Trilhas da
Libertação
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 7
Prosseguimos neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.
Este estudo será publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
49. Podemos afirmar que é da Lei que ninguém foge de si
mesmo?
Sim. Ninguém
certamente foge de si mesmo, nem consegue impedir a marcha do progresso, que é
inexorável. No processo obsessivo, a vítima de hoje é o apoio do perseguidor
amanhã, quando se permite que brilhe no íntimo o amor. Se, porém, permanece a
animosidade, a vítima transferida para a posição de algoz mais se infelicita,
porque jamais alcançará seu objetivo, que é a destruição do adversário. “As
vidas – diz doutor Carneiro de Campos – encontram-se tão mescladas, umas nas
outras, que sempre voltam aos mesmos sítios e pessoas até que se superem
através do amor, que arrebenta as algemas e une os corações. Por isso, quem
perdoa se eleva e se fortalece, enquanto aquele que permanece no ódio
rebaixa-se e desidentifica-se, por largo período, da Realidade Superior.” (Trilhas da Libertação. Guillaume e
Gérard, pp. 138 a 140.)
50. Qual era a causa do ódio que o obsessor de Davi nutria
pelo médium?
A causa do ódio
situava-se no século 19, como decorrência de fatos que se seguiram à derrota da
França em guerra contra os germanos. Salvo da morte pelo colega de farda de
nome Guillaume, Gérard convalesceu na casa do seu salvador, onde foi atendido
por jovem mulher, que o cercou de carinho. Era ela a esposa de Guillaume, o herói.
Estabeleceu-se naquele lar uma afinidade muito grande entre o enfermo e sua
benfeitora; o adultério que se seguiu foi mera consequência. Depois, descoberto
o envolvimento dos amantes, surgiram na tela cenas de Guillaume enfurecido e
sua morte. É que, reagindo à fúria do amigo, Gérard o matara. O Espírito que
desejava vingar-se era Guillaume. Davi era o mesmo Gérard que o traíra e depois
o matara. (Obra citada. Guillaume e Gérard, pp. 140 e 141.)
51. Que lições podemos extrair do caso Guillaume-Gérard?
Segundo Manoel P. de
Miranda, esse drama era mais um dentre os casos derivados do sexo em desalinho,
o qual, sob o comando do egoísmo, responde por grande número de aflições que
atormentam a criatura humana. Remanescente dos impulsos primitivos da
reprodução animal, escravizado às paixões do orgulho pessoal, constitui ele uma
herança pesada no processo de evolução do ser humano. A força sexual, à
semelhança de uma torrente impetuosa de água, deixada à solta, espalha pânico e
morte; canalizada, preserva a vida. Desse modo, conduzi-la de forma segura para
ser útil deve ser o pensamento e o desejo do ser inteligente, que assim vai
superando seus limites, mediante as sábias conquistas do sentimento e da razão.
(Obra citada. Guillaume e Gérard, pp. 141 e 142; e Advertências Salvadoras,
pág. 143.)
52. A simonia é considerada crime em face da lei natural?
Sim. A simonia é
crime catalogado nos Códigos Divinos. Não se deve negociar com a faculdade
mediúnica, cujos recursos são concedidos ao médium gratuitamente. Eis o que o
dr. Carneiro de Campos disse, acerca do assunto, ao médium Davi: “A mediunidade
é faculdade cujo exercício deve ser realizado santamente, com altas cargas de
responsabilidade e respeito. Ninguém aplica uma função destinada à elevação do
ser, de maneira irregular, que não venha a sofrer as funestas consequências da
atitude leviana”. (Obra citada. Advertências Salvadoras, pp. 144 a 146.)
53. Por que a tarefa mediúnica de Davi era considerada como de
resgate?
O fato decorria do
seu passado de erros. Depois das alucinações em França, ele reencarnara quase
de imediato na Romênia, onde conheceu, mais tarde, o dr. Grass, ajudando-o em
experiências nefastas com cobaias humanas, na condição de seu enfermeiro,
aferrados ambos ao mais cruel materialismo. Passada a Primeira Grande Guerra e
desencarnando em grande indigência espiritual, um e outro comprometeram-se a
reparar os crimes auxiliando vidas, diminuindo-lhes a aflição e amparando os
sofredores, o que hoje deveria ocorrer com amplitude, conforme foi a proposta
inicial quando do despertar da faculdade. (Obra citada. Advertências
Salvadoras, pp. 146 e 147.)
54. Antes de se extraviar no exercício de suas faculdades,
como foi o trabalho no setor de curas desenvolvido por Davi e o dr. Grass?
O próprio Dr. Grass,
em um momento de reflexões importantes, lembrou a David como foram os primeiros
tempos do trabalho realizado, em que atendiam os infelizes mais desventurados,
porque, além das dores que os dilaceravam, padeciam da injunção rude da miséria
econômica. “Recebíamos – disse o cirurgião desencarnado – os seus sorrisos
ingênuos e agradecidos, suas vibrações de amor e suas preces intercessórias por
nós, ensejando-nos o equilíbrio e a saúde da alma. Como éramos felizes então!”
Ao dizer isso, a emoção embargou-lhe a voz. Mas, em seguida, reconhecendo terem
ambos perdido o rumo, dr. Grass explicou-lhe que, a continuar com a mesma
conduta, em breve não haveria campo no seu psiquismo mediúnico para a
continuidade do intercâmbio que até então mantinham. (Obra citada. Advertências
Salvadoras, pp. 147 a 149.)
55. Nos processos de parasitose espiritual, que foi o
diagnóstico feito no caso da médium Raulinda, qual a terapia adequada?
As consequências das
leviandades cometidas por ela foram impressas pelo Espírito nos seus
equipamentos físicos. Em face do exposto, Raulinda necessitava de assistência
ginecológica e psiquiátrica. Ajuntando-se a esse quadro a consciência de culpa,
que gera a auto-obsessão, mais a perturbação obsessiva, o diagnóstico do Dr.
Carneiro de Campos era de parasitose espiritual, caso em que necessita o
paciente de uma terapia holística, que engloba a participação das diferentes
áreas da ciência médica e espírita: leitura educativa, passes, água
fluidificada, desobsessão e renovação íntima aplicada ao bem, além dos
medicamentos prescritos pelos profissionais da área de saúde. (Obra citada.
Diálogos Esclarecedores, pp. 152 e 153.)
56. Em casos como o de Raulinda, o afastamento do Espírito
perturbador lhe propiciaria a desejada recuperação da saúde?
Inteiramente, não. O
Mentor, em face de semelhante pergunta, explicou: “Devemos ter em mente que a
nossa irmã encontra-se incursa em vários itens das Leis que desrespeitou,
estando gravados em seu íntimo os imperativos da necessidade de reparação.
Ocorrendo a mudança de comportamento do seu atual perseguidor, a atitude será,
para ele, salutar, por libertar-se da injunção do ódio, mas para ela será
apenas amenizadora dos sofrimentos, não liberadora”. “Terá a carga de aflições
diminuída, porém os sintomas perturbadores permanecerão, desaparecendo à medida
que se submeta às terapias referidas. Os órgãos citados encontram-se lesados no
perispírito e no corpo físico, requerendo assistência especializada, como é
natural.” (Obra citada. Diálogos Esclarecedores, pp. 154 a 156.)
Observação:
Para acessar a parte 6 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/04/blog-post_04.html
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