segunda-feira, 19 de março de 2018





Velhos rifões

Casimiro Cunha

Que a maravilha dos grandes
Não te sirva de embaraço.
A jornada por mais longa,
Começa sempre de um passo.

Sem vida nova em Jesus
Nossa crença é muito estranha...
A raposa muda a pele
Conservando a velha manha.

Benefício acompanhado
De censura ou de papel
É bebida indesejável
Que sabe a vinagre e fel.

Na verdade, Deus é bom;
Mas se o filho é rude e mau,
Por vezes, descem do céu
Pedra e fogo, corda e pau.

A ventura de quem vive
De maldade e vilipêndio
É como a luz passageira
Que nasce de um grande incêndio.

Evita imitar no mundo
Os homens apaixonados
Que tratam alguns por filhos
E aos outros por enteados.

Não te esqueças da prudência
E aprende a falar talvez.
Crendo em tudo quanto escutas,
Tropeçarás muita vez.

No serviço alegre e são
A tua força concentra.
À porta de quem trabalha,
A fome espreita e não entra.

Fala pouco de ti mesmo,
Pois saúde e geração
Se forem muito apurados
Só trazem perturbação.

Não te rias de quem chora.
Toda dor faz ida e vinda
E a botija de vinagre
Tem muito vinagre ainda.


Do livro Coletânea do Além, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.




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