sábado, 26 de janeiro de 2019




Viver por amor a Deus é ser feliz

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Continuando sua palestra do dia 6 de janeiro de 2019, Marta contou-nos que esteve na Suíça, onde participou de um evento espírita. Convidada por uma amiga residente ali, foram a um local defronte ao qual havia um prédio belíssimo, cujas cores se alternavam em cambiantes diversos ao longo do dia. Marta perguntou à amiga o que havia dentro daquele prédio. A resposta deixou-a perplexa: ali funcionava uma clínica de eutanásia. As pessoas pagavam uma quantia mensal durante anos, depois disso, escolhiam o dia e a hora do ano em que não mais desejassem viver. Tudo isso legalizado pelo governo.
Ante o espanto de Marta, sua amiga explicou-lhe que, nesse país, é comum ouvir-se pregações de religiosos com o seguinte discurso: “— Deus, em sua infinita bondade, deu-lhe a vida para sua felicidade, mas você não deve ser pesado a ninguém nem viver sofrendo. Se não deseja mais continuar com sua vida de tormento, não há pecado em matar-se”.
De longo e belo texto publicado na Revista Espírita, destacamos os seguintes trechos, que se referem ao período de transição que vivemos atualmente. O título, iniciado na p. 385, é Os tempos são chegados:

Mas uma mudança tão radical quanto a que se elabora não pode realizar-se sem comoção; há luta inevitável entre as ideias, e quem diz luta, diz alternativa de sucesso e de revés. Entretanto, como as ideias novas são as do progresso e o progresso está nas leis da Natureza, estas não deixam de triunfar sobre as ideias retrógradas. Desse conflito nascerão, forçosamente, perturbações temporárias, até que o terreno esteja livre dos obstáculos que se opõem à construção do novo edifício social. É, pois, da luta das ideias que surgirão os graves acontecimentos anunciados, e não de cataclismos, ou catástrofes puramente materiais. Os cataclismos gerais eram consequência do estado de formação da Terra; hoje não são mais as entranhas do globo que se agitam, são as da Humanidade (In: KARDEC, A. Revista Espírita, trad. Evandro N. Bezerra, FEB, out. 1866, p. 389).

Em seguida, em mensagem belíssima, iniciada na pág. 401 e concluída na pág. 415, destacamos esta frase para nossa reflexão e esperança:

Nesses tempos de provas será preciso que prodigalizeis a todos vossa força e vossa firmeza; a todos serão precisos encorajamentos e conselhos. Também se faz necessário fechar os olhos sobre as defecções dos tíbios e dos covardes. Por vossa própria conta, também tereis muito a perdoar... (id, p. 414).

Assim como transbordam, em nosso tempo, nas Academias, nos meios de comunicação falada ou escrita, em organizações políticas, clubes etc. as ideias niilistas que negam Deus, a sobrevivência do Espírito e sua imortalidade, desde o século XIX Jesus tem enviado seus novos emissários à Terra para nos provar que a vida continua e Deus é nosso Pai amantíssimo, mas justo, que atribui, nas palavras do Cristo, “A cada um segundo suas obras” (Mateus, 16: 27).
Ou seja, pela lei de ação e reação, somos os artífices de nossa felicidade ou de nossa desgraça. Daí a grande importância do trabalho de todos os pensadores, filósofos, cientistas e acadêmicos atuais, identificados com as manifestações dos Espíritos, para libertar a humanidade do ateísmo e do materialismo de tão nefastas consequências, como as do suicídio, dos crimes e da eutanásia.
Vivamos com alegria, divulguemos essas revelações, que não são fruto de mentes doentias, mas dos Espíritos elevados, sob a direção do Cristo, responsável pela condução do barco terreno ante nosso Pai Eterno, pratiquemos a caridade por pensamentos, palavras e atos e perceberemos que vale a pena investir no bem para vivermos eternamente bem. E que a ideia da morte jamais passe pelo nosso cérebro como solução das nossas provas e expiações terrenas, pois, sendo a vida eterna e tendo sido criados por amor e para amar, devemos esforçar-nos em viver sempre com amor a Deus, que nos criou para sermos felizes.

Nota do autor: Nossa crônica, mimese do estilo machadiano, mistura ficção com realidade. Cabe ao leitor diferençar uma da outra.






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