Sintomas precursores
da mediunidade
Este é o módulo 111 de uma série que
esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita.
Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para
leitura.
As respostas correspondentes às
questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para
leitura.
Questões para debate
1. Por que a algumas pessoas é concedida a faculdade mediúnica?
2. Quais são os sintomas precursores da mediunidade?
3. Por que a maioria dos médiuns, sobretudo no início das suas tarefas
na mediunidade, se envolve com problemas diversos ligados às suas faculdades?
4. Os médiuns, em sua generalidade, podem ser considerados missionários
na acepção comum do termo?
5. Por que a existência de muitos médiuns é pontilhada de dificuldades,
provações e desventuras?
Texto para leitura
A mediunidade
manifesta-se por toda a parte, nos mais diferentes lugares
1. A mediunidade, na maioria das vezes, é um dom que o Espírito pede
diante da sua necessidade de, uma vez encarnado, conscientizar-se de forma indelével de sua
condição de Espírito eterno. Ele é também instrumento de agilização do seu
progresso espiritual.
2. É por causa disso que, independentemente das próprias convicções,
muitas vezes contrárias à realidade espiritual, surge a faculdade mediúnica
ampliando a sensibilidade do homem para a percepção do ambiente espiritual que
o circunda, de modo que, atendendo a esse objetivo, ela se manifesta em
crianças e em velhos, em homens e em mulheres, quaisquer que sejam o
temperamento, o estado de saúde, o grau de desenvolvimento intelectual e o
nível moral das pessoas.
3. Ignorando, muitas vezes, os recursos mediúnicos de que é dotado, o
indivíduo começa então a sentir-se envolto em problemas, geralmente sem
causas definidas, tais como um mal-estar generalizado, o desequilíbrio
emocional fácil, as enfermidades que aparecem e desaparecem sem explicações
médicas claras, determinados desentendimentos no lar, problemas profissionais
diversos e muitas outras formas de desarmonia pessoal, familiar, social e
profissional.
4. É em tais situações que, pressionada pelas circunstâncias e sem
encontrar solução na religião que professa, a pessoa bate à porta do Centro
Espírita, onde deve sempre ser recebida com os mais nobres sentimentos de
solidariedade, compreensão, esclarecimento e ajuda.
Os sintomas
precursores da mediunidade variam ao infinito
5. Algo bastante comum é o principiante espírita querer saber que tipo
de faculdade mediúnica possui, e um dos recursos mais utilizados é procurar
informar-se com os Espíritos por meio de outros médiuns, o que nem sempre é uma
boa medida e não oferece segurança àquele que indaga, como explica Kardec em O Livro dos Médiuns, capítulo XVII, item
205.
6. Os sintomas que anunciam a mediunidade variam ao infinito. Martins
Peralva os enumera: reações emocionais insólitas, calafrios e mal-estar,
sensação de enfermidade, irritações estranhas... Algumas vezes, porém, pode a
faculdade mediúnica eclodir sem nenhum sintoma, espontânea, exuberante. É por
isso que a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade, o estudo e o
trabalho constituem fatores de extrema valia na educação e no desenvolvimento
da faculdade mediúnica.
7. Registre-se, no entanto, que o mais comum é vermos a mediunidade
vinculada à dor, sobretudo no seu início, o que não é difícil de compreender,
uma vez que vivemos em um mundo de expiações e provas, habitado por seres
encarnados e desencarnados com os quais nos afinizamos e em quem predomina a
imperfeição moral, expressa na forma de inveja, ciúme, ódio, despeito, vingança
e tantos outros filhos do orgulho e da ignorância. São as vibrações decorrentes
dessas imperfeições que o médium iniciante, com a sensibilidade ampliada, passa
a sentir, sem ter ainda condições de lhes oferecer resistência, o que lhe virá posteriormente
com o trabalho nobre, a perseverança no bem, o estudo sério, a oração e a
vigilância.
8. Conquanto existam no mundo médiuns que vieram ao orbe com tarefas
importantes definidas, os médiuns não são, em sua generalidade, missionários na
acepção comum do termo. São, em grande número de casos, almas que fracassaram
desastradamente, que contrariaram sobremaneira o curso das leis divinas e que
resgatam seu passado obscuro e delituoso, sob o peso de severos compromissos e
ilimitadas responsabilidades. Essas palavras, grafadas por Emmanuel, fazem
parte do livro Emmanuel, cap. XI, que
Chico Xavier psicografou.
A faculdade mediúnica
constitui um instrumento de progresso valioso
9. Arrependidos, esses Espíritos procuram arrebanhar todas as
felicidades que perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto
esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável
insânia. Não é, pois, de admirar que as existências dos médiuns em geral têm-se
constituído em romances dolorosos, em vidas de amargurosas dificuldades, em
histórias repletas de provações, continências e desventuras.
