Revista
Espírita de 1858
Allan
Kardec
Parte
5
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial da Revista Espírita do ano de 1858, periódico lançado por Allan Kardec em janeiro de 1858 e por ele editado de 1858 a março de 1869, quando desencarnou.
O
estudo é baseado na tradução feita por Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.
Cada
parte do estudo, apresentado sempre às quartas-feiras, compõe-se de:
a)
questões preliminares;
b)
texto para leitura.
As
respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo.
Questões
preliminares
A.
Como reconhecer a elevação espiritual dos Espíritos?
B.
As mistificações têm algum objetivo?
C.
Quais são as causas das contradições na linguagem dos Espíritos?
D.
Como o Espírito de S. Vicente de Paulo define a caridade?
Texto para leitura
123.
A Revista Espírita transcreve outros fenômenos ocorridos em
Bergzabern e diz que, preocupado com os fatos, o governo do Palatinato propôs a
Sanger internar sua filha numa casa de saúde em Frankenthal. Ocorre que a
presença de Filipina deu lugar ali aos mesmos prodígios de Bergzabern. (P. 194)
124.
Célima, que foi tambor em Beresina, comunica-se através de pancadas e transmite
diversas informações curiosas. (PP. 195 e 196)
125.
O Espírito compreende que não poderá purificar-se bastante enquanto não tomar
um outro corpo. (P. 199)
126.
Kardec lembra que os Espíritos são reconhecidos pela linguagem. A dos Espíritos
superiores é sempre digna e em harmonia com a sublimidade dos pensamentos:
jamais uma trivialidade lhes macula a pureza. (P. 201)
127.
Padre Ambrósio confirma ter sido mistificado, mas esclarece que nem sempre pode
impedir que homens e Espíritos se divirtam. (P. 202)
128.
Sobre o fato, diz Kardec que por diversas vezes lhe foi dito que a impostura de
certos Espíritos é uma prova para a nossa capacidade de julgar. É uma espécie
de tentação permitida por Deus, a fim de que o homem se habitue a distinguir o
verdadeiro do falso. (P. 203)
129.
Distinto calígrafo, chamado Sr. Bertrand, revela como é penosa a situação dos
que na Terra se prendem muito à matéria. (P. 206)
130.
Jobard, diretor do Museu Real da Indústria, de Bruxelas, diz a Kardec que
existe perfeita coincidência entre as respostas dadas pelos Espíritos a ambos:
a Kardec em Paris, a ele em Bruxelas. (P. 206)
131.
A ideia de que a vida é uma afinação das almas, uma prova e uma expiação, é
grande e consoladora, assevera Jobard. (P. 207)
132.
Marius M., de Bordéus, afirma que a descrição de Júpiter publicada na Revista
Espírita é idêntica à que ele mesmo obteve dezoito meses atrás. (P. 212)
133.
Kardec comenta a carta de Marius M. e diz que o Espiritismo é um laço fraternal
que deve conduzir à prática da verdadeira caridade cristã todos quantos o
compreendem na sua essência. (P. 213)
134.
Embora o Espiritismo esteja na Natureza e tenha sido conhecido e praticado
desde a mais alta antiguidade, Kardec diz que em nenhuma outra época foi tão
universalmente espalhado quanto em nossos dias. (P. 216)
135.
A escala espírita, traçada pelos próprios Espíritos e conforme à observação dos
fatos, dá-nos a chave de todas as anomalias aparentes da linguagem dos
Espíritos. (P. 219)
136.
Quando tivermos aprendido a conhecê-los, julgá-los-emos por sua linguagem e por
seus princípios, e suas contradições nada mais terão que nos deva surpreender.
(P. 222)
137.
Os Espíritos sérios, quando julgam conveniente, evitam chocar muito bruscamente
as ideias arraigadas e exprimem-se de acordo com a época, o lugar e as pessoas.
(P. 224)
138.
A irritação, a violência, o azedume e a dureza de linguagem jamais são um sinal
de verdadeira superioridade. (P. 224)
139.
Os Espíritos sérios não se contradizem nunca: sua linguagem é sempre a mesma
com as mesmas pessoas. (P. 225)
140.
As causas das contradições da linguagem dos Espíritos podem ser assim
resumidas: 1) ignorância dos Espíritos; 2) embuste produzido por Espíritos
inferiores; 3) falhas pessoais do médium; 4) insistência por obter uma resposta
que o Espírito recusa dar; 5) a própria vontade do Espírito, que fala conforme
o momento, o lugar e as pessoas; 6) insuficiência da linguagem humana para
exprimir as coisas do mundo incorpóreo; 7) interpretação particular dada a uma
palavra ou explicação. (P. 225)
141.
