terça-feira, 2 de agosto de 2016

Contos e crônicas



Considerações sobre a prece

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Muitos dizem que um chá de camomila ou erva-cidreira acalma o ânimo, abaixa a adrenalina causada por susto, ou tristeza, ou uma situação inesperada. Outros dizem que um copo de água com açúcar, água doce, também pode acalmar o estado de estresse pelo qual um corpo passa. Há outros chás e muitas maneiras para aquietarem a matéria. No entanto, há um recurso abençoado que serena, tranquiliza, protege e ampara o espírito, centelha divina, e, consequentemente, o corpo: a prece.
Este recurso não possui nenhuma contraindicação, apenas benefícios que transcendem tempo, lugar, dimensão. Entretanto, requer um estado infalível: a prece de coração puro, a prece sem palavras difíceis, pura e simplesmente com a linguagem do amor e da bondade. Quando um pedido, um agradecimento ou um reconhecimento pela nobreza da vida, criação de Deus, ganham energia verdadeira e humilde, é com a velocidade do pensamento que a prece atinge, pela permissão divina, o coração endereçado ou realiza a energia destinada para o nobre fim. A prece é balsâmica, curadora, protetora, apaziguadora e leva claridade onde antes era só escuridão.
À medida que compreendemos o seu benefício, também, assim, começamos a compreender que tudo na vida se propaga sob a forma de energia e o pensamento é uma das mais comprovadas maneiras de se considerá-la. O que pensamos, de alguma forma, já realizamos. Então, a essência do pensamento e do sentimento deve ser extremamente cautelosa e criteriosa e ainda de total responsabilidade de seu criador, pois além de ser responsável pela reação do seu ato, é com o criador que ficará a maior parte da energia criada, ou seja, não importando se a essência seja benfazeja ou o seu oposto.
Pois bem, a prece é um dos mais nobres recursos para a centelha começar a entender a vida, pois favorece o recolhimento, o autoconhecimento, a visão com mais calma e clareza, a valorização de mais uma existência muito ou pouco desenvolvida, o despertamento da sabedoria, a compreensão da imensurável essência e, no semblante, aparência da alma, a esperança e a felicidade começam a ser mais percebidas.
Quem já apreendeu o maravilhoso sentido da prece, sentiu o pulso da vida e a bondade divina; a ternura do sopro fresco durante as tardes de céu azul; o apaziguamento do coração após uma perturbadora ocasião; a força para o recomeço onde antes era campo de desilusão; a eternidade da alma através do horizonte restaurador como o tempo. Quem já apreendeu o abençoado sentido da prece também já aceitou e começou a levemente compreender que a vida é dádiva para a centelha criada por Deus e que as existências são personagens que propiciarão ao espírito a depuração até o seu mais nobre objetivo para um momento longínquo, mas objetivado: o da condição de espírito puro.
É mais do que comprovado o benefício da prece no aspecto completo da construção do ser. Então, o necessário é a vontade de ajudar-se primeiramente com a disciplina do recolhimento, a neutralização dos maus sentimentos, a bondade em pedir pelo necessitado e agradecer pela imensidão de nobres realizações, a vontade de se melhorar, de ser mais essência do que matéria, pois quando observamos a vida em seus detalhes surpreendentes, a prece sincera é luz a guiar o próprio coração e muitos outros que não aprenderam ainda esse recurso bendito disponível em todas as dimensões.
A prece é flor que nasce para perfumar e harmonizar o nosso eterno jardim e faz desabrochar as benfazejas características que estão latentes e que imprescindíveis nos são. A prece é para o espírito, como o alimento é para o corpo; como o ar também é para os pulmões; como o amor é para o coração.

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