Eduquemo-nos e às nossas crianças para a vida
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Amigos, em sua palestra de domingo, 6
de janeiro de 2019, na Federação Espírita Brasileira, em Brasília, Marta
começou falando sobre a diferença entre o ateu materialista, e o espiritualista
materialista.
Infelizmente, algumas pessoas, mesmo
sendo possuidoras de elevados conhecimentos espirituais, deixam-se levar pelo
imediatismo da vida e tornam-se consumistas irrefreáveis das coisas materiais,
como quem gasta o que tem e o que não tem no comércio e se justifica com a
seguinte frase: “Eu mereço”. Atitude como essa pode ser motivada por
desequilíbrio mental. Não deixa de ser também o egoísmo elevado à quinta potência, quando já se tornou, há
tempo, egocentrismo.
Se tais pessoas refletissem um pouco, e
desejassem de fato atentar para a realidade da vida, que transcende muitíssimo
cada existência física na Terra, esforçar-se-iam na prática de alguns
princípios básicos, contidos nos evangelhos. Com estes princípios, recomendados
pelo Cristo, evitariam seu desequilíbrio mental de tão nefastos resultados:
• primeiro: “Não ajunteis tesouros na
Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e
roubam” (Mateus, 6:19);
• segundo, continuação do primeiro:
“Mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde
os ladrões não minam nem roubam” (Mateus, 6:20);
• terceiro e último: “Amai a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a vos mesmos” (Mateus, 22:37 a 39).
Informou-nos, ainda, Marta Antunes que
no Brasil milhares de pessoas suicidam-se devido à miséria; mas em países como
Finlândia, Japão e Suíça, nos quais quase nada falta às pessoas, o suicídio
decorre de outros fatores. O principal: fastio. A causa: desesperança de algo
melhor para suas existências materiais. Muitas pessoas perderam a fé, que as
religiões convencionais não preenchem de modo lógico.
Por outro lado, segundo a expositora,
as crianças atuais são potencialmente dez vezes mais inteligentes do que seus
pais, em virtude dos avanços tecnológicos e da evolução intelectual dessas
almas. Em geral, os adultos utilizam dez ou doze por cento de seu cérebro; tais
crianças têm potencial para desenvolvimento cerebral de trinta por cento.
Resultado: as crianças não mais se
submetem à autoridade de pais e responsáveis com base em ordens que não sejam
justificadas. A tudo o que lhes é dito, exigem o porquê disso. Como os pais
estão cada vez mais ausentes do lar, e muitos estão separados, ainda que encham
os quartos dos filhos de brinquedos, também o índice de suicídios de crianças e
jovens cresceu enormemente nos últimos anos. Falta-lhes amor.
Isso já fora previsto por diversos
Espíritos, segundo publicou Allan Kardec, na Revista Espírita de outubro de 1866. Inicialmente, somos informados
de que
A vida espiritual é a vida normal e eterna do Espírito e a
encarnação é apenas uma forma temporária de sua existência. Salvo a vestimenta
exterior, há, pois, identidade entre os encarnados e os desencarnados; são as
mesmas individualidades sob dois aspectos diversos, ora pertencendo ao mundo
visível, ora ao mundo invisível, encontrando-se ora num, ora noutro,
concorrendo, num e noutro, para o mesmo objetivo, por meios apropriados à sua
situação (KARDEC, A. Revista Espírita -
out. 1866. Trad. Evandro Noleto Bezerra, FEB, p. 393).
Quanto à triste realidade que vivemos,
atualmente, em que as famílias se desagregam em virtude do apego excessivo à
matéria, que passa pelo desvairamento das paixões animalizadas, lemos esta
verdadeira profecia de um Espírito, registrada pelo Codificador da Doutrina
Espírita:
Infelizmente, por desconhecer a voz de Deus, a maioria
persistirá em sua cegueira e sua resistência marcará o fim de seu reino por
lutas terríveis. Em seu desvario, eles próprios cavarão a sua ruína; impelirão
à destruição, que engendrará uma porção de flagelos e calamidades, de sorte
que, sem o querer, apressarão o advento da era da renovação. E como se a
destruição não marchasse bastante depressa, ver-se-ão os suicídios
multiplicando-se em proporção nunca vista, até entre as crianças. A loucura
jamais terá ferido maior número de homens que, mesmo antes da morte, serão
riscados do número dos vivos. São esses os verdadeiros sinais dos tempos. E
tudo isto se realizará pelo encadeamento das circunstâncias, assim como
dissemos, sem que em nada sejam derrogadas as leis da Natureza (Idem, p. 405).
Amigos, eduquemo-nos ante a revelação
espírita, promanada dos emissários do Cristo. Eduquemos igualmente nossas
crianças, a fim de que possamos ultrapassar, sem pranto e ranger de dentes,
este tempo de transição pelo qual a Terra passa e herdar o Mundo feliz
prometido por Jesus. Muita paz!
Nota do autor:
Nossa crônica, mimese do estilo machadiano, mistura ficção com realidade. Cabe
ao leitor diferençar uma da outra.
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