S. Vicente de Paulo diz que toda a felicidade eterna está contida nesta máxima:
"Amai-vos uns aos outros". A alma não pode elevar-se às regiões
espirituais senão pela dedicação ao próximo. (P. 226)
142.
Gostaria que a leitura do Evangelho fosse feita com mais interesse pessoal, diz
S. Vicente de Paulo. "Vossos males provêm do abandono voluntário em que
deixais esse resumo das leis divinas." (P. 226)
143.
O mesmo Espírito afirma que a caridade é a virtude fundamental, que deve
sustentar todo o edifício das virtudes terrenas. (P. 227)
144.
A caridade, diz ele, é a âncora eterna de salvação em todos os globos: é a mais
pura emanação do próprio Criador; é a sua própria virtude, dada às criaturas.
(P. 228)
145.
A Revista Espírita relata a história do Espírito batedor de
Dibbelsdorf, cujos fatos ocorreram a partir de dezembro de 1761 e foram
publicados em 1811 pelo pregador Capelle. (P. 229)
146.
Semelhantes aos fenômenos de Hydesville, os raps começaram no quarto
ocupado por Antônio Kettelhut. (P. 229)
147.
Victorien Sardou escreve sobre as habitações em Júpiter e defende-se das
críticas recebidas por causa do assunto. (P. 234)
148.
Segundo Sardou, as moradas em Júpiter são flutuantes. (P. 239)
149.
Com o Espiritismo, diz Kardec, todas as filosofias materialistas ou panteístas
caem por si mesmas; não é mais possível a dúvida referente a Deus, à existência
da alma, à sua individualidade e imortalidade. (P. 246)
150.
Com oito meses de existência, a Revista Espírita possuía
assinantes em todos os pontos do globo, a saber: Inglaterra, Escócia, Holanda,
Bélgica, Prússia, Rússia, Itália, Suíça, Espanha, China, México, Canadá,
Estados Unidos etc. (P. 246)
151.
A propagação do Espiritismo na Europa se fez sem apoio da imprensa, que até o
desprezou e, quando dele falou, foi para levá-lo ao ridículo e remeter seus
adeptos ao manicômio. (P. 247)
152.
Apenas o Sr. Daniel Dunglas Home mereceu da imprensa a honra de algumas
referências mais ou menos sérias. (P. 247)
153.
A Revista Espírita diz que nos Estados Unidos havia então 18 jornais
espíritas, dos quais dez semanários e alguns de grande formato. (P. 248)
Respostas às
questões propostas
A.
Como reconhecer a elevação espiritual dos Espíritos?
Por
sua linguagem. A dos Espíritos superiores é sempre digna e em harmonia com a
sublimidade dos pensamentos; jamais uma trivialidade lhes macula a pureza. (Revista
Espírita de 1858, p. 201.)
B.
As mistificações têm algum objetivo?
Padre
Ambrósio, que admitia ter sido enganado pelos Espíritos, esclarece que nem
sempre se pode impedir que homens e Espíritos se divirtam. Comentando o fato,
Kardec observa que por diversas vezes lhe foi dito que a impostura de certos
Espíritos é uma prova para a nossa capacidade de julgar; é uma espécie de
tentação permitida por Deus, a fim de que o homem se habitue a distinguir o
verdadeiro do falso. (Obra citada, pp. 202 e 203.)
C.
Quais são as causas das contradições na linguagem dos Espíritos?
Primeiramente,
diz Kardec que os Espíritos sérios não se contradizem nunca; sua linguagem é
sempre a mesma com as mesmas pessoas. As causas das contradições que às vezes
encontramos na linguagem dos Espíritos podem ser assim resumidas: 1) ignorância
dos Espíritos; 2) embuste produzido por Espíritos inferiores; 3) falhas
pessoais do médium; 4) insistência por obter uma resposta que o Espírito recusa
dar; 5) a própria vontade do Espírito, que fala conforme o momento, o lugar e
as pessoas; 6) insuficiência da linguagem humana para exprimir as coisas do
mundo incorpóreo; 7) interpretação particular dada a uma palavra ou explicação.
(Obra citada, p. 225.)
D.
Como o Espírito de S. Vicente de Paulo define a caridade?
S. Vicente de Paulo diz que a caridade é a
virtude fundamental que deve sustentar todo o edifício das virtudes terrenas.
Ela é a âncora eterna de salvação em todos os globos; é a mais pura emanação do
próprio Criador; é a sua própria virtude, dada às criaturas. A felicidade
eterna, segundo ele, está contida nesta máxima: "Amai-vos uns aos
outros". A alma não pode elevar-se às regiões espirituais senão pela
dedicação ao próximo. (Obra citada, pp. 226 a 228.)
Observação:
Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/03/blog-post_02.html
Como consultar as matérias deste blog? Se você não
conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário