As asas de um pássaro
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Setenta
vezes sete.
Recomeçar,
perdoar para viver, libertar-se.
Está
distante de ser fácil, mas é o melhor, principalmente para quem doa o perdão,
para quem deseja a liberdade.
Há pelo
menos quatro itens inquestionáveis para perdoar. O primeiro deles é aliviar o
coração, já que tristes episódios quando não assimilados transformam-se em
fardos inconsoláveis; o segundo, ter olhos para tantos felizes acontecimentos
que não podem ser percebidos quando se olha apenas para uma direção; o terceiro
é compreender que, por pior que seja o ocorrido, tão felizmente não foi quem
causou e doar o perdão é nobremente melhor do que ainda ser capaz de causar
dor; o quarto item é querer crescer para sentir o melhor da vida.
Na
história, grandes nomes não realizaram feitos carregando o peso da falta de
perdão, seus ideais eram bem mais nobres.
Muitas
vezes deveremos perdoar – há até um número recomendado – para assim sermos
perdoados outras tantas.
Também o
passarinho sofre quando algo o prejudica e causa-lhe dor, mas se alegra muito
mais quando canta a melodia do perdão voando pelo azul do céu em direção ao
horizonte.
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