Generosidade
CÍNTHIA
CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Dar
contando que dá, certamente, não possui nada de generosidade; dar resistindo um
pouco ainda, começa a surgir a luz generosa; no entanto dar como se não tivesse
custado coisa alguma, isso, sim, pode ser chamado de verdadeira generosidade
cuja composição é amor, bondade, respeito, carinho e compreensão,
características primordiais para o desenvolvimento. A atitude sincera não
desgasta nenhum dos corações, nem o que recebe muito menos o que doa, apenas os
alimenta e os fortalece.
Se as
nossas poucas generosas atitudes fossem registradas, talvez no caderno das
generosidades houvesse bem mais páginas em branco querendo ser preenchidas. É
tempo de doar, de fazer, de contribuir. Na verdade, uma das melhores sensações
é poder fazer algo de bom a alguém, um dos grandes sentidos da vida. E quando
nem percebemos realizar o ato generoso, então, é pura felicidade, pois
começamos a ultrapassar a barreira limitadora entre a Terra e os mundos bons.
A lei
primeira da generosidade é nem imaginar constranger alguém porque se houver um
fio disso ainda não houve nenhuma compreensão e o recomeço é presente bendito.
Se caso ainda haja dificuldade na assimilação do conceito generoso, a
aprendizagem com a natureza é um dos produtivos recursos a considerar, já que,
além da generosidade, a natureza possui sabedoria ‒ valores correlatos.
Neste
Planeta, tudo é transitório e nada mais sábio do que amparar com carinho o
maior número de seres. E como não cabem dois corpos num mesmo espaço ao mesmo
tempo, a consciência da partilha é necessária e salutar.
Precisamos
de pouco material para nos tornarmos felizes e ficamos plenos quando, ao nosso
redor, bem mais pessoas estão sorrindo em vez de angustiadas e tristes e, o
ideal, por gestos generosos que tão naturalmente podemos realizar.
O ser
generoso nem percebe a sua generosidade, pois já se tornou inerente a ele.
Percebe apenas que está bem mais perto do céu.
E a
primavera é uma das senhoras mais generosas que conheço.
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