10. Em tais casos, a mediunidade não é uma conquista do Espírito para a
eternidade, mas uma concessão temporária, que constitui um instrumento
extremamente valioso, embora difícil e complexo, o qual, se bem aproveitado,
ensejará ao indivíduo uma ascensão espiritual mais rápida e o libertará dos
débitos acumulados no passado.
11. A mediunidade é, bem se vê, uma prova muitas vezes dolorosa, mas
sempre necessária ao enriquecimento espiritual da pessoa. A exemplo dos
“talentos” de que nos fala o Evangelho, dependendo do que fizer com ela, o
médium granjeará “talentos” maiores e mais nobres, observando-se sempre, nesse
particular, a regra evangélica de que a cada um será dado sempre de acordo com
o seu merecimento.
12. Todos somos médiuns, asseverou o codificador do Espiritismo, mas nem
sempre possuímos uma faculdade operante capaz de ser transformada ou
caracterizada como mediunidade-tarefa. Nesse caso, todos os esforços por
desenvolvê-la serão infrutíferos. Não devemos, no entanto, deixar-nos envolver
pelo desânimo e, sim, abraçar com alegria outras tarefas na seara espírita, até
mesmo nas reuniões mediúnicas, onde há espaço para a atuação dos médiuns
passistas e dos médiuns esclarecedores, convictos de que, independentemente de
possuirmos ou não uma mediunidade produtiva, o objetivo fundamental da nossa
presença no mundo é servir sempre e fazer a parte que nos cabe na obra do
Criador.
Respostas às questões
propostas
1. Por que a algumas
pessoas é concedida a faculdade mediúnica?
A mediunidade é, na maioria das vezes, um dom que o Espírito pede diante
da sua necessidade de, uma vez encarnado, conscientizar-se de forma indelével
de sua condição de Espírito eterno. Esse dom é também instrumento de agilização
do seu progresso espiritual. Eis por que a faculdade mediúnica é concedida a
determinadas pessoas.
2. Quais são os
sintomas precursores da mediunidade?
Os sintomas que anunciam a mediunidade variam ao infinito. Martins
Peralva os enumera: reações emocionais insólitas, calafrios e mal-estar,
sensação de enfermidade, irritações estranhas... Algumas vezes, porém, pode a
faculdade mediúnica eclodir sem nenhum sintoma, espontânea, exuberante. É por
isso que a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade, o estudo e o
trabalho constituem fatores de extrema valia na educação e no desenvolvimento
da faculdade mediúnica.
3. Por que a maioria
dos médiuns, sobretudo no início das suas tarefas na mediunidade, se envolve
com problemas diversos ligados às suas faculdades?
Esse fato não é difícil de compreender, uma vez que vivemos em um mundo
de expiações e provas, habitado por seres encarnados e desencarnados com os
quais nos afinizamos e em quem predomina a imperfeição moral, expressa na forma
de inveja, ciúme, ódio, despeito, vingança e tantos outros filhos do orgulho e
da ignorância. São as vibrações decorrentes dessas imperfeições que o médium
iniciante, com a sensibilidade ampliada, passa a sentir, sem ter ainda
condições de lhes oferecer resistência, o que lhe virá posteriormente com o
trabalho nobre, a perseverança no bem, o estudo sério, a oração e a vigilância.
4. Os médiuns, em sua
generalidade, podem ser considerados missionários na acepção comum do termo?
Não. Embora existam no mundo médiuns que vieram ao orbe com tarefas
importantes definidas, os médiuns não são, em sua generalidade, missionários na
acepção comum do termo. São, em grande número de casos, almas que fracassaram
desastradamente, que contrariaram sobremaneira o curso das leis divinas e que
resgatam seu passado obscuro e delituoso, sob o peso de severos compromissos e
ilimitadas responsabilidades, como informa Emmanuel em seu livro Emmanuel, cap. XI, que Chico Xavier
psicografou.
5. Por que a
existência de muitos médiuns é pontilhada de dificuldades, provações e
desventuras?
Conforme foi dito na resposta anterior, os Espíritos que fracassaram no
passado, uma vez arrependidos, procuram arrebanhar todas as felicidades que
perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto esfacelaram nos seus
instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável insânia. Eis por que as
existências de muitos médiuns constituem-se, de um modo geral, em romances
dolorosos, em vidas de amargurosas dificuldades, em histórias repletas de
provações, continências e desventuras.
Bibliografia:
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec,
itens 200, 205 e 210.
O Consolador, de Emmanuel,
psicografado por Francisco Cândido Xavier, questão 383.
Emmanuel, de Emmanuel,
psicografado por Francisco Cândido Xavier, pp. 66 e 67.
Encontro Marcado, de Emmanuel,
psicografado por Francisco Cândido Xavier, p. 133.
Mediunidade e
Evolução, de Martins Peralva, pp. 19 a 21.
Dimensões da Verdade, de Joanna de
Ângelis, psicografado por Divaldo P. Franco, pp. 19 a 21.
Observação:
Eis os links que
remetem aos 3 últimos textos:
Módulo 110 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/12/o-papel-da-mente-na-adaptacao-psiquica.html
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