domingo, 20 de janeiro de 2019





Agressão e calúnia denotam enfermo em estado grave

Conta-se que um confrade espírita, quando visitava as dependências de importante hospital psiquiátrico, foi de repente surpreendido por um dos internos que, sem motivo algum, o feriu com um soco. O diretor do estabelecimento assistiu à agressão e confirmou que o confrade não reagiu.
Fora do hospital, alguém perguntou ao amigo por que não reagira à agressão. Sua resposta foi sintomática: “Ora, fui agredido por uma pessoa doente, e não há razão para se revidar à agressão de uma pessoa enferma”.
Realmente, o confrade agiu corretamente e mais correta ainda foi sua resposta, porque só pessoas enfermas é que caluniam, agridem, ofendem outra pessoa sem motivo. Algumas delas não se encontram internadas, mas vivem bem ao nosso lado e, às vezes, respiram o mesmo ar que respiramos.
Não revidar, não responder, não retribuir ofensa com ofensa, eis a atitude ensinada pelo Evangelho e pelos instrutores espirituais, a exemplo de Emmanuel, que dedicou ao tema uma lição que vem bem a propósito.
Retiramo-la do cap. 39 do livro O Espírito da Verdade, conhecida obra de autoria de Espíritos diversos por intermédio dos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.
A mensagem de Emmanuel diz o seguinte:

“Desequilíbrio que anotes é apelo da vida a que lhe prestes cooperação.
Quando as águas, em monte, investem furiosas sobre a faixa de solo que te serve de habitação, levantas o dique, capaz de governar-lhe os impulsos.
Diante do fogo que te ameaça, recorres, de pronto, aos extintores de incêndio.
Toda vez que o curto-circuito reponta na rede elétrica, desligas a tomada de força para que a energia descontrolada não opere a destruição.
Assim também, quando a prova te visite, não transfigures a língua em chicote dos semelhantes.
Se agressões verbais te espancam os ouvidos, ergue a muralha do dever fielmente executado, em que te defendas contra o assalto da injúria.
Se a calúnia te alanceia, guarda-te em paz, no refúgio de prece.
Se a dignidade ofendida, dentro de ti, surge transformada em aceso estopim para a deflagração de revolta, deixa que o silêncio te emudeça, até que a nuvem da crise te abandone a visão.
Sobretudo à frente de qualquer companheiro encolerizado, não lhe agraves a distonia.
Ninguém cura um louco, zurzindo-lhe o crânio.
Se alguém te lança em rosto o golpe da intemperança de espírito ou se te arroja a pedrada do insulto, desculpa irrestritamente, e se volta a ferir-te, é indispensável te reconheças na presença de um enfermo em estado grave, a pedir-te o amparo do entendimento e o socorro da compaixão.” (O negrito é de nossa autoria.)

Este texto é dedicado a todas as pessoas que são vítimas de agressões e calúnias por parte daqueles que, certamente, ignoram que o mal que nos faz mal é o mal que fazemos, não o mal que nos fazem.




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário