Concluímos na terça-feira à noite, no Centro Espírita Nosso
Lar, de Londrina (PR), os estudos do livro Ação
e Reação, de André Luiz, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco
Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.
A seguir, as matérias estudadas na derradeira reunião.
Questões
para debate
A. Aída percebeu naquele momento que estava diante de Druso
e Silas?
B. Que providências Druso tomou em seguida?
C. Que solução foi arquitetada, na sequência, para o caso
Druso-Aída?
Texto para leitura
128. O reencontro
com a madrasta – Druso jazia entregue a lágrimas copiosas. Silas
passou, então, a socorrer a infeliz. "Como te chamas?", perguntou-lhe
o Assistente. "Aída", respondeu a entidade. Silas então indagou-lhe,
com voz trêmula: "Aída, se és a esposa de Druso, como nos fazes crer, não
te recordas de mais alguém? De mais alguém que te partilhasse no mundo a vida
no lar?" Oh! sim... – retrucou a interlocutora com indizível carinho –
lembro-me... lembro-me... Meu esposo trazia um filho das primeiras núpcias, um
jovem médico de nome Silas..." Em seguida, dando a perceber a extrema
fixação mental a que se ajustava, exclamou sussurrante: "Onde está Silas que
também não me ouve? A princípio... contrariava-se com a minha presença...
Entretanto... com o tempo... tornou-se-me um filho do coração, condescendente
amigo... Silas!... sim... sim... quem me fez recordar o passado?!..." A
surpresa de André era enorme, sobretudo quando viu que Druso e Silas caíram de
joelhos em pranto insofreável. Num átimo, ele e Hilário entenderam tudo,
rememorando a noite inolvidável em
que Silas lhe falara de sua história. A pobre dementada era
Aída, a madrasta sofredora. Somente então percebiam que o diretor e o
Assistente haviam sido, na Terra, pai e filho. Druso, num gesto enternecedor,
recolheu Aída nos braços generosos e, genuflexo, após conchegá-la de encontro
ao peito, exclamou para o Alto, com voz sumida em lágrimas: "Obrigado,
Senhor!... Os penitentes como eu encontram igualmente o seu dia de graças!...
Agora que me devolves ao coração criminoso a companheira que envenenei no
mundo, dá-me forças para que eu possa erguê-la do abismo de sofrimento a que se
precipitou por minha culpa!..." Os soluços embargaram a voz do diretor,
enquanto vasto jorro de safirina luz fluía do teto, como se a Infinita Bondade
respondesse, de imediato, à comovente súplica. Silas, muito abatido, ajudou-o a
levantar-se e ambos se afastaram, carregando consigo aquele trapo de mulher,
com a emoção de quem conquistara valioso troféu. (Cap. 20, pp. 267 e 268)
129. Druso
despede-se para reencarnar – No dia seguinte, Silas estava envolto da
alegria misteriosa de quem havia solucionado um problema longamente sofrido.
Druso e ele tinham sido pai e filho na última existência. Havendo ambos
recebido a necessária permissão para trabalhar em busca de Aída, cuja perda
haviam provocado, devotaram-se ao serviço da Mansão, sob o beneplácito de
amigos do Plano Superior. Ao preço de tremendas lutas, chegaram a conquistar
amizades sólidas e experiências notáveis, mas a recordação da jovem sacrificada
constituía-lhes envenenado acúleo nos refolhos do ser. Era necessário a ambos
ressarcir o infamante débito. Esperançoso, ele contou então que dentro de três
dias seu pai deixaria o encargo de diretor da instituição, alçando-se à
companhia de sua mãe, para juntos regressarem à carne. Seu pai partiria
primeiro, pouco depois sua mãe o seguiria e, mais tarde, ele, como primogênito,
e Aída renasceriam como filhos de Druso e sua esposa, que renunciara à alegria
da ascensão imediata, em benefício deles. Hilário perguntou se ele permaneceria
na Mansão. Silas respondeu: "Não. Com o afastamento de meu pai, obtive
permissão para ingressar em grande educandário, no qual me habilitarei para as
novas tarefas na medicina humana, com vistas à minha próxima romagem
terrestre". Três dias depois, em grande recinto da Mansão Paz, Druso e
Silas despediram-se dos amigos. O enorme salão estava repleto. No largo
estrado, em que se destacava a direção, Druso aparecia ao lado do Instrutor
Aranda, que iria substituí-lo, e da esposa querida, a mesma que lhe ofertara no
mundo os sonhos doces do primeiro matrimônio e cujos olhos serenos exprimiam
irradiante bondade. Outros benfeitores, incluindo Silas, ali também se
encontravam, atenciosos e emocionados. Na multidão dos ouvintes, André e
