Entrevista com Kardec sobre a guerra
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Salve,
leitores!
Em
novo devaneio, vejo-me sentado em confortável cadeira da Sociedade Parisiense
de Estudos Espíritas. À minha frente, está Allan Kardec, o Codificador do
Espiritismo, sorridente e afável. Eu faço-lhe algumas perguntas, que ele
responde gentilmente:
—
Existe vida fora da matéria, mestre?
—
Fora do mundo corporal visível existem seres invisíveis, que constituem o
mundo dos Espíritos, meu caro Jó.
—
Esses Espíritos são seres à parte na criação de Deus?
—
Jó, os Espíritos não são seres à parte, mas as próprias almas dos que
viveram na Terra ou noutras esferas, e que se despojaram de seus invólucros
materiais.
—
Quando libertos da matéria, por certo, passamos a ter conhecimento de tudo, não
é mesmo, Allan?
—
Negativo. Os Espíritos apresentam os mais diversos graus de desenvolvimento intelectual
e moral.
—
E como podemos discernir o que nos é transmitido por um Espírito bom daquilo
que nos diz um mau, Kardec?
—
Os bons só lhes dizem coisas importantes, elevadas, que visem sempre o bem.
Nunca se contradizem. São humildes, simples e sua linguagem é de grande
elevação moral e intelectual. Os maus são intrigantes, ambiciosos,
pretensiosos, orgulhosos e egoístas. Para uma boa distinção sobre o nível moral
e intelectual dos Espíritos, Jó, recomendo-lhe a releitura dos itens 100 a 113
d'O Livro dos Espíritos.
—
Os Espíritos realizam ações que possamos perceber?
—
Amigo Jó, nós os acompanhamos incessantemente. Sem que vocês saibam,
dirigimos seus pensamentos e suas ações, assim influindo nos fatos e nos
destinos da humanidade. Um exemplo disso acaba de ocorrer com você. Tudo
que, até aqui, me perguntou está respondido, na carta que publiquei, na Revista
Espírita de janeiro de 1859, dirigida ao Príncipe G. Agora lhe sugeri,
mentalmente, mudar o tema para guerra.
—
E não é que essa ideia acaba de me ocorrer? Qual é a causa da guerra, Kardec?
—
Jó, segundo o que está no item 742 d'O Livro dos Espíritos, a guerra é
causada pela predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e
satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos só conhecem o direito
do mais forte, daí por que, para eles, a guerra é um estado normal. À medida
que o homem progride, a guerra se torna menos frequente, porque ele evita suas
causas...
—
Mestre, segundo o item 745, que encerra o assunto no citado livro, que devemos
pensar de quem promove a guerra em benefício próprio?
—
Esse é o verdadeiro culpado. Precisará de muitas existências para expiar
todos os assassínios dos quais foi a causa, pois responderá por cada pessoa
cuja morte tenha causado para satisfazer sua ambição.
—
Obrigado, Kardec. Fica aqui seu registro.
—
Paz e luz, irmão Jó. Au revoir!
—
Merci, cher maître. Au revoir!
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