se afeiçoe, pela resistência mental ou pelo
serviço ao próximo, com que atrai preciosos recursos em seu favor. "Não
podemos esquecer - disse Druso - que o bem é o verdadeiro antídoto do
mal." (Obra citada, cap. 19, pp. 259 e 260.)
N.R. -
Para acessar e ler o texto da semana passada, clique em http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2015/01/ninguem-se-eleva-pleno-ceu-sem-plena.html
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