Hilário renteavam com os assessores e funcionários do grande hospital-escola,
ao pé de mais de trezentos internos. Todos os enfermos, abrigados e servidores
vinham trazer a Druso preciosos testemunhos de reconhecimento, e as
manifestações comovedoras multiplicavam-se, incessantes. (Cap. 20, pp. 269 e
270)
130. Despedidas
– Enquanto música leve nascia de instrumentos ocultos, espalhando-se em
surdina, todos os doentes, em fila movimentada, queriam dizer uma palavra ao
abnegado Instrutor que os acolhera, generoso. Velhinhos trêmulos abençoavam-lhe
o nome, irmãs, cujo aspecto falava de laboriosa renovação, ofertavam-lhe as
flores torturadas e tristes que o clima inquietante da Mansão era capaz de
produzir, entidades diversas, recuperadas ao hálito de seu incansável
devotamento, endereçavam-lhe expressões respeitosas e amigas, enquanto jovens
inúmeros lhe osculavam as mãos... Druso possuía para todos uma frase de
enternecimento e carinho. O novo diretor, após a cerimônia simples de
transmissão de responsabilidades, levantou-se e prometeu dirigir a casa com
lealdade a Nosso Senhor Jesus-Cristo. Em seguida, Druso ergueu-se e rogou permissão
para orar à despedida, e todas as frontes penderam silenciosas, enquanto a voz
dele se elevou para o Infinito, à maneira de melodia emoldurada de lágrimas. Em
sua rogativa, Druso agradeceu a Jesus tudo o que lhe fora proporcionado naquela
Casa e pediu ao Mestre que o acompanhasse, com a graça de sua bênção, no
momento em que retornava à esfera dos homens. "Não permitas – rogou o
Instrutor – que o reconforto do mundo me faça esquecer-te e constrange-me ao
convívio da humildade para que o orgulho me não sufoque. Dá-me a luta
edificante por mestra do meu resgate e não retires o teu olhar de sobre os meus
passos, ainda que, para isso, deva ser o sofrimento constante a marca de meus
dias." (Cap. 20, pp. 270
a 273)
Respostas às questões propostas
A. Aída percebeu
naquele momento que estava diante de Druso e Silas?
Não. A prova disso é que, mesmo quando conversava com
Silas, evidenciando a extrema fixação mental a que se ajustava, ela perguntou
ao Assistente: "Onde está Silas que também não me ouve?” A surpresa de
André diante do fato era enorme, sobretudo quando viu que Druso e Silas caíram
de joelhos em pranto insofreável. Foi então que ele e Hilário entenderam tudo,
rememorando a noite inolvidável em
que Silas lhe falara de sua história. A pobre dementada era
Aída, a madrasta sofredora, e Druso e Silas haviam sido, na Terra, pai e filho,
responsáveis diretos pela morte dela. (Ação
e Reação, cap. 20, pp. 267 e 268.)
B. Que
providências Druso tomou em seguida?
Primeiro, ele recolheu Aída nos braços generosos e,
genuflexo, após conchegá-la de encontro ao peito, exclamou para o Alto, com voz
sumida em lágrimas: "Obrigado, Senhor!... Os penitentes como eu encontram
igualmente o seu dia de graças!... Agora que me devolves ao coração criminoso a
companheira que envenenei no mundo, dá-me forças para que eu possa erguê-la do
abismo de sofrimento a que se precipitou por minha culpa!..." Os soluços
embargaram a voz do diretor, enquanto vasto jorro de safirina luz fluía do
teto, como se a Infinita Bondade respondesse, de imediato, à comovente súplica.
Silas, muito abatido, ajudou-o a levantar-se e ambos se afastaram, carregando
consigo aquele trapo de mulher, com a emoção de quem conquistara valioso
troféu. (Obra citada, cap. 20, pp. 267 e
268.)
C. Que solução
foi arquitetada, na sequência, para o caso Druso-Aída?
Segundo Silas, dentro de três dias seu pai deixaria o
encargo de diretor da instituição, alçando-se à companhia de sua mãe, para
juntos regressarem à carne. Druso partiria primeiro, pouco depois a mãe de Silas
o seguiria e, mais tarde, ele, como primogênito, e Aída renasceriam como filhos
de Druso e sua esposa, que renunciara à alegria da ascensão imediata, em
benefício deles. Quanto a Silas, ele próprio informou: "Com o afastamento
de meu pai, obtive permissão para ingressar em grande educandário, no qual me
habilitarei para as novas tarefas na medicina humana, com vistas à minha
próxima romagem terrestre". (Obra
citada, cap. 20, pp. 269 e 270.)
N.R. -
Para acessar e ler o texto da semana passada, clique em http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2015/02/ha-na-vida-dor-evolucao-dor-expiacao-e.html
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