Trilhas da
Libertação
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 6
Prosseguimos neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995. Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
41. Em que lugar na Crosta terrestre a equipe espiritual
desfrutava do necessário repouso após os trabalhos realizados na Casa Espírita?
A sede terrestre
para esse repouso, após os trabalhos na Sociedade Espírita, situava-se em
bairro próximo da capital de X... Era o lar de uma afeiçoada trabalhadora da
Doutrina Espírita, que cultivava o Evangelho e vivia-o intensamente. Chamava-se
Ernestina. Dotada de caráter diamantino, trabalhava em uma empresa de grande
porte, de onde retirava os recursos para a sua própria manutenção, auxiliando
alguns familiares e os irmãos do Calvário com generosidade e júbilo. Contribuía
em favor da divulgação do Espiritismo mediante o seu ensino, nos cursos
ministrados na Sociedade que frequentava. Retirava, periodicamente, do seu
tempo escasso, horas valiosas para visitar e confortar os enfermos,
especialmente os internados na Colônia de hansenianos em cidade do interior do
Estado, acompanhada por dois abnegados amigos, José e Ângelo, ambos dedicados à
Causa do Bem. (Trilhas da Libertação.
Ensinamentos Preciosos, pp. 116 e 117.)
42. A reencarnação é considerada por Manoel Philomeno de
Miranda um teste severo para aprendizagem superior. Por quê?
O motivo desse pensamento
advém do fato de que a existência corpórea é assinalada por incontáveis riscos
e desafios constantes, que a podem pôr a perder de um instante para outro. O
véu carnal, que obscurece o discernimento da realidade maior, impede muitas
vezes – se a pessoa não é afeiçoada à reflexão – que se adote o comportamento
correto diante das inúmeras pressões que confundem a razão e o sentimento,
gerando muitas dificuldades. Eis por que o hábito da meditação, da análise
cuidadosa antes de determinadas decisões, senão de quase todas, tornam-se
indispensáveis. Pensar duas vezes antes de agir, como assevera o refrão
popular, é atitude de equilíbrio. (Obra citada. Ensinamentos Preciosos, pp. 118
e 119.)
43. Que ideia equivocada e bastante comum, com relação aos
próprios problemas, verifica-se entre as pessoas, inclusive no seio do
Espiritismo?
Segundo o dr.
Carneiro de Campos, ainda viceja entre pessoas que acreditam na reencarnação, e
que conhecem, portanto, a causalidade dos sofrimentos humanos, uma ideia
equivocada quanto às próprias problemáticas. Tais pessoas parecem anelar pelas
soluções de fora e, porque estas não chegam conforme gostariam, entregam-se ao
desânimo ou à dúvida. Era esse o caso de Raulinda, a médium que esperava que o
Espiritismo lhe resolvesse o problema de saúde emocional e a brindasse com um
companheiro fiel e amoroso, sonho esse que é, aliás, acalentado por muitas
pessoas. (Obra citada. Ensinamentos Preciosos, pp. 119 a 121.)
44. Qual era, no caso de Raulinda, a causa real de seus
distúrbios psicológicos?
Raulinda era vítima
da perseguição de alguém que ela havia prejudicado no passado. A respeito
disso, informou o dr. Carneiro: “O seu perseguidor foi-lhe vítima da insensatez
moral, que se imprimiu nas tessituras sutis do perispírito e que ora se
manifesta como insatisfação, crises periódicas de contrações, paralisias e
nevralgia uterina... O fenômeno fisiológico está intimamente ligado ao
distúrbio psicológico, derivado da consciência de culpa”. “Esta lhe impõe a
autoflagelação e perturba as atividades nervosas normais, dando surgimento aos
estados de desequilíbrio.” (Obra citada. Ensinamentos Preciosos, pp. 122 e
123.)
45. Como devemos tratar casos como o de Raulinda?
Segundo o benfeitor
espiritual – dr. Carneiro de Campos – “não podemos dissociar o paciente da sua
enfermidade”. “Concluímos que os fenômenos perturbadores da nossa irmã têm suas
matrizes no perispírito, decorrentes da conduta irregular de ontem e de severa
obsessão atual, conforme estudaremos.” Dito isto, ele explicou que somente uma
visão holística na área médica, examinando o enfermo como um ser global –
Espírito, perispírito e matéria –, poderá ensejar-lhe uma terapia de
profundidade, erradicando as causas preponderantes das enfermidades e dos
transtornos de comportamento. (Obra citada. Ensinamentos Preciosos, pp. 122 e
123.)
46. Quando uma pessoa lesa outra, é preciso que alguém se lhe
faça cobrador?
Não. Esse é, por
sinal, um equívoco que anima os chamados obsessores. Em verdade, ninguém escapa
da correção, quando erra. Mas não é necessário que outrem se lhe faça cobrador,
tornando-se candidato, por sua vez, a futuras reparações. Cada qual imprime na
consciência os próprios atos, e as Leis se encarregam de trabalhar a
retificação dos incursos nos seus Estatutos. A vingança é algo, portanto,
absolutamente desnecessário e, por isso, não previsto pela justiça divina. (Obra
citada. O caso Raulinda, pp. 128 e 129.)
47. É um equívoco também pensar, como os obsessores, que seu
perdão significa a liberação de quem os prejudicou?
Claro que é um
equívoco. O afastamento ou o perdão do obsessor não significa a liberação de
quem o prejudicou, porquanto as consequências dos desequilíbrios permanecem e,
de conformidade com a Lei, toda causa desencadeada produz um efeito
equivalente. (Obra citada. O caso Raulinda, pp. 129 a 131.)
48. No caso de Raulinda o benfeitor espiritual valeu-se do
recurso da regressão de memória?
Sim. Dr. Carneiro de
Campos acercou-se dela e induziu-a às recordações, elucidando-a a respeito dos
delitos perpetrados, assim como das futuras possibilidades de reabilitação.
Embora as evocações fossem pessoais, Manoel P. de Miranda pôde acompanhar o
desenrolar dos fatos mais graves, que culminaram no assassinato do esposo, por
ela cometido. Incontinenti, ante a visão do sucedido, ela começou a apresentar
sinais de desequilíbrio, que foram interceptados pelo Amigo experiente, que a
exortou à mudança de atitude, explicando: “A recordação dos erros tem como
finalidade despertar a consciência para o conveniente resgate. No passado de
todos nós demoram-se muitas sombras perturbadoras, que o amor de Nosso Pai nos
faculta diluir. Desse modo, despertados para a realidade dos objetivos da
reencarnação, que têm caráter educativo, reparador, devemo-nos propor o dever
de nos iluminarmos, auxiliando aqueles que deixamos tombados na retaguarda”.
Após dizer isto, o Mentor envolveu-a em vibrações de equilíbrio. (Obra citada.
O caso Raulinda, pp. 131 a 133.)
Observação:
Para acessar a parte 5 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/03/blog-post_28.html
Como
consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog,
clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário