A Vida no Outro Mundo
Cairbar Schutel
Parte 13
Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro A Vida no Outro Mundo, de autoria de Cairbar Schutel, publicado originalmente em 1932 pela Casa Editora O Clarim, de Matão (SP).
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas
encontram-se no final do texto abaixo.
Este estudo será publicado neste blog
sempre às sextas-feiras.
Questões preliminares
A. No plano espiritual os Espíritos se
divertem?
B. Os Espíritos, quando desencarnados,
descobrem dons e característicos que ignoravam ter anteriormente?
C. Existem construções no chamado
plano espiritual?
Texto para
leitura
158. A importante revista inglesa Beyond publicou uma mensagem espírita
repleta de informações sobre a vida espiritual, da qual Cairbar Schutel extraiu
as informações adiante reproduzidas. (A Vida
no Outro Mundo – Cap. XII – No Outro Lado da Morte.)
159. Inicialmente, o Espírito
comunicante disse o seguinte: “Consigo estar agora mais perto de ti do que há
um ano atrás, e passo ver as coisas mais detalhadamente. Tenho estado contigo
diversas vezes, quando, talvez, não o suspeitavas, e apanhei teus pensamentos
sobre diversos assuntos. Estive a teu lado quando te divertias com aqueles
belos jogos; presente estava teu tio e ambos nos regozijamos com o jogo”. (Obra
citada – Cap. XII – No Outro Lado da Morte.)
160. Em seguida, diz o Espírito: “Aqui
também nos divertimos, nós que para isso temos inclinação. Esta é uma vida
absolutamente natural, com todos os melhores elementos da Terra, excluídos os
elementos heterogêneos (contrários), e com muito mais vasta capacidade de gozo.
Isto torna os acontecimentos, mais ordinários e de todos os dias, cheios de
delícia e dá à vida aquele frescor que promana da sensação de eterna juventude,
que todos nós sentimos e do conhecimento de nossos poderes crescentes”. (Obra
citada – Cap. XII – No Outro Lado da Morte.)
161. Prossegue a mensagem: “Aqui
sentimos o desdobrar de nossas faculdades, somente com uma sensação de prazer e
de admiração. A antiga sensação de esforço e de constrangimento, bem como
depressão após a queda, não existe mais, porque há tantas coisas belas a fazer
e mirar e temos grande coragem e esperança, bem assim um seguro sentimento de
alcançarmos sucesso em todos os nossos empreendimentos, no sentido de aprimorar
o nosso caráter. Se me fosse possível comunicar-te somente uma pequena parte
dessa sensação, estarias apto a realizar as coisas com mais entusiasmo e
veemência”. (Obra citada – Cap. XII – No Outro Lado da Morte.)
162. Sobre a saúde de que desfruta no
plano espiritual disse o Espírito: “Naturalmente, devido à nossa saúde
perfeita, tudo nos parece favorável. Fazer tanto quanto se queira, sem sentir
fadiga, é um grande prazer, e, também, temos tempo para tudo, em abundância,
para todas as coisas. Não há precipitação ou pressa; sempre uma perfeita
sensação de segurança relativamente ao tempo, bem como a respeito de qualquer
coisa. Naturalmente desejamos assistir a reuniões importantes ou conferências,
quando elas se realizam, mas se não for possível estar presente em certo dia,
podemos, facilmente, satisfazer nossos desejos depois, e se não for possível
hoje, então, sê-lo-á amanhã. Aquela radiante sensação de dias intermináveis
para coisas intermináveis, unida à sensação de eterna juventude, saúde perfeita
e entusiasmo, torna a vida realmente digna de ser vivida”. (Obra citada – Cap.
XII – No Outro Lado da Morte.)
163. Sobre certos dons e
característicos próprios dos desencarnados, o Espírito informou: “Quando aqui
chegamos, sentimos que temos toda a sorte de característicos inesperados e dons
que só sentíamos obscuramente quando na Terra e, daí, vemos que podemos
escolher qualquer carreira interessante de trabalho, impelindo-nos para frente
ao longo daquela linha particular, ou, se assim o desejardes, desenvolvendo, em
completa perfeição, o florescimento daquele pequenino botão que rebentou no
passado e que está dentro do caráter de cada um. Isto nos dá o mais formoso
sentimento de grandes responsabilidades, independência e poder para empreender
qualquer espécie de trabalho ou divertimento a que nos sentimos inclinados”. (Obra
citada – Cap. XII – No Outro Lado da Morte.)
164. Referindo-se ao seu desejo de
dedicar-se na última existência à pintura, disse o Espírito: "Sabes
quantas vezes, na Terra, desejei dedicar-me à pintura; mas faltava-me o dom;
vejo agora que o possuía, adquirido no passado, de modo que agora, se o
desejasse, eu poderia tornar-me um célebre artista numa outra vida terrestre. A
mim tudo isso desperta um desejo maior do que a meu pai, que não tem o mesmo
pendor, e que antes está mais ligado à Ciência, conquanto, na vida física,
passada, não tivesse oportunidade de desenvolvê-la”. (Obra citada – Cap. XII –
No Outro Lado da Morte.)
165. Sobre seu pai terreno, informou o
Espírito que ele estava agora grandemente interessado em assuntos ligados à
Ciência e, devido ao seu entusiasmo nessa direção, absorveu rapidamente grande
quantidade de conhecimentos, e poderia, então, em nova existência terrestre,
ser um sábio de primeira ordem e fazer conferências primorosas a auditórios
terrestres. Ele possuía vastos conhecimentos dos reinos animal, vegetal e
mineral, porque no plano espiritual a alma de qualquer ser está vivamente
representada. (Obra citada – Cap. XII – No Outro Lado da Morte.)
166. Sobre as construções celestes, o
Espírito disse: “Temos maravilhosos edifícios, salas para conferências e assim
por diante, que são admiráveis de serem vistos, como essas visões que o
Evangelista João descreve nas Revelações, com paredes de pedras preciosas,
portões de pérolas e ruas de ouro. Esses lugares maravilhosos são muito
interessantes para serem visitados, como, na Terra, se vai ver belos e notáveis
palácios; naturalmente os daqui são muito mais belos para conferências, reuniões
e música do que qualquer edifício por mim visto na Terra”. (Obra citada – Cap.
XII – No Outro Lado da Morte.)
167. Concluindo a mensagem, o
comunicante referiu-se às belezas naturais das árvores, montanhas, flores e
rios, todos perfeitos. E acrescentou: “O admirável e agradável efeito da luz
através das árvores, ou brilhando sobre as ondas prateadas de gloriosos mares,
ou brincando nos rios, como nunca tive a dita de ver na Terra, é tudo tão
maravilhoso! Os rios são gloriosos, tão perfeitamente puros e incorruptos, que
dentro deles podemos andar, sentar na água e senti-la cobrir-nos e dela sairmos
refrescados e revigorados, e, ainda mais, a água, evaporando-se em contato com
o brilho solar, não deixa sensação nenhuma desagradável. Tudo isto é tão
delicioso que só afago um desejo: a vossa participação em tudo que desperta o
prazer de viver intensamente a vida celeste”. (Obra citada – Cap. XII – No
Outro Lado da Morte.)
Respostas às
questões preliminares
A. No plano espiritual os Espíritos se divertem?
Sim. A respeito disso, um Espírito
declarou: “Aqui também nos divertimos, nós que para isso temos inclinação. Esta
é uma vida absolutamente natural, com todos os melhores elementos da Terra,
excluídos os elementos heterogêneos (contrários), e com muito mais vasta
capacidade de gozo. Isto torna os acontecimentos, mais ordinários e de todos os
dias, cheios de delícia e dá à vida aquele frescor que promana da sensação de
eterna juventude, que todos nós sentimos e do conhecimento de nossos poderes
crescentes”. (A Vida no Outro Mundo –
Cap. XII – No Outro Lado da Morte.)
B. Os Espíritos, quando desencarnados, descobrem dons e
característicos que ignoravam ter anteriormente?
Sim. Quando chegam ao plano espiritual
depois da desencarnação, sentem dons e característicos que só sentiam
obscuramente quando na Terra. Eles veem, então, que podem escolher qualquer
carreira interessante de trabalho, ou, se preferirem, desenvolver o
florescimento daquele pequenino botão que rebentou no passado e que está dentro
do caráter de cada um. (Obra citada – Cap. XII – No Outro Lado da Morte.)
C. Existem construções no chamado plano espiritual?
Sim. A esse respeito, disse um
Espírito: “Temos maravilhosos edifícios, salas para conferências e assim por
diante, que são admiráveis de serem vistos, como essas visões que o Evangelista
João descreve nas Revelações, com paredes de pedras preciosas, portões de
pérolas e ruas de ouro. Esses lugares maravilhosos são muito interessantes para
serem visitados, como, na Terra, se vai ver belos e notáveis palácios;
naturalmente os daqui são muito mais belos para conferências, reuniões e música
do que qualquer edifício por mim visto na Terra”. (Obra citada – Cap. XII – No
Outro Lado da Morte.)
Observação:
Para acessar a Parte 12 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/04/blog-post_15.html
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